Acuña está mais perto da saída de Alvalade; Marega vai deixar o FC Porto; Clubes profissionais podem avançar para o corte de salários já em abril; Exigências financeiras de JJ no Flamengo são altas

Flamengo e Jorge Jesus prosseguem com as negociações com vista à possível renovação de contrato do técnico, mas o clube considera as exigências salariais demasiado elevadas. De acordo com o portal Goal, a direção do Mengão crê que o treinador, de 65 anos, está a pedir um salário acima do que é exequível e espera assim que JJ baixe as suas exigências monetárias. Recorde-se que a ligação contratual de Jesus com o Fla termina em junho deste ano, sendo que o clube continua a tentar chegar a acordo quanto à sua renovação.

Acuña está mais perto da saída de Alvalade. O Sporting deverá também negociar alguns dos seus principais ativos, para assim aumentar a sua saúde financeira. Neste âmbito, Acuña é um dos jogadores mais valorizados e na última janela de mercado recebeu interesse de alguns clubes, entre eles o Inter, escreve o Record. 

Dada a importância que detém em Alvalade, a SAD só estará disponível para negociar a partir dos 15 milhões de euros (a cláusula de rescisão fixa-se nos 60 M€), até porque ao longo do último ano o argentino viu a sua cotação disparar ao ser regularmente chamado à seleção alviceleste. 

Na eventualidade de as ofertas não atingirem os valores exigidos, está em cima da mesa a hipótese de El Huevo... renovar, com respetivo aumento salarial. Aliás, segundo o Record, a SAD apresentou uma proposta em julho, mas não obteve resposta do jogador e dos seus representantes.

Marega de saída. O FC Porto precisa de vender jogadores até 30 de junho de forma a alcançar um mínimo de 100 milhões de euros em mais-valias com a saída de atletas, de modo a cumprir o fair-play financeiro da UEFA e evitar um resultado financeiro negativo, à semelhança do que aconteceu no primeiro semetre da  época.
Nesse sentido, Moussa Marega é um dos jogadores que poderá deixar o Dragão no final da temporada, garante A Bola. O maliano há muito que é apontado a uma saída do FC Porto - no último verão esteve perto de uma saída para Inglaterra -, mas a verdade é que o avançado continuou na cidade Invicta, apesar de ser um atleta com grande cotação de mercado.
Ainda assim, e dada a atual situação financeira dos portistas, a saída de Marega é quase certa. Para além disso, o avançado maliano tem apenas mais um ano de contrato, e foi-lhe prometido que poderia sair neste verão, isto depois de nos último anos a transferência ter sido travada.
West Ham e Leicester já tentaram contratar Marega, mas o FC Porto rejeitou sempre as propostas, algo que não deverá acontecer no final da época.

Clubes profissionais podem avançar para o corte de salários já em abril. A situação que se vive um pouco por todo o mundo por conta da pandemia do novo coronavírus atingiu de forma muito profunda o mundo do futebol. Vários são os clubes que irão cortar nos salários dos seus jogadores de modo cumprir os pressupostos financeiros, uma medida que deverá chegar a Portugal.
O jornal Record escreve que os clubes profissionais vão avançar para redução dos salários dos jogadores. A medida tem sido motivo de conversas entre vários emblemas e que poderá avançar já no próximo mês de abril, já que os salários de março estão assegurados.
A mesma fonte adianta que os clubes esperam ainda pela posição definitiva do Governo em relação a questões laborais, sendo certo que nenhuma SAD ou SDUQS irá avançar para os cortes de forma unilateral, numa situação que será aplicada em todos os clubes da mesma forma.
Cada clube conversará previamente com os futebolistas antes de proceder a tais cortes, sendo que a ideia de todos os emblemas é proteger os jogadores com salários mais baixos. Nesse sentido, deverão existir diferentes escalões nesta medida, e os futebolistas com salários mais altos serão aqueles que terão o corte mais elevado.
O eventual corte de salários dos jogadores tem sido discutida entre a Liga e o Sindicato dos Jogadores. Joaquim Evangelista diz que os atletas estão dispostos a dialogar, mas sublinha que não podem ser apenas os jogadores a ser afetados por estes cortes.
"É injusto querer fazer o reajustamento apenas à custa dos jogadores. Não podem ser só eles a fazerem sacrifícios", sublinhou Joaquim Evangelista, em declarações ao jornal Record, sublinhando que "a haver cortes nos salários dos jogadores, terá de ser feita uma quantificação das perdas dos clubes".
"Precisamos de saber o porquê de eventuais cortes, porque isto não pode ser a olho. Há rácios que têm de ser escrutinados", avisa, considerando que não faz sentido pensar já em redução em abril. "As únicas receitas que os clubes deixaram de ter foram de bilheteira. Para muitos deles, sai mais barato ter os estádios fechados...", apontou.
"Acho injusto colocar os jogadores no olho do furação e a falta de respeito para os principais protagonistas. São eles que alavancam o futebol. As receitas bilionárias da FIFA, da UEFA, das federações, dos clubes, devem-se a eles. Merecem esse respeito. Os jogadores estão dispostos a fazer sacrifícios, temos consciência que depois da crise haverá um ajustamento, mas exigem respeito", conclui.