Ex-leão recomenda jogador ao...FC Porto; BdC e Geraldes em contradição; Yuri não convence e Benfica está no mercado por lateral. Também há outro alvo;

O Benfica está no mercado por um lateral-esquerdo. Segundo o jornal Record, o principal motivo prende-se com o facto de Yuri Ribeiro, resgatado no último verão ao Rio Ave, não estar a evoluir como era esperado por parte da equipa técnica. Mais do que precaver já uma potencial saída de Grimaldo, a preocupação da SAD na próxima janela de transferências é garantir um elemento que possa dar mais garantias ao nível da qualidade, estando mais próximo do espanhol ex-Barcelona.

Aos 21 anos, Yuri Ribeiro regressou esta época à Luz, depois de uma época de empréstimo aos vila-condenses. Na última temporada, o lateral-esquerdo mostrou-se em bom plano na Liga, daí que Rui Vitória, em consonância com os responsáveis encarnados, tenha preferido recuperar este ativo em vez de investir na contratação de mais um jogador para a posição. Agora, apesar de na Luz ainda ninguém ter ‘desistido’ do canhoto, a convicção é de que será necessário atacar o mercado para oferecer a Vitória um elemento que possa dar mais garantias na luta com Grimaldo pela titularidade.

De resto, Yuri Ribeiro prepara-se para fazer o seu segundo jogo oficial esta época, aproveitando a deslocação a Coimbra para defrontar o Sertanense, na Taça de Portugal. Até agora, soma apenas um encontro, na Allianz Cup, precisamente contra o Rio Ave. 

Central nas cogitações. Luís Filipe Vieira e seus pares também não deixam de ponderar o avanço para um novo reforço defesa-central. Com Rúben Dias e Jardel a manterem o estatuto de titulares, as opções recaem atualmente em Conti e Lema, duas caras novas contratadas no último verão a Colón e Belgrano, respetivamente. Luisão, que era o 5º central, terminou entretanto a carreira, e os responsáveis benfiquistas estão neste momento a avaliar a real necessidade de avançar para a contratação de um novo elemento para o eixo da defesa, escreve o Record. Não só porque a referida dupla de argentinos ainda está numa fase de adaptação à nova realidade, mas também porque até final da época poderão surgir mais momentos de falhas dos habituais titulares – com castigos ou lesões, como é agora o caso de Jardel. Chamado a estrear-se no clássico com o FC Porto, Lema até vinha cumprindo, mas acabou por ser expulso e cumpre castigo na ronda dos encarnados com o Sertanense, na Taça de Portugal. 

“Caio Lucas cai como uma luva na estrutura do FC Porto” – a garantia é de Rúben Ribeiro, ex-jogador do Sporting que assinou pelo Al-Ain, dos Emirados Árabes, mas que ainda não pode jogar por a sua situação com os leões não estar resolvida (rescindiu unilateramente na sequência dos incidentes em Alcochete e o assunto segue para os tribunais). O português está apenas há algumas semanas no Al-Ain, mas já viu o suficiente nos treinos para poder avaliar o potencial do brasileiro que está no radar dos azuis e brancos. Mais do que referenciado, “[o empresário e dirigentes do FC Porto] estão a conversar”, revelou o jogador esta semana, numa entrevista concedida ao “Gazeta Esportiva”. Recorde-se que faltam dois meses e meio para o extremo poder assinar um pré-acordo com outro clube (o contrato acaba em junho de 2019). Os dragões pretendem reforçar o setor ofensivo, estando a analisar as melhores oportunidades de mercado, e Caio, podendo ser contratado a custo zero, é uma delas.

Voltando à analise de Rúben Ribeiro ao novo companheiro de equipa – curiosamente, o ex-Sporting é apontado como o sucessor do brasileiro no Al-Ain –, o perfil é de um desequilibrador. “Cruza bem, chuta bem, não receia os duelos e vai para cima dos adversários, sem medo”, explicou. Por isso mesmo, o brasileiro tem feito a diferença no Al-Ain, a jogar na ala esquerda. Com Brahimi em final de contrato (termina em junho de 2019) e sem perspetivas de renovação à vista, até Rúben Ribeiro fez a dedução lógica, porque, pelos vistos, Caio Lucas assemelha-se bastante ao estilo do internacional argelino. “É um reforço de que o FC Porto precisa e sem dúvida que seria uma grande alternativa ao Brahimi”, apontou.

Apesar da diferença competitiva entre o futebol praticado nos Emirados Árabes e na liga portuguesa, Rúben Ribeiro não hesitou em ir um pouco mais longe, acreditando que Caio Lucas pode ganhar o seu espaço no onze azule branco sem grandes dificuldades .“Tem tudo para chegar e impor-se no FC Porto. Tem qualidade suficiente para entrar na equipa de Sérgio Conceição”, insistiu.

Em nove jogos pelo Al-Ain, Caio Lucas marcou sete golos neste início de época, mas o avançado não se destaca só pela finalização. “Ele tanto marca como é capaz de os fabricar”, apontou Rúben Ribeiro, que o descreveu ainda como “um jogador tranquilo no balneário” antes de terminar a troca de mensagens com o jornal O Jogo, em que pediu para não falar sobre o Sporting.

Contradição de BdC e Geraldes. Quem determinou a mudança da hora do treino do passado dia 15 de maio, quando foram consumadas as agressões a jogadores e técnicos por parte da elementos da Juventude Leonina na Academia, em Alcochete? A questão serve para que André Geraldes, team manager dos leões à época – função que assumiu depois de ter sido oficial de ligação aos adeptos (OLA) –, responsabilize o presidente de então, Bruno de Carvalho, pelo facto, colocando o treinador Jorge Jesus como testemunha, ainda que o dirigente destituído indiretamente contrarie a versão apresentada. No disse que disse dos envolvidos, ficou claro o distanciamento dos antigos dirigentes, elementos próximos da estrutura nos últimos anos do clube.

André Geraldes, a O Jogo, sublinhou o que horas antes fizera ao Correio da Manhã, colocando o nome de Jesus na equação. “Quem mudou a hora do treino foi Bruno de Carvalho. Foi isso o que me comunicou o treinador Jorge Jesus”, atirou, asseverando que “não está envolvido” nos acontecimentos, ainda que confirme a mensagem que recebeu de Bruno Jacinto, então OLA, a comunicar que a Juventude Leonina “ia à Academia” no dia seguinte. “Não relevei a mensagem e até fiquei admirado. Não sabia de nada. Estava focado noutras coisas”, afiançou, recordando que a saída de Jorge Jesus estava em cima da mesa e nesse dia surgiu o caso Cashball. André Geraldes diz “não saber se o presidente sabia do ataque”.

Fonte próxima de Bruno de Carvalho, depois de contacto de O Jogo ao ex-presidente, atira a responsabilidade da mudança do treino para Jorge Jesus, contrariando a versão de André Geraldes. Aludindo a reuniões do dia 14 de maio com departamento de scouting, equipa técnica, staff e jogadores, é recordado que, no final do encontro com o treinador, este “comunicou que por ser possível a administração da SAD ser aconselhada pelos advogados [que seriam consultados na manhã do dia 15 sobre as possibilidades de despedimento do treinador] a já não ser ele a treinar a equipa para a final da Taça de Portugal, ia alterar o horário do treino do dia seguinte das 10h00 para as 16h00”, quando se verificou o ataque. “Na reunião com a equipa técnica, Jorge Jesus não foi suspenso nem despedido, mas foi informado de que o tempo dele no Sporting iria chegar ao fim”, acrescentou a dita fonte. O Jogo procurou confirmar com Jorge Jesus estes factos, mas tal não foi possível até ao fecho da edição.