Elemento dos NN Boys alerta: "A seguir fazem o quê? Matam um jogador que falhar um golo? Isto não é a Colômbia". Ainda as comparações com os SuperDragões onde Madureira descobre rapidamente tudo; Sporting sai em defesa de Mathieu desmentindo notícia de A Bola

O Sporting desmentiu, em forma de comunicado emitido nas plataformas oficiais, com a assinatura do responsável de comunicação, Miguel Braga, as notícias que apontavam alegada falta de profissionalismo de Jérémy Mathieu como o motivo pelo qual teria ficado de fora da partida com o Paços de Ferreira.

O responsável do emblema leonino aponta o dedo a "pombos correio de eleição" que procuram "desviar atenções do óbvio e atacar" o clube, com a criação de "fantasmas" com "comando à distância, guiados por um GPS claramente defeituos".

"Elogiam-se assim outras defesas, enquanto se tenta colocar em causa o profissionalismo de Mathieu com histórias fictícias desfasadas da realidade", lamenta Miguel Braga, que avisa que "ainda falta muito campeonato", pelo que os adeptos têm de "estar mais atentos".

"Ao contrário de outros tempos e para grande infelicidade de alguns, assistimos a um balneário unido e sem fugas de informação vital. As razões pelas quais o internacional francês não fez parte da lista de convocados sabe-as o treinador. Que se explicou bastante bem no pós-jogo com o Paços de Ferreira. Mas para mau entendedor, nem duas ou três palavras são suficientes", conclui.

"A seguir fazem o quê? Matam um jogador que falhar um golo? Isto não é a Colômbia". O Benfica é o único ‘grande’ que não tem claques legalizadas. Um tema demasiadas vezes escalpelizado e sobre o qual todos já ouvimos as mais diversas teorias. Centremo-nos então naquilo que a legalização dos NN Boys, por exemplo, ajudaria o clube da Luz e as autoridades policiais.

"O facto mais premente prende-se com a responsabilização dos integrantes. Por muita volta que se dê, se amanhã um grupo de Super Dragões apedrejar o autocarro do FC Porto, em poucos dias o Fernando [Madureira] vai saber quem foi. E seja às mãos dos Super ou da Polícia, os criminosos vão pagar. O outro ponto é que os NN estão a sofrer do crescimento exponencial e que, associado a essa falta de rigor e de liderança, faz com que estas coisas aconteçam. Há cada vez mais grupos que se identificam como NN e que não têm de prestar contas a ninguém. Agem por conta própria e a ver quem é mais maluco e quem consegue chocar mais. Se uns esfaqueiam sportinguistas, outros apedrejam o autocarro. A seguir fazem o quê? Matam um jogador que falhar um golo? Isto não é a Colômbia", revela Pedro, nome fictício de alguém que faz parte da claque há mais de uma década e que assegura que as coisas estão a descambar: "Há muita gente descontente e que gostava que houvesse legalização. Simplesmente porque assim pagam todos por aquilo que apenas alguns fazem. Tenho camisolas e cachecóis dos NN e tenho vergonha quando vejo algumas coisas que acontecem. É giro e tem alguma mística sermos Rapazes Sem Rosto, uma espécie de fantasmas, mas também é triste ver como as coisas estão a ficar mais perigosas. Sem rei nem roque. Era importante ter liderança."

Como em tudo na vida, nem só de drama se faz a vida de alguém que semana após semana integra uma claque e Pedro faz questão de o realçar: "É importante que nestas reportagens se destaque que grande parte da atividade de uma claque é feita de animação, companheirismo e até amizade. Fiz grandes amigos, que guardo até hoje, e até te posso dizer que depois do nascimentos dos meus filhos, os grandes momentos da minha vida foram passados na bancada. Por isso é que gostava que tudo ficasse um pouco mais calmo, para um dia poder levá-los comigo para entenderem o que é fazer parte de tudo isto."