Sporting joga dérbi com o Benfica abaixo das 72 horas de descanso; Benfica paga 17M€ para liquidar crédito

A Benfica SAD liquidou, em julho deste ano, a totalidade da linha de crédito que detinha junto do Novo Banco, a qual à data ascendia a 17 milhões de euros. A informação consta do relatório e contas da sociedade referente à temporada passada e, na prática, significa a suspensão de uma conta bancária dos tempos em que Luís Filipe Vieira era presidente dos encarnados. Segundo escreveu o ‘Correio da Manhã’, a linha de crédito em causa foi criada na época 2008/09 e posteriormente renegociada em 2017.

Sporting joga dérbi com o Benfica abaixo das 72 horas de descanso. A publicação das datas e horas oficiais dos jogos da Liga (e da Taça da Liga) até dezembro desvendou um calendário que desagrada a adeptos e, seguramente, a Rúben Amorim.

O panorama pode até nem ser muito diferente para os restantes clubes que estão envolvidos em provas europeias mas, no caso concreto do Sporting, enquanto a bancada esperava horários mais adequados à experiência de ir ao estádio (um velho problema que se mantém e que ontem fez eco nas redes sociais), o treinador fica agora confrontado com uma sucessão de jogos que promete desafiar as suas capacidades de gestão – e que, de resto, começará a ser testada já a partir deste domingo, com o Moreirense, depois de uma pausa para as seleções. O pior, no entanto, ficará reservado lá mais para daqui a um mês.

O jornal Record publica hoje no seu diário uma análise ao calendário que os leões têm pela frente até ao Natal, quando ainda falta encaixar (no mínimo) uma eliminatória da Taça de Portugal (em outubro), e o facto que mais sobressai está relacionado com a marcação do dérbi para menos de 72 horas depois de um jogo da Liga Europa, com os polacos do Raków. É certo que o compromisso da UEFA será realizado em Alvalade, a 9 de novembro, mas nem por isso deixará de merecer a atenção de Amorim a perspetiva de defrontar o Benfica, na Luz, menos de três dias completos depois, a saber a 12 de novembro, um domingo, com início pelas 20h30 – qualquer coisa como 70 horas e 30 minutos após acabar o referido encontro com o Raków.

A exigência em termos de recuperação será ainda maior, nesta fase, porque a visita ao estádio do rival coincide com aquela que é a sequência mais difícil desta primeira metade da temporada se não por outras razões, seguramente pela proximidade de jogos.

Vale a pena detalhar esse momento, que começa a 30 de outubro, uma segunda-feira, no Bessa, diante do Boavista. Apenas 70 horas depois, a 2 de novembro, quinta-feira, os leões recebem o Farense, para a Taça da Liga; e somente mais 70 horas e 15 minutos depois, no domingo, 5 de novembro, a equipa de Amorim terá novo jogo, desta feita em casa, com o Estrela da Amadora para a Liga. O ritmo abrandará ligeiramente entre o duelo com os amadorenses e o Raków, no dia 9, e isto já na antecâmara do dérbi! Contas feitas, em 4 jogos consecutivos, nada menos do que três deles serão jogados com menos de 72 horas de descanso. Nada que os regulamentos proíbam, pois a regra das 72 horas só se aplica depois de jogos europeus fora de casa, um intervalo que é sempre respeitado mas, aqui, quase sempre, com prejuízo para o interesse dos adeptos, que clamam por horários menos tardios.

Embora a diferença não seja de monta, o Sporting terá menos um dia de repouso do que o Benfica para o dérbi de 12 de novembro. Mas com uma particularidade: é que os encarnados jogam... fora de Portugal, mais concretamente em San Sebastián, com a Real Sociedad, quatro dias antes (a 8/11).