25 fevereiro 2021

Benfica desmentiu mas...; “Taremi estava ali à mão e o Benfica não o quis. Pedro Gonçalves e o Nuno Santos...”; A provocação de Rui Pinto: “As coincidências que levam a Vieira”

Rui Pinto, hacker que está a ser julgado no âmbito do processo Football Leaks, voltou a associar o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, a alegados crimes de tráfico de droga.
Dias depois de ter aproveitado o caso de um avião que foi intercetado, no aeroporto de Salvador, no Brasil, com 500 quilos de cocaína a bordo, Rui Pinto partilhou agora uma referência a Vieira numa reportagem sobre a Operação Catavento, uma investigação de quase dois anos da Polícia Judiciária a uma alegada rede de tráfico de droga.
De acordo com a revista Sábado, a Polícia Jucidiária considerou que um dos elos em Portugal dessa suposta rede internacional seria o empresário Bruno Tavares.Apesar de estar “atolado em dívidas de centenas de milhares de euros”, Bruno Tavares levava “uma vida faustosa”. E, adianta a revista, “conduzia um carro de alta cilindrada que era afinal do amigo Luís Filipe Vieira, o presidente do Benfica, com quem tivera vários negócios no ramo do imobiliário”.
Foi esta referência que chamou a atenção de Rui Pinto. “Operação Catavento e as coincidências que levam a Luis Filipe Vieira”, comentou o criador do Football Leaks, através das redes sociais, esta noite.
Ainda segundo a Sábado, as vigilâncias da Polícia Judiciária “chegaram a fotografar o carro e incluíram os registos no processo sem associarem Vieira a qualquer suspeita”.
Há poucos dias, a propósito do caso do avião com 500 quilos de cocaína a bordo, Rui Pinto tinha comentado uma nova situação em que "futebol e tráfico de droga" surgem "lado a lado mais uma vez".
Nesse tweet, o hacker fez uma referência a Vieira. “De acordo com informações que não consegui ainda confirmar, um dos detidos na Operação Catavento era bastante próximo de Luís Filipe Vieira e conduzia um veículo automóvel propriedade deste. Ligações, curiosidades ou simples coincidências?”, escreveu.

“Taremi estava ali à mão e o Benfica não o quis”. Já não é possível disfarçar o insucesso da temporada do Benfica, realidade que só seria revertida em caso de uma vitória na Liga Europa – um triunfo muito improvável, a avaliar pelo futebol que a equipa de Jorge Jesus pratica. Pedro Henriques considera que há diversos motivos para explicar este fracasso e o ex-futebolista destaca a política de contratações, que “falhou”. Desde logo, abdicar de contratar jogadores que teriam as portas da Luz abertas e que os encarnados não terão desejado.  
Nos rumores de mercado, pôde ler-se que Taremi terá sido descartado pelas águias, quando já era certo que o avançado iraniano iria deixar o Rio Ave. O Benfica não avançou e o destino do jogador foi o FC Porto. Também Nuno Santos e Pedro Gonçalves poderiam ter sido alvos fáceis do Benfica, segundo Pedro Henriques. 
“Taremi que fazia golos no Rio Ave, estava ali à mão e o Benfica não o quis. Va lá saber-se porquê. Pela qualidade e pelo preço não seria. Estava ali à mão e era um jogador barato. Pedro Gonçalves e o Nuno Santos eram desequilibradores, mas o Benfica preferiu o Everton e o Pedrinho. São erros de casting”, comenta Pedro Henriques, na SportTV. 
Para o ex-futebolista, houve contratações de jogadores com créditos firmados, mas que acabaram por não render, o que pode ser explicado com o momento da equipa encarnada. “É normal que os jogadores entrem pressionados, pouco confiantes e um bocadinho desesperados para fazer as coisas bem. E à primeira falha no jogo, eles tombam. Os jogadores devem ser mais concentrados, mais agressivos”, salienta. 
Jorge Jesus tem apontado noutra direção, para explicar a má temporada, mas Pedro Henriques considera que o raio-X do técnico está errado. “O treinador não tem atacado os jogadores, mas fala sempre em falta de tempo para treinar e na covid-19. Faz-me confusão. Faz-me confusão, por exemplo, a forma como o Benfica bate as bolas paradas. O Benfica é um desastre, nas bolas paradas. E estranho que o treinador não corrija isso. Ou se corrige não se vê”, critica.  
E Pedro Henriques não espera que Luís Filipe Vieira coloque o dedo na ferida, quando falar aos adeptos, numa comunicação que está marcada para o próximo domingo. “O presidente do Benfica vai falar no canal do clube, mas não sei se no canal do clube lhe vão colocar as questões que realmente interessam responder”, refere o ex-jogador. 
Prevendo um voto de confiança na estrutura e na equipa técnica, Pedro Henriques elenca algumas questões que importava colocar ao presidente do Benfica.  
“Esta época de pandemia era a altura para este investimento gigante? Olhando para o Sporting, líder do campeonato, comparando os investimentos de um e de outro, se fosse hoje, tomaria as mesmas decisões?”, exemplifica. Mas há mais perguntas a que Vieira deveria dar resposta. 
Desde logo perguntas sobre a política de contratações e “o porquê de contratar apenas jogadores do mercado estrangeiro e não aproveitar os melhores jogadores do campeonato português, à imagem do que fizeram o FC Porto (porque tem ganho campeonatos) e o Sporting (porque está em primeiro”.  
Também a “questão dos jovens da formação” suscita curiosidade a Pedro Henriques: “Porque é que os jovens queimam etapas, não tiveram rendimento e podem ter sido perdidas oportunidades de ter jogadores com qualidade?”. 
O ex-futebolista, que passou pelos quadros do Benfica, realça que manifestar confiança em Jorge Jesus não corrige nenhum problema. E recorda frases de Vieira que foram desmentidas com o tempo. “Os votos de confiança não me dizem nada. Que importa dizer que conta com Jorge Jesus? Já ouvi Vieira dizer que Jesus jamais iria voltar e ele voltou”, afirma. 

Benfica desmentiu mas... Al Musrati, médio de 24 anos do SC Braga, está a ser analisado numa perspetiva de negócio para a próxima temporada. Segundo o jornal A Bola, que já havia noticiado ontem o interesse entretanto desmentido pelo Benfica, Jorge Jesus aprecia muito as características do médio líbio e possibilidade de negócio irá depender de várias circunstâncias, entre elas a garantia de presença por parte das águias na Liga dos Campeões. E, naturalmente, a vontade dos bracarenses em negociar, sendo certo que a SAD minhota não estará disposta a perder um ativo importante a baixo custo.
O Benfica emitiu ontem comunicado a negar interesse no médio — «especulações que não vão desviar o foco nem diminuir o espírito de grupo» — mas o tema voltará à mesa da SAD no final da temporada, garante A Bola.

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