"Emissão obrigacionista da Sporting SAD em risco? Soa-me a propaganda"; Quem tem sido incentivado a candidatar-se a presidente do Sporting; CD arquiva processo a João Capela

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) arquivou o processo instaurado a João Capela, referente ao jogo entre Tondela e Sporting do dia 19 de fevereiro, da 23ª jornada da I Liga.

O órgão federativo considera que não existem "indícios da prática de qualquer infração disciplinar" da parte de Capela.

Em causa estava uma eventual divergência entre entre os factos relatados no relatório de jogo do árbitro, relativamente às palavras atribuídas a Murilo, extremo do Tondela. O juiz lisboeta alegou que Murilo disse "És uma vergonha, hijo de p...".

Na altura, o clube beirão respondeu através diretor de comunicação, Vítor Ramos, que questionou o alegado insulto proferido em espanhol, uma vez que Murilo é brasileiro e só jogou no Brasil e em Portugal.

Paulo Lopo, presidente da SAD do Leixões, está a ser incentivado a concorrer à presidência do Sporting caso haja eleições antecipadas. Em declarações ao Record, o empresário confirma o apoio de diversas personalidades do universo leonino, mas para já afasta qualquer possibilidade de candidatura. 

"Tenho recebido o apoio de muitos sportinguistas, mas neste momento não posso dizer que seja uma realidade. Tenho de ser pragmático, até porque, neste momento, a questão nem se coloca. Até haver certezas sobre o futuro do clube, não sou candidato. Tenho bastante respeito por Bruno de Carvalho, e o Sporting para já tem presidente ", afirma Paulo Lopo.

Sócio dos leões há 15 anos, Paulo Lopo é licenciado em gestão e possui ainda um mestrado em gestão e marketing. O empresário entrou no futebol através do Leixões, clube que ainda tem legítimas aspirações a subir de divisão.

Camilo Lourenço fala de "propaganda", ao saber do aviso feito esta terça-feira pela Sporting SAD. Segundo se lê num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pela sociedade que gere o futebol profissional dos leões, as recentes polémicas em Alvalade são prejudiciais à emissão obrigacionista de 30 milhões de euros.

Consultado pela RR, o economista apresenta uma versão contrária. "Parece-me que aqui já há demasiada propaganda, no meio disto tudo", dispara.

"Para quem dirige o Sporting e a SAD", prossegue, "não há interesse nenhum em que se verifique uma alteração de direcção, portanto isto soa-me mais a pressão do que a outra coisa qualquer".

"Para a banca, e instituições envolvidas, há todo o interesse em que se clarifique a situação em que Bruno de Carvalho meteu o Sporting e a SAD [através de uma assembleia-geral]. Pressão de quem? De quem dirige o clube e a SAD, neste momento, sobre os sócios e sobre os próprios accionistas", atira, ao mesmo tempo que sustenta a sua opinião.

"A questão fundamental é perceber que o atual ambiente não é propicio a uma emissão obrigacionista. Neste momento, ninguém sabe para onde vão o clube a SAD", finaliza Camilo Lourenço.

No mesmo texto, conhecido esta terça-feira, a SAD leonina anuncia ter pedido a convocação de uma assembleia-geral de acionistas.