'Sim' ao Sporting; Ataque final do Benfica por lateral; Vitor Baía faz forte ataque. Irregularidades (jogos do Sporting) e expulsões perdoadas (Di María, Hjulmand e Gyokeres) aos rivais mencionadas. "Se fosse o Pepe era irradiado"; A estratégia do FC Porto para a recuperação das contas e os fortes parceiros dos dragões

Vítor Baía em entrevista ao jornal O Jogo destacou vários temas onde se destaca os reparos aos árbitros.

"O nosso objetivo é sermos campeões e, para isso, temos de olhar para os números e sermos realistas. Acima de tudo, queremos que a equipas e mantenha competitiva e unida como está, porque somos insaciáveis por natureza. Uma equipa intensa, que nunca desiste, com um ADN muito especial. Vamos manter a chama acesa e estou convencido de que, com o élan e a união que existe, iremos chegar ao fim como campeões. Agora, temos muitos obstáculos e razões de queixa por tudo o que se passou até agora. Há esse sentimento do CA, de querer que as coisas fluam de uma forma normal, e queremos mesmo que fluam de uma forma normal, que tudo se desenrole com naturalidade, que os mais fortes possam, em campo, com as equipas técnicas e os jogadores, provar que realmente são os melhores e não haja influências. Eles deram-nos razão, disseram que estariam atentos e fariam tudo o que estivesse ao alcance para que houvesse essa melhoria, o que não aconteceu até agora. Nos últimos jogos não tivemos um que fosse sólido, tranquilo e normal por parte das equipas de arbitragem. Não queremos que nos ajudem, nem queremos ser beneficiados. Queremos que deixem as equipas, com o seu valor e a sua qualidade, cheguem ao fim e que se diga que são campeãs por mérito próprio e não por influência de terceiros. Neste momento, sentimos que estamos a ser prejudicados, como se notou novamente no jogo do Bessa, ao não assinalar um penálti sobre o Eustáquio, que foi unânime. A cadência que se evidenciava até aqui mantém-se e prejudica-nos de que maneira. Estou a falar desse lance, mas podemos falar de variadíssimos que têm acontecido ao longo da época", começou por apontar o ex-guarda-redes.

"Queremos igualdade de tratamento e não temos sentido isso. Não somos uma equipa de arruaceiros e os outros uma de anjinhos. Há aqui alguma coisa errada. Ainda [ante]ontem vimos uma situação gravíssima de um jogador do Benfica a encostar a cabeça a um auxiliar e não aconteceu nada. Esta é a impunidade que lutamos para que não aconteça. Que os árbitros sejam justos, mas que tenham coragem para todos. Somos uma equipa intensa, toda a gente o sabe, mas justa, leal. De repente, não nos tornamos arruace ir os. O CA tem deter um cuidado muito grande para que a componente disciplinar não tenha a importância que está a ter no desenvolvimento deste campeonato. Existem demasiadas situações nas quais somos prejudicados. Se fosse o nosso capitão, o Pepe, a colocar a cabeça em frente à testa de um auxiliar, como aconteceu [ante]ontem, estava tudo tramado. Eram primeiras páginas e quase irradiado. Se me refiro ao Di María? Sim. E que não apareceu, o que é ainda mais grave. Até ao nível de transmissão. Quando não aparece o lance e vemos apenas imagens fotográficas após o jogo terminar ... Também é de uma gravidade incrível a forma como as pessoas são tratadas no FC Porto e nos nossos rivais", continuou antes de falar de mais algumas situações ao longo do campeonato.

"Não vou especificar, caso contrário, ficamos aqui o dia todo. O que analiso, olhando, principalmente, para os nossos rivais, é que, no caso do primeiro classificado [Sporting], vemos o lance do Casa Pia – gravíssimo –, que tem que ver com o fora de jogo. Nos tempos que correm, uma má colocação das linhas de fora de jogo é inadmissível. Estamos a falar de profissionais. E teve influência direta no resultado. Temos o jogo de Faro, em que o Hjulmand tinha de ser expulso e, depois, há aquele penálti fantasma no último minuto. Nas questões disciplinares, então, o Gyokeres, pela forma como joga, pela agressividade que coloca no jogo, já devia ter sido expulso em vários. Lembro-me do Famalicão, quando ainda estava 0-0, e do segundo amarelo na segunda parte. Até no jogo contra nós, o pisão que deu no tendão de Aquiles do Pepe, também de enorme gravidade. Ou seja, há um conjunto de situações que têm de ser focadas e a que os árbitros têm de estar atentos. Não pode haver dois pesos e duas medidas. Têm de ser assertivos nas decisões, mas para todos. Não podem haver equipas protegidas e outras de arruaceiros. Há uma diferença enorme de tratamento que é dado aos jogadores do FC Porto. Até digo mais: os jogadores queixam-se da arrogância dos árbitros, de quase não poderem conversar com eles e de eles imporem a autoridade pela força. Algumas situações que nos relatam no final dos jogos são de enorme gravidade", terminou.

Ataque final do Benfica por lateral. A contratação de um lateral-esquerdo é agora a principal prioridade da SAD benfiquista e, por isso, está em marcha o ataque final a Álvaro Fernández, escreve o Record. O espanhol, que representa o Granada por empréstimo do Manchester United, é o principal alvo dos encarnados, que já encetaram contactos com os responsáveis do emblema inglês para o contratar em definitivo.

O processo não se afigura fácil, até porque os red devils acordaram com o Granada o empréstimo do jogador, de 20 anos, até ao final da temporada. Esse é um dos elementos que poderá complicar a negociação, mas as águias estão empenhadas na contratação do esquerdino, depois de no verão terem fracassado as negociações por Milos Kerkez, internacional húngaro que estava no topo das preferências, mas que acabou por rumar ao Bournemouth. Daí que as negociações avancem agora.

O perfil de Álvaro Fernández, com grande capacidade de se envolver nas ações ofensivas, agrada muito aos decisores do clube da Luz, pelo que é visto como o reforço ideal para uma posição que tem sido ocupada pelo defesa-central Morato. Com Jurásek a apresentar dificuldades para se impor e com Bernat lesionado por tempo indeterminado, nas palavras de Roger Schmidt, a SAD não quer perder tempo e quer fechar este dossiê nas próximas horas.

Se as negociações por Álvaro Fernández não chegarem a bom porto, há outro alvo definido: Francisco Moura, do Famalicão, também está muito bem cotado entre os encarnados e será a alternativa ao jogador espanhol.

'Sim' ao Sporting. Numa altura em que o Sporting, o Valencia – mas também o o Estoril –, negoceiam a cedência definitiva de Koba Koindredi aos leões, já nesta janela de janeiro, no que ao médio de 22 anos diz respeito, apurou o jornal Record que o francês está já convencido com o projeto que lhe foi apresentado pelos leões.

Há algumas semanas que o francês que tem sido aposta no emblema da Linha conhece o interesse dos verdes e brancos, nomeadamente pela vontade de Rúben Amorim em contar com ele no seu projeto, contexto ao qual respondeu de forma favorável. Apesar de ainda estar ligado aos espanhóis até 2025 e de ali ter saído com a promessa de um regresso ao país vizinho, para ser aposta, Koba olha para a hipótese de vestir à Sporting como ‘o’ passo neste momento da carreira, levando o seu futebol até uma equipa que está em todas as frentes internas, mas que também soma calendário internacional, no caso através da Liga Europa, onde defrontará os suíços do Young Boys no playoff de acesso aos oitavos de final dessa prova.

O futebolista nascido no Djibouti, e cuja história lhe revelamos na coluna à direita, pediu referências aos seus empresários sobre aquilo que poderá encontrar em Alvalade, mas também internamente, aos seus pares que melhor conhecem o futebol português e… o Sporting, como é o caso do colega de sector, Mateus Fernandes, de 19 anos, precisamente emprestado pelos verdes e brancos aos canarinhos.

Neste momento, Koindredi tenta manter-se apenas focado no Estoril e nos trabalhos orientados por Vasco Seabra, tendo em vista a receção ao Moreirense, amanhã, a contar para a 17ª jornada do campeonato (arranca 20h30). Aliás, nas suas redes sociais, o jovem atleta partilhou uma imagem do grupo canarinho, abraçado, depois da eliminação da Taça de Portugal aos pés do FC Porto, na qual atira um “juntos!”, sinal do carinho que tem pelos colegas, assim como pelo staff.

Resta-lhe, no fundo, esperar pela conclusão do negócio, que ao que apurámos deverá conhecer desenvolvimentos decisivos durante os próximos dias, com a intenção de ficar fechado no início da semana.

A estratégia do FC Porto para a recuperação das contas e os fortes parceiros dos dragões. O Estádio do Dragão vai desempenhar um papel principal na prometida recuperação dos capitais próprios do Grupo FC Porto. "Que em dezembro possamos apresentar lucro e ter os capitais próprios positivos. (...) Se não forem positivos, perto de positivos", disse Pinto da Costa, em entrevista à SIC a 21 de novembro. A referência temporal surgiu como barreira contabilística do fecho das contas do 1º semestre, mas as obrigações com a CMVM têm de ser cumpridas até ao final do mês. O jornal Record dá a conhecer o plano financeiro dos azuis e brancos, assente em três pilares.

Em primeiro lugar, o Estádio do Dragão já está integralmente liquidado e quase amortizado. Ora, a SAD prepara uma reavaliação do recinto, o que conferirá à infraestrutura uma expressão contabilística nos capitais próprios de que não usufrui neste momento. Este item financeiro é resultado da diferença entre o ativo e o passivo, sendo que, concluído o processo de reavaliação, o primeiro conhecerá um acréscimo significativo.

Em segundo, a Sixth Street. Será esta a empresa de capital de investimento a nova parceira do FC Porto. A firma americana terá uma participação na Porto Comercial, empresa do grupo FC Porto, e esta entrada de capital será também outro fator de relevo, sobretudo para a tal recuperação dos capitais próprios. A Sixth Street tem já uma presença sólida no futebol europeu, nomeadamente junto dos grandes rivais do futebol espanhol, Real Madrid e Barcelona, e do Manchester City.

Por fim, a Legends, cuja parceria com os dragões, com a duração de 15 anos, foi já anunciada por estes e relaciona-se com a exploração comercial do Estádio do Dragão, incluindo-se aqui a venda dos direitos de naming, a modernização de serviços e um investimento nos camarotes.

Segundo o Record a documentação relativa a estes acordos está agora em fase de auditoria, com o FC Porto a ter obrigatoriamente de entregá-los à CMVM até ao final deste mês. A meta temporal será cumprida, sendo que a SAD não está preocupada em acelerar a sua divulgação e mantém-se alheada daquilo que considera ser o ruído mediático, até porque há parâmetros que terá de cumprir.

Em conclusão mantém-se a projeção da administração de que os capitais próprios do Grupo FC Porto, de -191,5 milhões de euros no fecho de 2022/23, passem a terreno positivo ou perto disso em breve. Qualquer direção que tome posse após as eleições de abril poderá beneficiar desta melhoria da situação financeira.

À semelhança do que o FC Porto se prepara para fazer, também Real Madrid e Barcelona celebraram acordos com a Sixth Street num passado recente.

Em maio de 2022, o clube de Florentino Pérez anunciou uma parceria multidimensional com a empresa ao longo de 20 anos, que lhe permitirá encaixar, na globalidade, algo como 360 milhões de euros. Em junho do mesmo ano, o Barcelona celebrou com a mesma empresa um acordo avaliado em 267 milhões de euros, cedendo, em troca, 10 por cento dos direitos televisivos do clube durante 25 anos - mediante novo negócio, a fatia aumentou entretanto para 25 por cento. A empresa, diga-se, trabalha também com equipas da NFL e da MLB, entre outras.