O novo formato do Mundial de Clubes vai entrar em vigor em 2025, constituído por 32 equipas, ao invés das atuais sete, e passará a ser disputado de quatro em quatro anos, em vez de anualmente, como é agora. Com um novo formato e mais participantes, renderá muitos milhões às equipas apuradas, entre as quais já estão o Benfica e o FC Porto. À partida, cada apurado receberá 50 milhões de euros só de participação e será ainda distribuido, ao longo do torneio, um bolo de 2,5 mil milhões. Mas os clubes podem ainda ampliar as receitas e garantir mais dinheiro dos patrocinadores. E aqui pode estar mais uma chave para as equipas portuguesas.
Embora ainda não haja valores oficiais avançados pela FIFA, a imprensa internacional tem revelado alguns números. Este novo formato do Mundial de Clubes pretende ser mais atrativo para os espectadores: mais jogos e melhores equipas durante um período maior de competição. Isso implica a chegada de novos patrocínios e melhores contratos televisivos. O prémio de participação deverá ser de 50 milhões de euros, com a FIFA a distribuir 2,5 mil milhões pelos 32 clubes. O organismo poderá ainda garantir 355M€ aos emblemas que cedam jogadores à competição. O apuramento é garantido em função do rendimento desportivo das equipas entre o final de 2021 e 2024.
Daniel Sá, diretor do IPAM, disse ao JN que este novo formato do Mundial de Clubes “terá maior impacto mediático”. “Há mais interesse dos espectadores, que traz melhores contratos televisivos e mais patrocinadores. Logo, mais receitas para os clubes”, explicou, realçando o impacto que a prova poderá ter para os clubes portugueses. “Pensemos nesta nova competição como um filme: aquele que tem os melhores atores vai vender mais do que um que tenha atores desconhecidos”, sublinhou.
O Mundial de Clubes será, na opinião de Tiago Madureira, uma forma de os clubes “potenciarem mais as marcas e terem novas oportunidades de patrocínio”, algo que a Liga Portugal também pode beneficiar. “Há tempo para preparar estratégias. A Liga pode conseguir entrar em novos mercados e criar valor adicional. Uma maior exposição só valoriza a prova e os outros clubes. Os benefícios indiretos do Mundial de Clubes são muito relevantes”, explicou, ao JN, o ex-diretor executivo da Liga.
A prova vai realizar-se de 15 de junho a 13 de julho de 2025, nos Estados Unidos. A escolha da FIFA para este local deve-se a “objetivos estratégicos”, mas também como preparação para o Mundial de seleções, que se disputa em 2026 no Canadá, México e EUA. O formato será semelhante às provas de seleções. Irá haver uma fase de oito grupos, com quatro equipas, em que as duas melhores de cada grupo avançam para os oitavos de final. Depois disputam-se os quartos, as meias-finais e a final, sem disputa pelo terceiro lugar. A Europa será o continente com mais vagas: 12 equipas, no lote onde se encontra o FC Porto e o Benfica, havendo ainda quatro vagas por definir. África e Ásia terão quatro equipas, enquanto a América do Sul terá seis. A América do Norte e Central contará com cinco, mas uma delas será um “extra” para o país organizador, ou seja, os EUA.
Já há proposta para desviar alvo do Benfica. Rollheiser é um dos alvos dos encarnados para futuras janelas de mercado, mas para garantirem o argentino as águias terão de superar a concorrência que começa a aparecer. De Inglaterra já chegou ao Estudiantes uma proposta concreta pelo jovem e por valores que agradam ao clube de La Plata. Newcastle e Brighton são os emblemas que já mostraram interesse.
"O Benfica esteve interessado". Adalberto Carrasquilla é uma das figuras do futebol do Panamá e, segundo revelou o próprio, a sua carreira poderia ter passado pelo Benfica. Ao portal do jornalista Gianluca di Marzio, o médio, de 25 anos, este ano foi eleito como o melhor jogador da Gold Cup, lembrou tentativas falhadas de jogar na Europa e a forma como a sua carreira acabou na MLS.
“Aos 18 anos fiz testes no Fluminense e depois também na Roma. O Benfica também estava interessado, mas no final não deu em nada”, assumiu o jogador do Houston Dynamo, que viveu experiência inesquecível na Roma: “Houve um dia em que jogámos contra a primeira equipa. Estavam lá De Rossi, Maicon, El Shaarawy e o Nainggolan...”
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