22 outubro 2021

7-0 de Vigo recordados por ex-Benfica. "Jogámos contra uma equipa muito boa, eram melhores do que nós"; "FC Porto foi o meu resgate como jogador"

É um dos laterais mais icónicos da história do FC Porto e vai ter direito a uma segunda estátua, depois de ter tido esse reconhecimento no museu do clube: Branco, 57 anos, continua a acumular triunfos e não esquece a passagem por Portugal, à qual atribui enorme importância numa carreira vasta. A sua cidade natal, Bagé, no Rio Grande do Sul, vai atribuir-lhe a estátua numa cerimónia marcada para amanhã.
Ao falar sobre Portugal, país que considera a segunda pátria, a voz de Branco é de pura emoção, com a lembrança de como foi bem recebido pelos portugueses e pelo FC Porto, no final dos anos 1980. “Vim da Itália após uma passagem frustrada pelo Bréscia e atuar pelo FC Porto foi o meu resgate como jogador, onde pude conquistar títulos importantes. Adoro os portugueses, receberam-me de braços abertos e propiciaram-me ótimas temporadas. Até tenho uma estátua no museu do clube. Amo Portugal e sinto-me muito bem quando vou lá visitar os meus amigos”, afirmou Cláudio Ibrahim Vaz Leal, conhecido desde a infância no futsal por Branco, nome inscrito nas balas de canhão que lhe saíam do pé esquerdo. “Como eu digo sempre, naquela época, chutava a bola dentro do balneário e ela entrava na baliza do adversário.” Foram 12 disparos certeiros em 80 partidas pelos azuis e brancos, num trajeto que se iniciou no mesmo dia em que Vítor Baía se estreou, um empate (1-1) em casa do V. Guimarães, a 11 de setembro de 1988.
Dois anos mais tarde, Branco saiu das Antas para o Génova (Itália), mas a marca que deixou no FC Porto ainda hoje perdura. Foi campeão nacional e levantou uma Supertaça e o ponto mais alto da carreira deu-se em 1994, com a conquista do Mundial. “Estou muito feliz e orgulhoso com esta homenagem que a cidade me está a fazer, com amigos e familiares. E em vida, o que é muito importante. Saí de lá com 17 anos, passei por inúmeros países, fiz golos importantes e conquistei títulos. Receber esta homenagem significa que trilhei um caminho de sucesso, que pode servir de exemplo para muitos jovens”, resumiu Branco, que hoje se dedica à coordenação das seleções jovens e olímpica do Brasil.

"Jogámos contra uma equipa muito boa, eram melhores do que nós". Tote cumpriu apenas uma época pelo Benfica, em 1999/00, e viveu por dentro a pior derrota da história europeias dos encarnados. O antigo avançado espanhol assumiu que o Celta, que goleou as águias por 7-0 nos Balaídos, eram uma equipa superior.
"Jogámos contra uma equipa muito boa, eram melhores do que nós, tinham um talento enorme. Não penso que fosse um jogo para 7-0 mas era muito difícil passar a eliminatória. Como equipa, eram bastante melhores do que nós. Parece que jogámos em casa face ao apoio de todos os benfiquistas que foram aos Balaídos. Foi uma pena por tudo mas sobretudo por eles", reiterou em declarações ao portal 'Fútbol portugués desde España', não obstante de vincar que a equipa orientada por Jupp Heynckes até tinha arrancado bem a temporada, estando no topo da classificação à 12ª jornada.
"Tínhamos uma equipaça mas começámos a perder e a empatar e tanto o FC Porto como o Sporting passaram-nos. O Sporting foi campeão. Em dezembro [de 1999] estávamos em primeiro lugar e a jogar bom futebol", lembrou o jogador chegou à Luz proveniente do Real Madrid.
"Receberam-me muito bem. O João Vieira Pinto foi o primeiro a fazê-lo. Já conhecia o Chano de Espanha, conhecia a trajetória dele. Tínhamos o Nuno [Gomes], o Cadete, o Porfírio, Maniche… Era um grupo espetacular. Tinha gente muito boa. O clube é muito grande, o maior de Portugal. Foi uma experiência muito enriquecedora para mim. Tinha 19 anos, tinha feito a estreia pela primeira equipa do Real Madrid meses antes. Foi chegar a um monstro de clube e a uma cidade com muito encanto como Lisboa. O Benfica é muito grande."

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