Rúben Amorim apontado ao United; “Não é preciso cartilha para se dizer o que clubes querem. Vejam os do FC Porto"

O tema das cartilhas para comentadores no futebol português voltou a ser debatido e João Braz Frade, antigo vice-presidente do Benfica, diz que os emblemas conseguem, se assim pretenderem, passar informações para os comentadores desportivos com ou sem cartilhas. O antigo dirigente do emblema lisboeta diz que já deu conta de que, por exemplo, comentadores "em particular do FC Porto" dizem "a mesma coisa à mesma hora" mas em "vários canais".
"Hoje, "não é preciso a cartilha para se dizer o que os clubes querem", afirmou João Braz Frade, concretizando a sua ideia com uma justificação que faz basear do tempo em que não era comentador. "Muitas vezes quando não era comentador e estava a ver televisão e via os comentadores, em particular os do FC Porto a dizerem a mesma coisa, à mesma hora, nos vários programas, nos vários canais. Eu via".João Braz Frade sustentou ainda que não adianta que os azuis e brancos tentem contrariar esta situação que este, assegura, percebia que ia acontecendo nas televisões em programas dedicados ao futebol.
"Diziam todos a mesma coisa, não vale a pena disfarçar", referiu o ex-vice benfiquista João Braz Frade, acrescentando que as recomendações para o que os comentadores devem dizer podem chegar pelas mais variadas formas e mecanismos.
"A cartilha pode vir numa mensagem de telemóvel ou outra coisa qualquer", admitiu João Braz Frade, negando que, no seu próprio caso, seja um comentador que receba indicações encarnadas sobre o que deve ou não deve dizer nos programas onde participa.
Em declarações na CMTV, João Braz Frade declarou ainda que os comentadores devem evitar socorrer-se deste tipo de documentos que, a seu ver, acabam por "diminuir" as pessoas em questão.
"Não vale a pena estarmos a diminuir-nos. Temos a nossa opinião", aconselhou o antigo vice-presidente do Benfica, explicando ainda que, todavia, se o Benfica lhe quiser enviar dados estatísticos dos jogos ficará agradecido, uma vez que não guarda esse tipo de informação que lhe pode ser útil nos comentários que tem.
"Se me mandarem estatísticas dos jogos do meu clube até agradeço. Mas não mandam. Recebo zero", assegurou o antigo vice-presidente do emblema lisboeta.
A expressão cartilha foi introduzida há alguns anos no léxico do futebol pelos rivais do Benfica que têm acusado o emblema da Luz de, alegadamente, passar instruções a comentadores desportivos que frequentam as televisões para que falem de certos assuntos e temas nos modos que as águias preferem. Tal situação tem merecido sempre a negação por parte dos encarnados.

Rúben Amorim apontado ao United. Continua a chuva de nomes para a sucessão de Ole Gunnar Solskjaer no Manchester United. 

Este domingo, o jornal Telegraph dá conta de que o argentino Mauricio Pochettino, treinador do Paris Saint-Germain, é a escolha número um da direção do clube para o lugar deixado em aberto após a saída do norueguês, que não resistiu à hecatombe (1-4) em Watford. Ainda assim, a dificuldade em tirar Pochettino de Paris a meio da temporada poderá fazer com que os red devils se virem para outros alvos e é aqui que entra Rúben Amorim. O jornal inglês dá conta de que o nome do treinador do Sporting está bem colocado nas preferências dos dirigentes ingleses, numa espécie de ‘plano B’, ao lado de Julen Lopetegui, antigo treinador do FC Porto e atualmente no Sevilha. 

Rúben Amorim, 36 anos, está a cumprir a terceira temporada em Alvalade e já levou os leões à conquista do campeonato, Taça da Liga e Supertaça. O contrato do treinador dos leões inclui cláusula de rescisão de €30M.