26 setembro 2018

Sporting pode pagar comissão alta por jogador que...não inscreveu. Demiral pode sair por 3,5M€. Diaby foi o mais caro do defeso; FC Porto exige demissão de Secretário de Estado e comenta possibilidade do jogo da Luz ser à porta fechada

Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, falou do castigo de um jogo à porta fechada aplicado ao Benfica e sublinhou que gostaria de jogar no Estádio da Luz, na sétima jornada, com público nas bancadas.
"Isto só acontece agora porque, durante muito tempo, houve uma ausência de autoridade por parte do IPDJ. Todo o país conhece, não há quem não saiba do apoio do Benfica às claques. Só havia o IPDJ. Forçaram a isso. Finalmente parece que estão a surgir algumas decisões", começou por dizer o responsável portista no programa Universo Porto da Bancada.
"Se o jogo à porta fechada tiver de acontecer no jogo com o FC Porto, eu lamento imenso. Os nossos adeptos gostam de estar na Luz,  costumámos ser lá felizes e até o batizaram de 'salão de festas' por culpa dos responsáveis do Benfica. Em relação à providência cautelar [apresentada pelo Benfica ao TAD], será decidida por quem de direito.  Aguardemos pelo resultado do tal recurso", acrescentou o dirigente do FC Porto.
Sobre as declarações de Augusto Baganha no Parlamento, ex-presidente do IPDJ,  Francisco J. Marques apontou para a necessidade de João Paulo Rebelo se demitir do cargo de Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
"Em política, o que parece é. O Augusto Baganha disse que havia registos da veracidade. Ele disse que não iria revelar conversas privadas, mas esta era possível ter registos, estaria em condições de o revelar. A partir deste momento, João Paulo Rebelo não tem a mais pequena condição para continuar no cargo de Secretário de Estado. Se o Governo continuar a acolher alguem como João Paulo Rebelo, é cumplice nisto tudo. Por arrasto, todos os que apoiam este Governo no Parlamento. Amanhã tem que haver consequências. Não podem continuar a fingir, é altura de parar de fazer de conta no desporto português", atirou.

Chama-se Carlos Eduardo Jatobá e foi contratado para a equipa sub-23 do Sporting na fase final do mandato de Bruno de Carvalho. O nome é pouco familiar para os adeptos, mas o facto é que o médio brasileiro assinou até 2023, num negócio de oportunidade junto dos búlgaros do FC Dunav, que custou 100 mil euros. A novidade, tornada pública ontem, através de informação enviada à CMVM, prende-se com a possibilidade de a SAD pagar uma comissão de 1,5 milhões de euros à empresa Futglobo, "dependendo da performance desportiva" do jogador. O valor destaca-se por ser o mais elevado entre as comissões pagas pelo Sporting no verão e agora discriminadas. Jatobá ainda não foi utilizado nos sub-23 e não figura nos inscritos na Liga.
Entre comissões, nota ainda para 1,5 milhões de euros deduzidos aos 8 M€ da saída de Piccini para o Valencia. De resto, Pedro Delgado (Luneng) rendeu 800 mil euros. O Alanyaspor tem opção de compra de Merih Demiral por 3,5 milhões. A cedência de Matheus Pereira (Nuremberga) valeu 500 mil euros, a que se podem somar mais 425 mil. Domingos Duarte foi emprestado ao Deportivo por 225 mil euros.
Diaby tornou-se a transferência mais cara dos leões no último verão (Raphinha foi contratado em janeiro), tendo o seu passe custado 4,5 milhões de euros. A este valor, de acordo com a informação enviada ontem à CMVM, há a somar uma comissão de 1 milhão de euros paga ao Stellar Group. Por Gudelj, como já era público, o Sporting despendeu 3 milhões, acrescidos de 300 mil euros pela assessoria da Reina BVBA. Para assegurarem Sturaro, os leões tiveram de pagar 150 mil euros ao agente do jogador, Carlo Volpi. Os salários serão divididos entre Sporting e Juventus, sendo de assinalar que a SAD leonina só começará a pagar a sua parte em outubro, quando o médio for integrado.

9 comentários:

  1. ☺ Lá vem o moço "do melhor que está para vir" pedir demissão porque sim, e porque é o que mais convém aos interesses do FC Porto. É claro que, o Baganha, nunca sofreu qualquer tipo de pressão por parte do Porto (apenas de Benfica e Sporting). Galinhas, bolas de golfe, petardos, invasão e agressão a jogador adversário, a obrigação de um registo de claques quando nem todos os membros estão registados, e claro, o famoso livro do "macaco" em que lá se encontra: agressões, roubos e outros tipos de crimes. Tudo dentro da lei, já que se trata de um líder de uma claque legal. Por isso, o Baganha e companhia nunca viram motivo (sem pressões) para castigar o Porto. Deixem o doutor macaco ser o próximo Secretário de Estado que este tipo de problemas deixam logo de existir.

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    1. Ainda o honesto diretor de comunicação do Porto;

      105. O confronto entre as "versões" das mensagens em questão torna patente a leitura criteriosamente truncada e a interpretação descontextualizada que das mesmas foi feita por parte de Francisco José Marques e acriticamente aceite, reiterada e desenvolvida pelos demais intervenientes no programa "Universo Porto - da Bancada".

      106. De facto, são deliberadamente omitidas frases inteiras e segmentos de frases cujo teor admitiria - como admite - uma interpretação diferente e mesmo diametralmente oposta à artificiosamente criada por Francisco José Marques.

      107. Mais ainda: partindo de uma tão peculiar leitura e interpretação de tais excertos de mensagens (ou alegadas mensagens), Francisco José Marques e os seus demais colegas de programa permitem-se designadamente inferir a existência de «um esquema de corrupção para beneficiar o Benfica», em resultado de "dados irrefutáveis" que existiriam nesse sentido.

      108. Exemplos como o ora referido autorizam a conclusão de que o programa "Universo Porto - da Bancada" constituiu um veículo privilegiado de devassa de comunicações (ou de supostas comunicações) privadas, cujo teor e sentido foi, ao menos em certos casos, deliberadamente distorcido, por forma a servir uma narrativa pré-concebida, traduzida num conjunto de afirmações, insinuações e acusações de enorme gravidade, e da qual se encontrava arredado qualquer propósito sério de informar (ou de salvaguarda de uma denominada "verdade desportiva").

      109. Com a agravante de uma tal narrativa se confortar na garantia antevista da sua replicação e amplificação acríticas por quase toda a comunicação social e pelas denominadas redes sociais.

      110. Inclusive, uma tal narrativa chegou em certas ocasiões a atingir contornos burlescos, servindo não já para denunciar alegados crimes mas apenas para tentar achincalhar as pessoas que surgem como intervenientes nas mensagens.

      112. É de igual modo patente a busca de sensacionalismo concretizada - num programa de cariz informativo - por via de uma prática folhetinesca assente na divulgação reiterada, parcial e seriada de documentação privada, acompanhada da promessa de "novas revelações", e que, através de interpretação não neutra, introduz uma sua leitura interpretativa, junto dos telespectadores, susceptível de insinuação criminal.

      (...)

      203. A exposição e interpretação dos emails coloca o foco apenas em alguns excertos, quando outros são praticamente ignorados e não problematizados neste programa do Porto Canal. O destaque dado a alguns excertos contrasta com a manipulação do conteúdo original dos emails através da ocultação de alguns excertos, que não foram lidos nem considerados na análise realizada por Francisco José Marques (Pontos 43 a 60).

      204. Por exemplo, a ocultação da frase «O poder está no trabalho dia a dia, na busca da verdade e da seriedade e isso faz a diferença», altera necessariamente a interpretação do email, na medida em que não se coaduna com a acusação de que existe «um esquema de corrupção para beneficiar o Benfica» (Ponto 44).



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    2. 205. Refira-se ainda, por exemplo, ainda a ocultação da frase «E se a minha postura e opiniões puderem contribuir, nem que seja de forma pífia, para um clima de paz e harmonia, acho que é este o caminho a seguir», que altera também significativamente a interpretação do email. Esta ocultação permitiu subverter a interpretação de que a postura desejada por Luís Filipe Vieira (“Sei que o nosso primeiro-ministro quer que seja essa a postura, e se ele traçou essa estratégia, creio que só temos que segui-la. Ele lá sabe o que anda a fazer e, na verdade,não temos tido muita razão de queixa”») se prendia com uma postura de “corrupção”, embora no contexto do email se referisse a “um clima de paz e harmonia” (Pontos 51, 52 e 53).

      206. Estes dois exemplos permitem verificar que a não leitura ou ocultação de excertos dos emails contribui para a alteração do real significado dos mesmos e contribui para a elaboração de uma interpretação manipulada, porque descontextualizada – e recontextualizada num contexto que não é o seu original.

      207. Para além da ocultação de excertos, existe ainda uma parte de um email que é colocado num outro email. Isto é, ao conteúdo do email enviado por Adão Mendes, a 28 de janeiro de 2014, é adicionado um excerto de um outro email (Pontos 49 e 50).

      208. Sobre um dos emails não é, ainda, fornecida a data de envio, apenas é dito que é um email de resposta de Pedro Guerra ao email que lhe foi enviado por Adão Mendes a 28 de janeiro de 2014. (Pontos 51 e 58).

      209. Ao longo do programa, estabelece-se uma tese de um “domínio total” do Sport Lisboa e Benfica sobre o futebol e sobre as mais variadas esferas do social, que desemboca numa espécie de exercício de “nós” contra “eles” (criticas ao Sport Lisboa e Benfica, por oposição ao Futebol Clube do Porto), através de generalizações sem base factual e sem que a moderação do programa solicite o devido enquadramento e contextualização factual (...)

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  2. E se o jogo não for á porta fechada e o Benfica decidir pedir identificação e confirmar os nomes dos elementos da claque do fcp ? Não sei se é possivel, e se é assim que funciona o registo, mas para estar legalizada terá de haver numero de elementos e quem faz parte correcto ? O IPDJ é que controla ? Então o Benfica solicita o nome dos elementos e só esses podem entrar para o sector destinado á claque...após confirmação da devida identidade. demora tempo ?...até ao fim do jogo ?...que chatice...

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    1. Sim, é mesmo assim que funciona...

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    2. O "anonimato" permite a emissão de qualquer imbecilidade! Desde quando existe "um sector destinado À CLAQUE" do clube visitante? O sector destina-se aos bilhetes a que o Clube visitante tem direito (5% da lotação do estádio)! Sejam eles comprados ao clube visitante por um qualquer elemento de claques ou por um "avô de família"!!

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  3. Por vezes mais vale ser anónimo do que se identificar como burro com mania que é inteligente!
    Sendo tão inteligente que é, deveria saber que é óbvio que existem bilhetes dentro dos 5% que são para as claques e logo que os bilhetes são recebidos pelo clube são dados às claques, toda a gente sabe!
    Também deveria saber faz parte da lei, a claque comunicar quais são os membros que vão assistir aos jogos e serem acompanhados pela Policia ! e mais também deveria saber que para ser membro da Juveleo ou dos SD não é obrigatório ser sócio do clube mas sim membro da claque. Como tal, é possível existir uma verificação de quem é membro da claque e sócio do clube! Também é óbvio que tal situação necessitaria do apoio da PSP que dado ser um jogo "perigoso" não irá fazer esse controlo, confiando, embora erradamente, na informação dada pelo clube e claque!


    Já agora, sendo tão inteligente e conhecedor da lei, diga-me lá acha que alguma claque é legal em Portugal?
    P.S. Também ainda aguardo pela divulgação do Baganha dos castigos impostos à FPF pela criação de uma claque ilegal liderada pelos criminosos macaco e mustafá!

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  4. "para ser membro da Juveleo ou dos SD não é obrigatório ser sócio do clube mas sim membro da claque."
    Gostas de mentir ?

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    1. Não gosto de mentir nem como gelados com a testa...

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