Rui Costa quer Vitor Pereira no Benfica; A ameaça a Gyokeres; Rui Borges quer jogador diferente para render Gyokeres; O trio apontado mas fora da mira leonina; O negócio do FC Porto que ficou "num impasse"

O agente de Julio Enciso, paraguaio que está na lista de alvos do FC Porto, confirmou ontem o interesse dos dragões no jogador, adiantando que o desejo dos portistas era contar com ele já nos Estados Unidos da América. “O FC Porto queria-o a tempo do Mundial de Clubes e estávamos a ver se era possível. Não houve um acordo entre FC Porto e Brighton e agora provavelmente há um impasse, porque havia pressão para a transferência acontecer antes da competição”, disse Pedro Aldave, ao programa ‘Fútbol a lo Grande’, da radio paraguaia ‘Monumental’.

Depois das negociações, “há três ou quatro semanas”, não houve acordo, até porque “o Brighton é um clube difícil para negociar” e Enciso, fruto dos regulamentos ingleses, “não tem cláusula de rescisão”. Apesar de ter apenas mais um ano de contrato com o ingleses, o atacante é um jogador valorizado no mercado, embora Pedro Aldave não arrisque adiantar um preço: “Em primeiro lugar porque não depende de mim e o Brighton pode pedir o preço que quiser.” Certo é que “o jogador precisa de mudar de ares” e não enjeita os azuis e brancos, nem o mercado português. “Vamos ver se volta depois do Mundial de Clubes. Pareceu-nos uma boa ideia, porque ele poderia jogar num contexto diferente. O FC Porto vende muitos jogadores, como também Benfica e Sporting. Também há outros clubes em Inglaterra”, disse o empresário que, no campeonato português, já representou Oscar Cardoso e Melgarejo, ambos do Benfica.

Segundo Pedro Aldave, Martín Anselmi chegou a conversar com Julio Enciso no início do processo negocial, o que o agente catalogou como “natural”. “Quando um clube quer alguém, fica sempre claro, a este nível, que a primeira coisa que o treinador faz é falar com o jogador. É normal na maioria das transferências. São sempre os técnicos que tentam seduzir o jogador e depois fazem a oferta”, disse o agente, valorizando a “capacidade de luta” que o seu representado mostrou desde que se mudou para Inglaterra.

A ameaça a Gyokeres. Está cada vez mais duro o braço de ferro entre o Sporting e a ‘entourage’ de Gyökeres, neste caso precipitado por uma possível consequência relacionada com a cláusula acordada entre os leões e Hasan Çetinkaya, agente do avançado, quando no verão de 2023 assinaram – por exigência do segundo – o contrato que ligou o sueco aos leões por cinco temporadas (até 2028), vínculo cuja cláusula de rescisão passou a ser recorde em Alvalade, na ordem dos 100 milhões de euros. Segundo confirmou o jornal Record, caso o empresário do futebolista nórdico apresente – e veja rejeitada – uma oferta de 60 milhões de euros fixos pelo viking (possui um mandato de venda exclusivo), terá direito então a receber 10% dessa soma (6 milhões de euros, menos impostos), que por acaso é a verba que, tem-se garantindo nos bastidores, ficou acordada como valor mínimo para a saída de Viktor neste verão, após permanecer mais uma temporada de leão ao peito. Ora, entendendo este impasse nas negociações e que esse direito poderá ser executado a qualquer momento – o Arsenal acenou, numa primeira abordagem, com 55 milhões de euros fixos, mais 10 por objetivos, mas já lá vamos –, o Sporting também colocou um limite na sua boa-fé, ou seja, prometeu ‘puxar’ o preço de Gyökeres precisamente para o valor da cláusula de rescisão, caso não sinta dos representantes do futebolista abertura para negociar nos termos que colocou na mesa para libertar o sueco. Esses, e depois dessa tal intenção do emblema londrino, passam por 80 milhões de euros, ainda que não seja líquido que o valor possa ser totalmente fixo: há abertura para o diálogo, por exemplo, encontrando um entendimento com uma parcela de 70 M€ mais 10 em variáveis; e após uma primeira ronda de negociações em Menorca, Espanha, entre Bernardo Palmeiro e Andrea Berta, diretores-gerais de Sporting e Arsenal, respetivamente, é muito provável que venha aí uma nova proposta...
Apesar das hora tensas que se vivem neste processo, a verdade é que ainda existe esperança que tudo se possa resolver com celeridade e em termos que agradem a todos. É por isso que Palmeiro continua no país vizinho para dar a Varandas a melhor proposta possível do Arsenal, emblema no qual, e noutra informação confirmada pelo jornal, o artilheiro do leão nos dois últimos anos quer prosseguir carreira.

Rui Borges quer jogador diferente para render Gyokeres. Hora de virar a página. Face a todas as polémicas recentes, o ambiente adverso dos últimos dias em torno de uma transferência, constantes trocas de acusações, Rui Borges perdeu a esperança em poder contar com Gyokeres para a próxima época e, nesse sentido, começou já a pensar (e preparar...) o futuro sem aquela que foi a peça fundamental dos leões nas últimas duas temporadas. Este era um cenário que se adivinhava, mesmo apesar da ténue esperança que ainda pudesse existir, há algumas semanas, numa continuidade do goleador nórdico em Alvalade.
Todas essas expetativas, ainda que curtas, foram reduzidas a zero nos últimos dias após a intenção demonstrada pelo próprio jogador em abraçar um novo projeto. Abriu-se, assim, um ponto de partida para a mudança de ciclo. Pois bem, há muito que nos bastidores de Alvalade se vem trabalhando na sucessão do sueco, com uma curta lista de potenciais reforços referenciados, mas ainda sem contatos formais para a contratação do sucessor de Gyokeres. Esse sinal verde, partiu agora, pelo próprio treinador — em plena sintonia com a estrutura leonina — que deseja acelerar todo o processo da contratação de uma alternativa (forte) para o ataque dos leões em 2025/2026 nos próximos dias...
Os jogadores que se encontram bem identificados permanecem secretamente guardados pela SAD — nomes como Lucas Stassin (Saint-Étienne), Rômulo Cardoso (Goztepe) ou Franjo Ivanovic (Union St.) já foram associados, mas o jornal A Bola garante que não entram neste leque — mas o jornal está em condições de adiantar, para já, qual o perfil de atacante que Rui Borges pretende e as indicações dadas ao departamento de scouting nessa escolha que será criteriosa.
Rui Borges não quer um clone de Gyokeres. Com caraterísticas idênticas ao sueco, um jogador que, como sabemos, se destaca, além do faro pelo golo, pela capacidade física, explosão e ataque à profundidade. Não serão esses os pontos principais que vão definir a escolha, até porque o técnico pretende uma maior versatilidade tática da equipa no futuro.
Será um jogador para assumir a titularidade e com garantia de rendimento... imediato. Ou seja, não será um avançado para 'crescer' e que possa oferecer, nessa fase inicial, qualquer dúvida no duelo com Harder que, esse sim, continuará a ter papel importante mas com margem para continuar a evoluir com a equipa.
A SAD leonina, olhando para a herança pesada deixada por Gyokeres, vai fazer um forte investimento nesta contratação, muito provavelmente a maior da temporada.

Vitor Pereira é o treinador que Rui Costa pretende contratar para a sucessão de Bruno Lage. Apesar de o presidente do Benfica ter dito que é o atual treinador que vai iniciar a época, o CM avança que a realidade pode ser outra. Salvo uma mudança de planos ditada por um eventual brilharete no Mundial de Clubes, a vontade de Rui Costa é criar outra dinâmica de base que sustente também um cenário pré-eleitoral.

É neste contexto que entra o nome de Vítor Pereira. Em Inglaterra, o técnico fez um excelente trabalho na época finda pelo Wolverhampton. É muito querido pelos adeptos, após ter salvado a equipa de uma descida de divisão que parecia inevitável a meio do campeonato, acabando por fazer uma segunda volta quase irrepreensível. O treinador de 56 anos, contudo, admite voltar ao pais natal pela porta grande e num clube que lute por títulos e presenças na Champions.

Nesta fase da carreira, Vítor Pereira dá primazia a projetos desportivos em detrimento de questões financeiras. No Wolverhampton, na nova época, sabe que o objetivo passara sempre por evitar nova descida.

Além disso, perdeu jogadores importantes.