O Sporting perdeu no Tribunal Arbitral do Desporto a ação de recurso que interpôs para não pagar os danos e prejuízos verificados no estádio da Luz, após o jogo entre Benfica e Sporting para a Taça de Portugal em 2013.
Após processo disciplinar, o Conselho de Disciplina da FPF condenou, a 14 de abril do corrente ano, o Sporting ao pagamento de 58.836,4 euros pelo que se passou a 09 de novembro de 2013, naquele jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal.
O Sporting não aceitou a decisão e optou pelo recurso, para o TAD, que se pronunciou sobre a possível prescrição do procedimento disciplinar, sobre a eventual falta de fundamentação do acórdão do CD da FPF e ainda sobre a suficiência da prova.
Todos esses aspetos foram considerados de forma desfavorável ao Sporting - ou seja não prescrição, correta fundamentação e prova suficiente, com o colégio arbitral a confirmar a decisão, com três votos a favor e um contra.
Tiago Rodrigues Bastos, árbitro designado pelo Sporting, foi quem votou de vencido, com a sua declaração de voto junta ao acórdão e fazendo parte dele.
Satisfeitos. O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), pela voz da vogal Ana Raquel Brochado, faz hoje um balanço positivo das atuações dos árbitros e da conduta dos agentes desportivos, sublinhando haver margem para melhorar.
No dia em que o diretor-geral do FC Porto, Luís Gonçalves, em entrevista ao Jornal de Notícias, se queixou de oito penáltis por assinalar a favor dos 'dragões' nas primeiras nove jornadas da I Liga, Ana Raquel Brochado disse à Lusa que, "de uma forma geral, o CA está satisfeito com o nível global das atuações das equipas de arbitragem e com o comportamento dos agentes desportivos, embora, de acordo com o acompanhamento atento que faz dos jogos e do dia-a-dia do futebol português, reconheça que existe espaço para melhorar".
"A construção de um clima positivo em redor das equipas de arbitragem – antes, durante e depois dos jogos – é um fator crítico de sucesso para a arbitragem e para o futebol português", acrescentou a porta-voz do CA.
Ana Raquel Brochado afirmou que "uma das preocupações fundamentais do CA é a uniformização de critérios, de forma a garantir que em lances semelhantes as decisões dos árbitros são uniformes", algo para o órgão de arbitragem olha "como um desafio permanente".
"Durante este período inicial da época foi realizada uma ação conjunta com todos os árbitros e foram enviadas a todos os elementos das equipas de arbitragem quatro documentos de reflexão e aprendizagem sobre aspetos específicos da aplicação das leis do jogo", afirmou.
Sobre a nomeação, hoje, de Artur Soares Dias para o 'clássico' da 10.ª jornada da I Liga entre FC Porto e Benfica, disse que se insere nos critérios definidos desde o início de época. "É internacional, experiente, foi o primeiro classificado na época passada e os jogos realizados em Portugal e nas competições europeias garantem ao CA que se encontra em momento de forma que suporta esta opção", frisou.
A propósito dos critérios utilizados, disse que "nas dez primeiras jornadas seguiu-se o princípio de nomear árbitros internacionais e bem classificados na época passada para os jogos com maior grau de dificuldade", sublinhando que "os clubes que ocupam os cinco primeiros lugares na tabela tiveram, nas dez jornadas da I Liga, pelo menos seis juízes internacionais".
"Outro dos aspetos tidos em conta pelo CA tem sido a diversidade. Nas primeiras dez jornadas, os clubes nos cinco primeiros lugares da classificação tiveram pelo menos oito árbitros diferentes", acrescentou.
Ana Raquel Brochado afirmou que a confiança do CA nos árbitros saiu reforçada após as primeiras 10 jornadas e apontou como desafios imediatos "continuar a trabalhar para melhorar o nível global das arbitragens, reforçar as relações de proximidade com todos os agentes desportivos e garantir que os árbitros mais jovens crescem de forma correta e equilibrada, alargando o leque de opções do CA para todos os jogos das competições profissionais, assegurando assim o futuro do setor em Portugal".
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