21 maio 2020

"Tive uma proposta do FC Porto, mas...", diz ex-Benfica; Coates: "Regresso tem sido duro"; Jogos no pico do verão é “dizer que os jogadores são carne para canhão”

Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave, falou sobre a possibilidade de a Liga, segundo a RTP, avançar com encontros às 15h30 ou 16h00 no período de junho e julho, horário marcado pelas altas temperaturas.
O técnico refere, “não em nome do Rio Ave, mas a nível individual”, que os jogadores de futebol merecem respeito e não escondeu o seu desapontamento em relação a esta ideia. Carvalhal vai mais longe e garante que fazer jogos no pico do verão é “dizer que os jogadores são carne para canhão”.
“Disputar jogos no pico do calor, no pico do verão, às 15h00, 16h00 ou às 17h00, é o mesmo que dizer: 'vamos arruinar a vossa equipa e a vossa equipa vai demorar uma semana a recuperar'. Acho que os jogadores merecem respeito. Isto será o mesmo que dizer que os jogadores são carne para canhão”, afirmou o técnico à RTP.
Carlos Carvalhal falou também sobre o tempo de descanso entre jogos e assegura que, devido ao longo período de paragem, que é necessário um intervalo de quatro dias entre encontros.
“O espaço entre jogos de 72 horas não é suficiente. Isso seria uma linha vermelha a ser ultrapassada por uma competição normal. Nós estamos numa situação excecional, portanto eu, no mínimo, penso que o normal seria um intervalo de 96 horas”, salientou.
Após 24 jornadas, o FC Porto encontra-se na frente do campeonato, com 60 pontos, mais um que o Benfica, segundo classificado.

"Regresso tem sido duro. Foi muito tempo fora da Academia". Sebastian Coates admitiu, esta quinta-feira, que o plantel do Sporting sentiu alguma dificuldade em readaptar-se ao nível de exigência dos treinos, após uma paragem forçada superior a dois meses, devido à pandemia do novo coronavírus.
Em declarações prestadas à Sporting TV, o internacional uruguaio sublinhou, no entanto, que "estes primeiros dias têm sido importantes", especialmente para que a equipa possa 'absorver' as ideis de Rúben Amorim mais rapidamente.
"Tem sido duro, pois foi muito tempo fora da academia, longe do campo. Treinávamos em casa, mas não é a mesma coisa. Estamos a readaptar-nos a tudo. Ao toque na bola, que é importante, e também a adaptar-nos ao mister e às ideias dele", afirmou.
"Ele [Rúben Amorim] tenta mostrar as suas ideias, e nós tentamos percebê-las o mais rápido possível. Os primeiros treinos foram mais físicos, mas aos poucos vamos tentar adaptar-nos às ideias do mister, e esperamos que seja o mais rápido possível", acrescentou.

"Tive uma proposta do FC Porto mas não se cospe no prato onde se come". O defesa brasileiro David Luiz, que chegou ao futebol europeu através do Benfica, abordou a proposta feita pelo FC Porto quando terminou o primeiro contrato com os encarnados.
O central tinha chegado à Luz a meio da temporada de 2006/07 e ficaria livre no final da mesma, dada a curta duração do primeiro contrato com o Benfica.
"Chegou o final do contrato e o Benfica diz para assinarmos por cinco anos. Falo com o meu empresário, que diz que há inúmeras equipas a oferecer 10, 15, 20, 50 vezes mais. E eu queria ajudar os meus pais", começou por lembrar o defesa, em entrevista à BTV.
E foi por causa dos pais que David Luiz, atualmente no Arsenal, recusou o convite dos dragões.
"Tive uma proposta do nosso arquirival FC Porto, mas os meus pais disseram-me que não se cospe no prato onde se come", explicou.
Graças à "família" encarnada, David Luiz não se arrependeu da opção que tomou.
"Assinei pelo Benfica e passados alguns meses parti o quinto metatarso. Passados três meses volto a jogar e parto no mesmo lugar. Imagina se fosse para outro clube? Não teria a família que tive no Benfica. O Benfica conhecia a minha família desde cedo, as pessoas começaram a viver a minha vida comigo e eu comecei a entender o Benfica", concluiu.

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