“Há outra fornada que tem de vir cá para cima”, afirmou Luís Filipe Vieira na recente entrevista a 28 de fevereiro à BTV. O jornal O Jogo falou com Renato Paiva, que passou década e meia na formação do Benfica e conhece bem o valor dos talentos emergentes no Seixal, para a evolução dos quais contribuiu muito anos. Também ele vê muito talento mas concorda que há que dar tempo ao tempo a Tomás Araújo, Paulo Bernardo e Henrique Araújo. “Têm grande qualidade e futuro mas, se me perguntarem se já estão preparados para a equipa A, a resposta é não. Falta-lhes pelo menos uma época inteira a jogar noventa minutos numa equipa B ou numa segunda liga. Todos os jogadores que não sejam génios, e por isso excluo João Félix e Bernardo Silva, precisam de pelo menos uma temporada assim. Basta ver quantos jogos fizeram Rúben Dias, Lindelof, Gonçalo Guedes ou Renato Sanches pela equipa B antes de passarem para os AA”, realça o agora técnico do Independiente del Valle, do Equador.
Do trio, Paulo Bernardo leva avanço, ele que tem 19 anos, alinhou 1280’ nas equipas jovens e até já foi chamado por Jesus para as visitas ao Rangers e ao Paredes. “Poderá vir, no final desta época, a estar mais preparado”, afirma Paiva que vê no médio “o próximo grande projeto de jogador da formação do Benfica”: “O Paulo é um médio super completo e, já durante a época, desafiei-o a marcar mais golos para se poder tornar num médio de topo e ele desatou a marcar. Pode ser um ‘8’ pela capacidade de trabalho e intensidade mas, também um ‘10’, pela técnica, decisão e finalização.”
Já Tomás Araújo, “é muito completo” e os 27 jogos na II Liga, aos 18 anos, mostram ser aposta clara no Seixal. “As expectativas que ele me gerou quando o treinei são as mesmas que o Rúben Dias gerara”, diz Paiva. Mas acrescenta: “Precisará de mais tempo pois os jovens de Benfica, FC Porto ou Sporting não sabem defender, passam toda a formação sem precisar de o fazer. Por isso, acho que Tomás Tavares e Nuno Tavares deveriam ter tido mais minutos na equipa B ou serem emprestados.” Quanto a Henrique Araújo, de 19 anos e que tem 16 golos em 28 jogos entre bês e sub-23, também possui “muito potencial” e “um perspicácia e movimentação na área, que o fazem sobressair”, sendo o maior candidato ofensivo a subir em breve.
"Não me surpreende que o Paulinho, do Sporting, possa vir a ser treinador". Abel Ferreira, que levou o Palmeiras a conquistar a última edição da Libertadores, acredita que o avançado do Sporting seja um dia treinador. O técnico explica o motivo: "Tive treinadores que me incentivaram a pensar no jogo, a pensar no momento do jogo, e foi isso que me fez treinador. Daqui a três, cinco, ou dez anos, seja o que for, eu tenho a certeza de que vou ver muitos jogadores que passaram por mim, e por outros treinadores, que vão ser treinadores, porque têm essa capacidade. Não me surpreende que o Paulinho, do Sporting, possa vir a ser treinador. Nada! Porque tenho essa certeza? Vou contar uma história do Paulinho. Estamos a jogar no Moreirense, e um tipo ali na frente — não sei se era o Ricardo Horta. Nós fazemos o golo no instante final. Eu sabia que o Moreirense poderia jogar um pouco mais longo. E comecei a gritar: ‘Paulinho! Paulinho! É para fechar na seis!’ Mas ele não estava a ouvir. Eu só tinha dois médios e o Paulinho tinha de ajudar. Ele virou-se para mim e disse-me: ‘É a seis? [e fez sinal com os dedos das mãos]’. Entendem? Ele sabia exatamente o que eu queria sem me ouvir... No SC Braga eu fazia sinais com os dedos e eles já sabiam o que lhes estava a pedir... Quando começas a sentir que os jogadores se envolvem com o processo, sentem aquilo como deles, é diferente. No SC Braga nós atingimos 75 pontos pois os jogadores envolveram-se e tinham prazer em jogar. Nós marcávamos golos com muita facilidade. Houve muita dificuldade contra o FC Porto, contra o Sporting, porque nesses anos eram equipas... O Sporting era treinado pelo Jorge Jesus, o FC Porto pelo Sérgio Conceição e o Benfica pelo Rui Vitória. Mas víamos que a nossa equipa tinha prazer em jogar, nessa variabilidade que no início pode ser confuso para os jogadores. Agora, o SC Braga do mister Carvalhal faz de uma forma híbrida. É uma equipa plástica, em função da bola acaba por ser uma equipa híbrida, que valoriza não só o futebol como os jogadores. O [Ricardo] Esgaio também é um jogador extremamente inteligente... Acredito que estes jogadores, no futuro, daqui 15 anos, possam ser treinadores perfeitamente, porque, de facto, nesse ano nós tivemos jogadores extremamente inteligentes. O próprio [Carlos] Carvalhal e o [Rúben] Amorim já falaram dessa capacidade de inteligência do Paulinho, porque ele a tem. Ele entende muito bem o jogo e é mais um treinador dentro de campo", disse o técnico.
quase 30 milhões para tirar a equipa do último lugar e depois quem fez grande investimento foram as gaivotas ah!ah!
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