14 julho 2021

Textor “não dá ponto sem nó”. Investidor vai querer a maioria do Benfica; Luís Diaz quer "continuar a crescer no FC Porto" mas abre a porta a novos campeonatos; "Bola de Ouro? Depende, mas ninguém ganhou mais do que eu..."

Único futebolista consagrado campeão europeu de clubes (pelo Chelsea) e de seleções (por Itália) na (dourada) época de 2020/21, Jorginho é agora apontado com um dos principais candidatos a erguer a próxima Bola de Ouro.
Questionado sobre essa hipótese, o médio ítalo-brasileiro crê que tal corrida está "dependente do critério" da FIFA pois não considera ser o melhor futebolista a nível mundial, embora saliente ter superado a concorrência em troféus conquistados."Temos o direito a sonhar, mas vou ser sincero. Depende sempre do critério de como é feita a escolha. Se for pela habilidade, o melhor jogador do mundo não sou eu. Se for feito tendo em conta quem ganhou mais, não há ninguém que tenha ganho mais do que eu. Como posso comparar-me a Messi, Ronaldo ou Neymar? São características diferentes", afirmou o centrocampista, esta quarta-feira, a um canal brasileiro.
Recentemente, Robert Lewandowski, vencedor de vários títulos domésticos pelo Bayern Munique e autor de novo recorde de golos na Bundesliga, admitiu que seria "ainda mais difícil bater" Lionel Messi, em função da vitória e desempenho na Copa América.
Além destes dois craques, e também de Jorginho, a corrida à próxima Bola de Ouro é composta, por exemplo, por Mbappé (PSG), Kanté (Chelsea), Ronaldo (Juventus), Lukaku (Inter), De Bruyne (Manchester City), Neymar (PSG) e Harry Kane (Tottenham).

"Até fechar o mercado vamos ver o que acontece". O jogador revelação da Copa América, Luis Díaz, concedeu uma entrevista à radio Caracol, onde abordou o seu futuro profissional.
O extremo colombiano reforçou a  "ideia de continuar a crescer no FC Porto", mas mantém a janela aberta a outros clubes europeus.
"O meu empresário só me faz chegar se há interessados ou não, e neste momento não sei de nada. Até fechar o mercado vamos ver o que acontece", começou por dizer.
"Sempre gostei de ver bom futebol, como a Premier League, a Serie A italiana e a liga espanhola. A de Portugal também tem bom futebol, vamos ver se acontece algo e continuar com a mentalidade para conseguir grandes coisas", reforçou Luis Díaz, sublinhando a importância de haver outros colombianos no plantel azul e branco, tais como Mateus Uribe.
"Foi importante que o Mateus estivesse lá, além disso, o facto de haver mais jogadores que falavam espanhol fez com que fosse fácil sentir-me cómodo. Ter um companheiro como ele é sempre bom, é dos que te ajuda a crescer, porque tem currículo e experiência. Não foi fácil chegar à Europa, a transferência para o FC Porto foi um crescimento rápido. Se chegas a um clube desse nível é porque tens qualidade e disciplina. A humildade é algo que sempre me caracterizou, é algo que é preciso para conseguir os objetivos. Competir na seleção e no clube orgulha-me bastante e continuarei a trabalhar no duro", complementou.

Textor “não dá ponto sem nó”. Investidor vai querer a maioria do Benfica. A entrada de John Textor na SAD do Benfica traz uma cortina de fumo que precisa de ser explicada. Camilo Lourenço, especialista em direito económico, deixa um sublinhado e várias interrogações sobre o negócio.
“Eu, se fosse investidor, não compraria apenas 25%. Embora seja uma participação qualificada, ele sozinho não consegue tomar decisões em relação ao futuro da SAD. Provavelmente há aqui outras preocupações por trás disto tudo. Era muito importante que a SAD e Luís Filipe Vieira viessem dizer se existe algum acordo com o senhor Textor para depois vender mais ações para além dos 25% já acordados entre o empresário dos Santos e este senhor”, disse Camilo Lourenço.
Em entrevista à RR, este especialista acrescenta: “Não estou a ver um investidor americano a dar ponto sem nó, estar a meter tanto dinheiro na SAD de um clube se não for ele a tomar uma decisão na maior parte das matérias”.
Entretanto, esta quarta-feira, a SAD do Benfica comunicou, esta quarta-feira, que Luís Filipe Vieira, presidente auto-suspenso, tem 30 dias para abdicar em definitivo.
Camilo Lourenço explica que “a SAD não quer correr riscos e, portanto, dá este tempo como sendo o período razoável para se saber se as autoridades retiram as limitações que foram impostas a Luís Filipe Vieira”.
“Faz sentido ‘sonhar’ com uma retirada das medidas de coação? E com uma conclusão abreviada disto? Não faz. A mensagem que se passa é: ‘Meu amigo, tem 30 dias para decidir a sua situação’. Ora, se isto não for decidido, não podemos pôr os interesses pessoais de uma pessoa acima dos interesses de uma empresa. E aí, Vieira terá mesmo de se afastar”, acrescenta.
Luís Filipe Vieira está em prisão domiciliária, até apresentar caução no valor de três milhões de euros, no âmbito do processo “Cartão encarnado”.
Camilo Lourenço considera que, “do ponto de vista de funcionamento de uma Sociedade Anónima Desportiva, não faz sentido nenhum que um membro da administração esteja limitado nas suas funções. O melhor que pode acontecer a essa sociedade é mudar de presidente ou que o atual presidente renuncie”.

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