09 novembro 2021

Obrigado Ricardinho! 187 jogos depois o 'adeus' à seleção; “FC Porto e Sporting estão mais consolidados. Benfica precisa de tempo”; Pinto da Costa faz balanço da época e 'ataca'...Cartão do Adepto

Ricardinho anunciou esta terça-feira, em conferência de imprensa na presença selecionador Jorge Braz e do presidente da Federação, Fernando Gomes, que vai deixar de representar a seleção de Portugal... Mas haverá ainda mais um jogo a disputar.
«Vim aqui anunciar o final de um ciclo... apesar de me custar muito, foi caminhada incrível e inesquecível, comecei com 16 aninhos, em Rio Maior, a saber que iria estar entre os melhores na Seleção, mas não sabia que ia ser tão perfeito. Foi caminhada incrível, com altos e baixos, como aquele Europeu da Hungria, em que não pude ajudar devido a lesão. Isso foi somente o abrir portas para o que é a conquista, e depois, com a caminhada brilhante na Eslovénia, conseguimos tocar o céu. Foi marco fenomenal para a nossa Seleção, mas Deus tinha algo ainda mais bonito e grandioso para nós, para mim», disse.«Com a saída triste e Espanha, com o tema do Covid, depois com o projeto meio falhado em França (ACCS), aposta pessoal, ter tido uma das lesões mais graves que se pode ter no desporto, e tinha só mais uma bala no cartucho para disparar, o Mundial da Lituânia», acrescentou.
«Felizmente, acho que termino da melhor maneira esta história e página escrita no livro do futsal, um campeonato da Europa, um Mundial, vários títulos individuais, que espero que os meus companheiros venham a bater o futuro. Com muita pena minha vou dizer uma ´até já´ à Seleção, a decisão mais difícil da minha carreira desportiva. Mas é hora de dar lugar aos mais jovens e sinto que tudo o que tinha para dar dei desde os meus 16 anos até hoje. Obrigado a todos, espero que entendam as minhas palavras, sentimento e decisão», concluiu Ricardinho já em lágrimas.
Aos 36 anos, Ricardinho sai com 187 jogos e os dois principais títulos: o Europeu de 2018 e o Mundial de 2021, conquistado à meses numa final frente à Argentina, em que foi eleito melhor jogador da competição.
Fernando Gomes ofereceu-lhe o papel de embaixador vitalício da Seleção e deixou um pedido: fazer um último jogo, uma última internacionalização, perante o público português.
Ricardinho acedeu de imediato: «Claro, são dois pedidos muito fáceis de aceitar. Será com todo o meu orgulho e mais uma oportunidade de realizar o único sonho que ainda não cumpri - entrar num jogo com os meus dois filhos, penso que vou poder realizar. Quanto a ser embaixador, desde sempre tentei trabalhar para ser uma referência na modalidade.»
Quanto ao futuro, o jogador disse que «ainda restam alguns anos para jogar futsal a nível de clubes».

Pinto da Costa faz balanço da época e 'ataca'...Cartão do Adepto. Pinto da Costa considera que a "situação desportiva dificilmente poderia ser melhor" no FC Porto. O presidente dos dragões assinou, como habitual, o editorial da revista Dragões, do mês de novembro, e não deixou de abordar a decisão da equipa de basquetebol não comparecer no jogo frente à Ovarense.
"O FC Porto chega a novembro, o quarto mês da temporada, numa situação desportiva que dificilmente poderia ser melhor: em todas as modalidades, é líder invicto do respetivo campeonato. No futebol, isso soma-se a uma campanha na Liga dos Campeões que está a decorrer à altura da história do clube, apesar do grau de dificuldade elevadíssimo do grupo, e que nos coloca, neste momento, em posição de qualificação para a fase seguinte. No andebol, também estamos a protagonizar uma excelente trajetória europeia, além de já termos vencido a Supertaça com vitórias sobre os dois rivais de Lisboa. No basquetebol, além dos triunfos internacionais, também já ganhámos dois clássicos. E no voleibol feminino, que também conquistou a Supertaça, em nove jornadas vencemos sempre por 3-0, incluindo-se na lista dos derrotados, igualmente neste caso, os dois clubes da capital", começa por escrever Pinto da Costa, que prossegue.
"Na verdade, teoricamente, até já perdeu um jogo, mas não foi em campo. Foi-nos aplicada uma pena de derrota por obviamente termos cumprido o que anunciámos há vários meses e não termos comparecido num jogo que seria dirigido por um dos árbitros que na temporada passada nos impediram de vencer o campeonato. Lá em baixo, no campo, e em igualdade de circunstâncias, já provámos que somos melhores. E é com essa superioridade desportiva que o Moncho López se prepara para realizar o 500.º jogo ao serviço do FC Porto, uma marca notável, não só na história do clube como no desporto em geral", atira o presidente dos dragões.
Pinto da Costa também comenta a polémica em torno do cartão do adepto, uma medida que considera ser das "mais estapafúrdias" tomadas pelos governantes.
"No Parlamento vai decidir-se em breve o destino de uma das mais estapafúrdias medidas tomadas por governantes que já há muito tempo demonstraram que são inimigos dos clubes nacionais. O fim do cartão de adepto foi proposto pela Iniciativa Liberal e pelo Partido Comunista Português, um partido que, talvez por estar mais próximo do povo, compreendeu aquilo que todo o povo do futebol sente: em tempos difíceis como estes que atravessamos, do que o futebol precisa é de incentivos para que cada vez mais gente possa acorrer aos estádios, e não de entraves que não têm qualquer utilidade. Noutros países já se provou que instrumentos como este cartão de adepto não são eficazes no controlo da violência, e se pensarmos nos casos de problemas com adeptos que houve nas últimas décadas em Portugal também concluímos facilmente que não seria a existência de um documento destes que os poderia evitar. Só faz sentido continuar a existir cartão de adepto se o objetivo dos nossos políticos for tentar erradicar a violência através da erradicação do público das bancadas dos estádios. Se a ideia é essa, que a assumam. E que a submetam ao julgamento do povo a 30 de janeiro de 2022", conclui o líder azul e branco.

“FC Porto e Sporting estão mais consolidados. Benfica precisa de tempo”. O treinador português António Oliveira vê os líderes do campeonato FC Porto e Sporting mais fortes do que Benfica na luta pelo título, apesar de prever uma luta até ao fim pelo campeonato.
O técnico decidiu deixar há dois meses do comando técnico do Atlético Paranaense. A 9 de setembro tomou a decisão de abandonar o comando técnico depois de tirar a equipa da zona de descida e de a levar a fases finais de duas taças.
Há dois meses em Portugal, António Oliveira foi convidado por Bola Branca a fazer um balanço do primeiro terço do campeonato e antever favoritismos dos candidatos ao título.
“A luta será entre os três grandes até ao final do campeonato. FC Porto e Sporting estão mais consolidados, sólidos, estáveis e consistentes, o que se reflete na primeira posição do campeonato. O Benfica foi o único que teve uma alteração estrutural que requer o seu tempo, o que resulta em alguma oscilação. Mas o Benfica continua em todas as provas e vai manter-se na luta pelo campeonato até ao fim pela qualidade do seu treinador e do plantel que tem à disposição”, antevê.
António Oliveira tem 39 anos e é filho de Toni, antigo jogador e treinador do Benfica. O jovem treinador deixou marca no Brasil mas nunca trabalhou em Portugal. Comandar uma equipa portuguesa está na agenda de António Oliveira.
“Ao meu país nunca fecharei as portas. Tenho convites e estamos a analisar eu e os meus representantes para decidirmos o que é melhor para a minha carreira”, declara.
Como treinador adjunto, António Oliveira acumulou experiência em clubes do Irão, Eslovénia, Kuweit e Brasil onde chegou em 2020 na equipa técnica de Jesualdo Ferreira. Depois, transferiu-se para o Atlético Paranaense onde começou por ser adjunto de Paulo Autuori antes de assumir a equipa como principal.
“Foi de facto um ano de grande sucesso para mim e para o Atlético Paranaense, recheado de bons resultados, muitos recordes e duas finais alcançadas. Encontrar um clube em 2020 no fim da primeira volta em 19º lugar, terminar em nono e hoje tendo a possibilidade de estar em todas as competições, alcançando duas finais [Copa do Brasil e Sul Americana], tendo também registado o mais positivo arranque no campeonato brasileiro, reflete a melhor época de sempre do clube", recorda.
Regressar ao Brasil, onde já deixou marca, é um cenário possível e provável para António Oliveira.
"É natural da minha parte uma vontade enorme de poder regressar ao Brasil e continuar na senda dos bons resultados sempre na perspetiva de um projeto que me propicie ter condições para o sucesso e lutar por coisas grandes”, refere.

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