18 maio 2021

Lateral (que o Sporting não conta) rejeita transferência que poderia dar 8M€ aos cofres leoninos; Diego Costa volta à rota do Benfica; FC Porto não terá avançado com proposta e valor de mercado de Beto até começa a descer; Benfica com onze processos para fechar as portas ao Estádio da Luz

Fechada a campanha na presente temporada no Estádio da Luz, e depois de uma época na qual não houve público presente nas bancadas, devido à pandemia de covid19, o Benfica anseia, como todos os clubes, pelo regresso dos adeptos aos recintos. No entanto, os responsáveis encarnados sabem que a Luz enfrenta várias ameaças a nível disciplinar, o que poderá obrigar as águias a, no futuro, voltarem a jogar sem adeptos ou a terem de mudar de “casa”. Neste momento, e devido a casos de contra-ordenação levantados pelas autoridades por suposto apoio por parte do clube às claques ilegais e ainda pelo mau comportamento dos seus adeptos, o Benfica depara-se com 11 processos que decorrem na justiça e que podem ter consequências nos jogos a disputar no Estádio da Luz; três à porta fechada e oito de interdição.
Criada já em 2018, para suceder ao Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ), a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) foi a mais recente entidade a aplicar um castigo ao Benfica, na sequência precisamente do apoio por parte das águias às claques não legalizadas. Os encarnados já foram notificados e apresentaram recurso no sentido de evitar aquele que poderá ser o terceiro jogo a cumprir à porta fechada. Isto porque em agosto de 2018 o IPDJ puniu-os com um jogo à porta fechada e uma coima de 56250 euros por apoio ilegal a claques – naquela que foi a maior multa então a um clube português –, no seguimento de diversos autos policiais, referentes já a jogos de 2016 e 2017. Há ainda outro caso que poderá levar a fechar a Luz por um jogo relativo ao embate com o Estoril, em 2017/18, face ao comportamento dos fãs benfiquistas na visita à Amoreira, em jogo a contar para o campeonato.
Além destes casos já referidos, o Benfica enfrenta diversos processos que podem levar à interdição da Luz – todas situações que têm originado verdadeiras batalhas jurídicas, com recursos atrás de recursos. Um deles pode levar o emblema lisboeta a mudar de local durante cinco partidas. A situação surgiu na sequência de uma queixa apresentada pelo Sporting, em outubro de 2017, relativa a jogos de 2016/17, com os verdes e brancos a contestarem o apoio às claques ilegais. O Conselho de Disciplina (CD) viria a aplicar uma condenação de quatro jogos de interdição, aos quais seria acrescentado um outro no âmbito de um Benfica-Paços de Ferreira de 2017/18. Após diversos recursos, quer das águias quer da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o caso terá agora de ser reapreciado pelo Tribunal Central Administrativo do Sul, após o Supremo Tribunal Administrativo ter dado razão à FPF.
A última temporada valeu, fruto também da relação com os grupos organizados de adeptos não legalizados, mais dois castigos ao Benfica, que avançou com recursos no sentido de travar essas decisões. Em causa estão um jogo com o Braga, para a Taça de Portugal, e diante do Gil Vicente, para o campeonato. O primeiro caso valeu a aplicação por parte do Conselho de Disciplina de dois jogos de interdição, enquanto o segundo originou mais uma condenação, de apenas uma partida com o Estádio da Luz interdito.

Diego Costa volta à rota do Benfica. Diego Costa voltou a ser colocado na rota do Benfica, desta feita pela imprensa brasileira, que tinha como ponto de partida uma proposta do Atlético Mineiro ao internacional espanhol.
Segundo vários portais canarinhos, um representante do dito clube de Minas Gerais avançou para contactos com o jogador, de 32 anos, mas os valores colocados em cima da mesa eram cerca de... metade dos propostos pelo emblema da Luz. Na prática, o Atlético Mineiro estaria a oferecer ao avançado um salário de cerca de 1,7 M€, quando as águias avançam com 3,5 M€.
O nome do jogador esteve, de facto, em cima da mesa de Luís Filipe Vieira e, após o interesse ter sido destacado, o Benfica veio a lume desmentir “quaisquer negociações” pela contratação do dianteiro. 

Rosier recusa D. Moscovo. O Dínamo Moscovo fez uma proposta de 6,5 milhões de euros ao Sporting por Valentin Rosier, mas o lateral-direito recusou rumar ao clube russo. Nesta proposta estavam ainda contemplados 1,5 milhões de euros dependentes da concretização de objetivos.
O francês, de 24 anos, esteve emprestado durante esta temporada ao Besiktas, a troco de 200 mil euros, e foi campeão turco. Foi, aliás, um dos jogadores mais utilizados na formação de Istambul ao realizar 33 partidas. Certo é que o jogador não entra nas contas de Rúben Amorim. Nessa medida, o futuro de Rosier pode passar por uma nova cedência ou pela saída a título definitivo. O defesa, recorde-se, foi contratado ao Dijon em 2019, por 5 milhões de euros. 

A pressão tem sido grande mas o FC Porto não pretende precipitar-se na gestão do dossiê Beto. O avançado do Portimonense ganhou uma projeção mediática inusitada face aos 11 golos que marcou esta época e, apesar do seu potencial ser reconhecido, os dragões ainda não apresentaram qualquer proposta formal para a sua contratação. O facto de o Benfica ter recuado após algumas explorações iniciais e do Sporting, conforme o jornal Record revelou, não estar interessado no ponta-de-lança, favorece a posição da SAD azul e branca. A projeção da próxima temporada só avançará a todo o vapor depois de estarem resolvidos outros temas prioritários, pelo que o investimento em Beto teria de ser mais em conta. Note-se que, há um mês, a torrente informativa garantia que o FC Porto estava determinado a pagar 9 milhões por 50% do passe, exigindo o Portimonense 12 milhões pela mesma fatia. Isso cifrava o valor de passe de Beto, de 23 anos, nos 24 milhões de euros. Ou seja, o mesmo patamar de avaliação feito a Nakajima.
Posteriormente, o jornal avançou que o Benfica estava disposto a pagar 8 milhões por 70% do passe, exigindo os algarvios que fossem envolvidos jogadores como contrapartida adicional. Entretanto, em poucas semanas, e dado que os interessados no estrangeiro também não deram sinais de vida, a nova aproximação ao FC Porto aponta para 8 milhões por 90% do passe, embora acrescidos de mais 5 milhões de bónus associados ao rendimento do dianteiro. A ligação forte do empresário Thedoro Fonseca ao FC Porto é um fator decisivo no processo mas as condições do negócio terão de ser mais favoráveis. 

1 comentário:

  1. No caso do beto estamos perante contas de sumir. Vamos ver que acabará por ser emprestado por 1 milhão para a arábia

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