Visão espanhola: Ficou por marcar um "livre indireto por jogo perigoso do Palhinha" no último lance do clássico. Golo de Taremi é legal e não há penalti sobre Evanilson

Iturralde González, antigo árbitro internacional espanhol, analisa principais lances do clássico entre FC Porto e Sporting. Para o ex-juiz, Evanilson simulou uma grande penalidade, aos 10 minutos, mas ficou por marcar livre indireto dentro da área leonina no último lance da partida.

Aqui [1] temos uma simulação clara. O avançado do FC Porto manda-se para o chão. Em jogos como este, tão intensos, os árbitros tentam aguentar os cartões, mas um amarelo aqui mostrava aos jogadores que não irias permitir este tipo de lances. Não há nada, deixa-se cair.

Esta [2] é uma jogada que o árbitro vê muito bem, por isso não percebo como não assinala livre indireto por jogo perigoso do Palhinha. Ele está centrado, não há nada que o tape e, por isso, tinha de ter dado um livre indireto a favor do FC Porto na linha da pequena área. Mais, se o VAR vê que há contacto do defesa na cabeça do Pepe, teria de chamar o árbitro principal, porque se assim fosse, de livre indireto passaria a penálti. Contudo, acho que não há. Nesta profissão, pagam-te para ver. Ele está de frente e vê perfeitamente, por isso tem de assinalar.

Erro grave do árbitro [3], porque quem faz falta é o jogador do FC Porto. O Coates tenta chegar a bola e tem os dois pés assentes na relva, enquanto o Taremi, com medo, levanta o pé e acaba por entrar de forma negligente e atingir o defesa do Sporting.

É golo [4], não há muito mais a dizer. O avançado do FC Porto foi mais forte do que o defesa, saltou mais alto e cabeceou para golo. Há um contacto, sim, mas é futebol. A pergunta que se faz aqui é: Apitarias penálti? Não, pois não? Então é golo. O avançado foi mais forte, jogou a bola, ganhou posição, rematou de cabeça e, por isso, é um golo legal.