O alvo do Sporting para a defesa. Benfica já terá rejeitado o jogador; Rui Pinto recusa colaborar com Justiça portuguesa. Caso dos emails do Benfica terá a mesma estratégia; Três ex-candidatos criticam direção leonina

José Maria Ricciardi, Dias Ferreira e Tavares Pereira, que foram candidatos nas eleições de setembro, fizeram chegar a Rogério Alves, presidente da MAG, uma carta na qual manifestam “profunda preocupação e indignação” pelas consequências da “divulgação pública da auditoria ao mandato de Bruno de Carvalho”. Os três consideram que a fuga terá partido de “alguém dentro do próprio clube ou da empresa contratada” e exigem explicações aos sócios, “que manifestam desagrado e perplexidade com esta decisão de gestão ruinosa”.

“Devido à insensatez e incompetência da direção está em causa o regular funcionamento do Sporting e da sua SAD. Ao dr. Rogério Alves pedimos que tome as medidas adequadas”, alertam.

Lautaro Gianetti é nome em cima da mesa do Sporting. A direção liderada por Frederico Varandas já se encontra a trabalhar naquilo que se adivinha ser uma ‘mini-revolução’ no centro da defesa do Sporting para a próxima temporada.

Os leões já asseguraram a contratação de Luís Neto – em final de contrato com o Zenit – para colmatar a mais do que certa saída de André Pinto, e olha, agora, para o mercado argentino como forma de precaver a perda de Sebastián Coates, sobre quem o Valencia vai ‘apertando o certo’.

De acordo com o portal Desporto ao Minuto, a SAD verde e branca tem, neste momento, vários nomes em cima da mesa para o lugar do internacional uruguaio, mas Lautaro Gianetti é um dos que mais agrada.

O clube de Alvalade já deu o ‘pontapé de saída’ nos contactos tendo em vista a aquisição do defesa-central de 25 anos, cujo contrato com o Vélez Sarsfield termina já em junho do próximo ano de 2020.

O jogador natural de San Nicolás é considerado uma das peças mais importantes do plantel às ordens de Gabriel Heinze, estando, inclusive, entre o lote de capitães. No entanto, dada a proximidade do final do vínculo, pode deixar a Argentina por cerca de quatro milhões de euros.

Lautaro Gianetti foi oferecido ao Benfica nas últimas semanas, mas as águias não terão mostrado muito interesse após a aposta falhada em Conti e Lema.

Rui Pinto recusa colaborar com Justiça portuguesa. Rui Pinto recusa colaborar com a justiça portuguesa e nem sequer presta declarações à PJ ou ao Ministério Público, no processo em que é suspeito de crimes informáticos e de tentativa de extorsão, de meio milhão de euros, contra o fundo de investimento Doyen Sports. Também não está disposto a ajudar as autoridades a explorar o material informático apreendido, onde poderão existir preciosas informações que poderiam abrir novas investigações em Portugal. Já com França, onde não é suspeito de crimes, o gaiense, atualmente em prisão preventiva, tem a garantia de que todas as informações fornecidas nunca serão usadas contra ele.

De acordo com informações recolhidas pelo JN, as autoridades tentaram sensibilizá-lo para o facto de a sua colaboração poder vir a beneficiá-lo. Mas nada o demove. Afasta totalmente a hipótese de ajudar a Polícia Judiciária a explorar o material informático que lhe foi apreendido na Hungria. O Fisco já lhe tinha pedido colaboração numa investigação sobre fraudes fiscais no desporto.

Antes da extradição, no Tribunal de Budapeste, Rui Pinto alertara que temia o regresso a Portugal: “Infelizmente, não posso confiar nas autoridades portuguesas. Já deram provas de que, em casos relacionados com o futebol, são completamente parciais”.

Por outro lado, o pirata informático deverá recusar prestar declarações às autoridades russas, que suspeitam que Rui Pinto tenha usado um potente vírus naquele país para lesar bancos.

As únicas autoridades com que, para já, aceita falar são as francesas, que o ouviram como testemunha, numa investigação por crimes de colarinho branco. O Parquet National Financier (PNF), que está na posse de cópias de todo o material informático apreendido a Rui Pinto, quer que ele beneficie de uma certa proteção.

“Não negociamos imunidade. A única coisa que podemos garantir é que as informações [dadas pelo hacker] quer pela França, quer por outros países a que a França os poderá ceder, não sejam utilizadas contra Rui Pinto”, adiantou ao JN o procurador Jean-Yves Lourgouilloux, do PNF, que está agora a estudar a melhor maneira de estudar e partilhar a informação fornecida por Rui Pinto às autoridades dos países que estejam interessados.

O hacker está indiciado por seis crimes, dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão qualificada na forma tentada. Aníbal Pinto, o seu ex-advogado que na altura intermediou os contactos com a Doyen, foi constituído arguido.

Rui Pinto também é o único suspeito de ter desviado os e-mails do Benfica. Sobre este caso, a estratégia é a mesma: silêncio absoluto.