Vencedor absoluto ao nível das contas da 19.ª jornada, aliando a vitória diante do Paços de Ferreira aos empates dos perseguidores FC Porto e Benfica, o Sporting passou a somar dez pontos de vantagem sobre os azuis e brancos no topo da tabela e cavou, enquanto líder, o maior “fosso” da sua história em relação ao segundo classificado. Nas contas dos últimos 40 anos, o melhor registo dos leões estava fixado nos sete pontos de distância sobre o Benfica em 1981/1982, temporada em que um conjunto comandado por Malcolm Alisson conquistou a dobradinha.
Na época do seu último título (2001/2002), a equipa de Alvalade teve nos cinco pontos sobre o Boavista, na penúltima jornada, a maior vantagem daquela edição do campeonato, enquanto em 2015/2016, na estreia de Jorge Jesus, desperdiçou quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto à 16ª jornada, com os rivais a serem batidos ao sprint pelo campeão Benfica.
Mais do que olhar para a sua própria história, a equipa de Rúben Amorim passou a ser a única equipa nos últimos 40 anos a construir uma vantagem sobre o segundo classificado à imagem do que só se tinha visto nos domínios do Dragão. À boleia de conjuntos recheados de talento e que marcaram gerações, o FC Porto conseguiu construir uma vantagem de dez ou mais pontos em oito ocasiões, no período temporal supracitado. Em todas elas, os azuis e brancos conseguiram sagrar-se campeões, naquilo que representa um bom augúrio para as ambições dos leões em terminar o jejum que dura desde 2001/2002. O recorde absoluto ocorreu na época 2007/2008, quando uma equipa orientada por Jesualdo Ferreira chegou à 18ª jornada com impressionantes 23 pontos de vantagem sobre o Sporting. Entre 1995 e 1998, em plena caminhada rumo ao histórico Penta, os dragões também conseguiram chegar aos dois dígitos de avanço pontual em três ocasiões.
Esta também é a terceira vez em que o FC Porto tem uma desvantagem de dez ou mais pontos em relação ao líder do campeonato. Nas duas anteriores, em 2001/2002 e 2009/2010, a resposta dos portistas aos títulos de Sporting e Benfica, respetivamente, foi avassaladora: nas épocas seguintes (2002/2003 e 2010/2011) construíram vantagens significativas sobre os encarnados e conseguiram conquistar não só o campeonato, mas também a Liga Europa sob o comando de José Mourinho e André Villas Boas, respetivamente.
"O mérito é do presidente, do Hugo Viana, do treinador e muito dos jogadores". Os dez pontos de vantagem para o FC Porto fazem Matheus Pereira, formado pelos leões, falar de um Sporting que “já merece voltar a ser campeão”, mas sem individualizar o mérito em Rúben Amorim. “O mérito não é só de uma pessoa, é do presidente, do Hugo Viana, do treinador e muito dos jogadores”, frisa, “grato por tudo” ao Sporting. No plantel, à exceção de Palhinha, poucos conhece, mas deseja “sorte e títulos” a todos. Sobre Tiago Tomás, apontado ao Arsenal, diz ter ouvido “coisas boas dele”. “Mas espero que continue assim para ajudar o Sporting.”
O projeto do Sporting pode estar a queimar etapas com a liderança da Liga mas baseia-se num pilar fundamental que, em regra, obriga a tempo, paciência e... coragem: a aposta na formação. Ainda assim, com 12 jogadores sub-23 no plantel, os leões precisaram de equilibrar o grupo em experiência e qualidade comprovada, razão pela qual investiram 33,5 milhões de euros, entre o mercado de verão (17,5 M€) e o de inverno (16 M€). O exercício, feito pelo jornal Record, é meramente indicativo, desde logo porque é feito com base apenas em compras na época em curso e deixa de fora os gastos com pessoal (que são superiores nos rivais), mas não deixa de ser curioso: nesta altura, cada um dos 51 pontos conquistados na Liga custou ao Sporting cerca de 660 mil euros, na relação com os gastos no mercado. O valor fica um pouco acima do FC Porto, que ‘paga’ 620 mil euros por ponto (41), após gastos de 25,5 M€ em reforços. A grande distância está o Benfica, que aplicou 104,6 M€ em contratações: cada ponto dos 38 das águias ‘vale’ 2,75 M€.
No Sporting, o ponto de viragem foi a chegada de Paulinho. Sem o avançado, o mesmo cálculo baixaria para 345 mil euros por ponto. As contas, porém, fazem-se no final. E Rúben Amorim acredita que o investimento compensará em maio.
E hoje joga-se os oitavos final da Champions, e novamente no Porto? Mas porquê? Raisparta este descentralismo, o Terreiro do Paço é quem mais ordena, ou não?
ResponderEliminarPorque é que a UEFA nas fases a eliminar, só quer Champions no Dragão?
Mas calma, o Estádio da Luz já foi palco de duas finais da Champions nos últimos 5 anos, e o Pedro Guerra, legitimamente toma essas Finais como se fosse o extinto Benfica que lá estivesse, e bem!
É que já passaram 59 anos da maldição do Guttmann, e como canta o Paulo Carvalho, "59 anos é muito tempo..." Para o ano são 60 anos... Merece uma comemoração decente, e condizente com o momento!
Entretanto, na Carregueira, consta que já sonham, e no Carregueira FC já se ouve o hino da Champions, "ke passousse"? Está para sair uma acusação? Mas de qual processo, são tantos... Mala Ciao, Jogo Duplo, E Toupeira, Saco Azul? Já prenderam o operacional Paulo "toupeira"? E o César "maleiro" ainda não foi dentro? E o labrego criminoso?
SOLTEM OS PRISIONEIROS