O extremo de 20 anos, apesar da despromoção, paulatinamente tem vindo a adotar um comportamento que foi ao encontro do desejado pela estrutura do futebol profissional, dado que, além de treinar-se com a formação secundária, contabilizou de então para cá cinco jogos oficiais, 333 minutos de competição, nos quais apontou dois golos. Ora, este sinal de humildade do internacional equatoriano tem vindo a apagar de alguma forma o cenário negro que ficou traçado quando o atleta quis sair por empréstimo para Espanha, concretamente para o Cádiz, ao contrário do que pretendia o Sporting, então mais disponível para o ceder ao Rio Ave, quando ainda procurava desbloquear a transferência do lateral-esquerdo Matheus Reis, como acabou por acontecer.
Ora, Gonzalo Plata, de momento, encontra-se, como referido, integrado nos trabalhos da seleção principal, que joga hoje frente à Bolívia um encontro particular, sendo que no seu país a despromoção do camisola 20 foi tema de conversa. “A verdade é que não faço ideia [sobre o motivo para estar na equipa B]. Tenho trabalhado como sempre. Agora venho à seleção, continuo a fazer o meu trabalho. Demonstrei-o a cada jogo e não sei o que se passa, de verdade”, disse Gonzalo Plata à GOL TV uns dias após ter chegado ao Equador, isto antes de novas declarações de contrição, assumindo culpas, dadas a um meio de comunicação portuguesa a pedido do próprio Sporting.
Certo é que o Sporting também não pretende prolongar em demasia a passagem de Gonzalo Plata pela equipa B, afinal trata-se de um ativo considerado importante, uma fonte de rendimento futuro que importa preservar, pois, no final da temporada, o cenário de uma transferência, em definitivo ou por empréstimo com opção de compra, é altamente provável.
O leão do futuro. Enquanto o Sporting estiver concentrado na Liga, não haverá outras prioridades pela frente. A dois meses do final da temporada, no entanto, e mesmo sabendo que grande parte da estratégia dependerá do que acontecer até maio, Frederico Varandas, Hugo Viana e Rúben Amorim já fizeram um primeiro esboço do plantel para a próxima época. Se a execução do plano está congelada, por razões desportivas que são evidentes, as ideias já começaram a ser discutidas. E, segundo o jornal Record apurou, há um objetivo de mercado que ocupa o topo da lista, de olho em 2021/22: a contratação de um agitador capaz de fazer qualquer uma das três posições do ataque, nos corredores ou pelo meio; por outras palavras, um ‘lança-chamas’ que acrescente criatividade e poder de fogo à linha avançada do Sporting, características que, na análise da estrutura, são deficitárias no atual grupo. Pote tem esse perfil, mas foi uma adaptação de Amorim — bem-sucedida, é verdade, mas sem eliminar o ADN de médio. Jovane tem tido dificuldades em encontrar a sua identidade no esquema tático do treinador. Nuno Santos é mais um jogador que procura diagonais e movimentos a partir da linha. Tabata pode percorrer mais do que um lugar, mas também está formatado para o corredor. O reforço que Amorim procura também é diferente de um ‘9’, como Paulinho, Tiago Tomás ou até Sporar, ainda que esse possa ser outro objetivo de mercado (se o esloveno for transferido). A classificação na Liga determinará em grande medida a capacidade de investimento dos leões mas, se há um alvo pelo qual Varandas, Viana e Amorim estão dispostos a abrir os cordões à bolsa, esse é o criativo de ataque, o homem para os desequilíbrios. A saída de Nuno Mendes, dada como praticamente inevitável, poderá financiar a reconstrução do plantel. O plano avançará quando existir luz... verde na Liga.
FC Porto vai perder Zaidu por 2 meses. Mercado é inevitável. A qualificação da Nigéria para a próxima edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), que se disputa nos Camarões em janeiro e fevereiro de 2022 (datas exatas ainda por anunciar pela Confederação Africana de Futebol), levanta um sério problema ao FC Porto e deve mesmo levar a SAD a investir na contratação de um lateral-esquerdo, escreve A Bola.
A ausência de Zaidu naquele período critico do calendário europeu é um dado praticamente adquirido em função da crescente influência do jogador na seleção da Nigéria, crónica candidata ao título africano.
A 33.a edição do CAN estava inicialmente para começar a 9 de janeiro e terminar a 6 de fevereiro de 2021, mas passou para o início de 2022. Uma mudança forçada pelo avanço da pandemia de Covid-19 que levou ao adiamento dos jogos da fase de qualificação. Para o caso, é uma fortíssima dor de cabeça para imensos clubes europeus que têm internacionais africanos nas suas fileiras, porque na maior parte das vezes os jogadores selecionados juntam-se aos estágios das respetivas seleções logo após o Ano Novo.
Zaidu não tem uma sombra per- manente no plantel portista. Na ausência do nigeriano, Sérgio Conceição costuma adaptar Manafá ao lugar ou, mais raramente, apostar na polivalência de Malang Sarr. Mas o francês, até ver, vai voltar no final da época ao Chelsea, clube com o qual tem contrato por mais quatro épocas.
A venda do passe de Alex Telles aconteceu nas últimas horas da janela de transferências de verão. Dentro da estrutura azul e branca, com o técnico à cabeça, havia uma certa segurança de que Zaidu seria capaz de responder afirmativamente ao desafio de render o internacional brasileiro. O problema é o desgaste provocado por um calendário sobrecarregado e em fases soltas da temporada o nigeriano acusou o esforço. Por esse motivo, o FC Porto já estaria a ponderar a aquisição de um defesa-esquerdo. O CAN tornou agora este dossiê prioritário para 2021/2022.
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