"Trajeto do Benfica tem desvalorizado alguns dos seus ativos"; Processos do ataque à Academia geram desacordo em Alvalade

O Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do Sporting, liderado por Joaquim Baltazar Pinto, atravessa um período de discórdia provocada pelo risco de prescrição dos procedimentos disciplinares abertos contra a maioria dos invasores de Alcochete e que estão suspensos desde o passado dia 13 de maio.

Segundo apurou o jornal Record, certos elementos do órgão social consideram que não haverá tempo para tomar uma decisão final sem que os processos prescrevam.
Isto porque à data em que os casos foram suspensos, aguardando novidades do processo que decorre na Justiça (o julgamento arranca no próximo dia 18, no Tribunal do Monsanto), não tinham sido notificados todos os visados, outros não responderam à nota de culpa e os que o fizeram requisitaram prova testemunhal, que não terá sido reunida.

Desta forma, como ainda há sócios que nem sequer responderam à nota de culpa e que devem pedir prova testemunhal para atrasar ainda mais o processo, alguns membros do CFD consideram que será impossível produzir uma decisão final em tempo útil, quando a Justiça portuguesa deliberar sobre os 43 agressores de Alcochete, pois o prazo de prescrição não poderá ser superior à duração do processo penal.

Nem todos os arguidos pela invasão à Academia estão neste processo aberto pelo CFD, desde logo porque nem todos são sócios do clube. Em contrapartida, sabe Record, houve outros associados (para lá daqueles que estão em tribunal) incluídos no procedimento disciplinar, tendo sido identificados através das mensagens reproduzidas na acusação do Ministério Público.

Champions de Lage "desvaloriza" jogadores e clube. Toni acredita que a campanha do Benfica na Liga dos Campeões está a desvalorizar os jogadores e o próprio clube.
O antigo jogador e treinador das águias manifesta, em entrevista à RR, todo o seu desagrado pelo fraco desempenho da equipa de Bruno Lage na presente edição da prova, com uma vitória e três derrotas.
"A Liga dos Campeões é uma prova de grande exigência, é um palco onde se podem valorizar os jogadores, mas também é um palco onde eles se podem desvalorizar. E o trajeto que o Benfica tem feito nesta edição tem desvalorizado alguns dos seus ativos. Nós sabemos que a Champions está formatada para os grandes 'tubarões' da Europa, mas o Benfica tem um historial que o deve obrigar a ultrapassar a fase de grupos", aponta.
O último mau resultado do Benfica foi diante do Lyon, com uma derrota, por 3-1, em França. Uma partida "que acabou por ser igual às outras que o Benfica tem feito nesta edição da Champions", segundo Toni.
"Desde o jogo com o Leipzig que o Benfica tem tido exibições e resultados que estão longe de honrar aquilo que é a marca Benfica. A Liga dos Campeões é um espaço de valorização de jogadores e de clubes. O Benfica fez a sua história na Taça dos Clubes Campeões Europeus, ganhou duas numa década e foi à final em mais três ocasiões", refere.
Com a derrota frente ao Lyon, na quarta jornada do grupo G, as contas do apuramento para os oitavos de final complicaram-se bastante. Ganhar os dois últimos jogos, frente a Leipzig e Zenit, não garante a qualificação. Por isso, Toni apela a que se "vire as agulhas" para o "plano doméstico":
"Depois deste jogo, as atenções têm de ser viradas para o jogo com o Santa Clara. Haverá estes dias, que são cáusticos pelas análises que são feitas, mas, no sábado, o Benfica tem logo pela frente um adversário difícil para ultrapassar e para manter a sua linha de rumo em relação àquilo que é o objetivo principal da época: a conquista do campeonato."