Arthur Cabral foi "um erro de casting". Conheça as três possíveis alternativas; "A Taylor Swift quando vier à Luz vai falar mais português que o senhor Schmidt"; Benzema escolhe Pepe para o seu melhor onze. CR7 e Messi ficam de fora

Estrela maior do Al Ittihad, Benzema foi desafiado pelo clube da Arábia Saudita a nomear a equipa de sonho e algumas das escolhas foram, no mínimo, surpreendentes. O internacional francês deixou de fora Cristiano Ronaldo e Messi, vencedores de 13 das últimas 15 eleições para a Bola de Ouro, mas incluiu um português nas escolhas: Pepe. O agora central do FC Porto, com quem o atacante jogou no Real Madrid, partilharia a defesa com Dani Alves, Sérgio Ramos e Marcelo de um onze que teria ainda Manuel Neuer na baliza, Makelele e Pogba no meio-campo e Zidane e Ronaldinho Gaúcho numa linha mais adiantada. O ataque ficaria entregue a Ronaldo e... Benzema, pois claro.

Arthur Cabral foi "um erro de casting". Conheça as três possíveis alternativas. O investimento na frente de ataque foi forte, mas os avançados do Benfica continuam sem dar com a tecla – juntos, Petar Musa, Casper Tengstedt e Arthur Cabral somam 8 golos. Em relação ao brasileiro, que representa um investimento de 20 milhões de euros, mais 5 mediante o cumprimento de objetivos, podemos estar mesmo perante "um erro de casting", sustenta o analista José Espada. A águia já equaciona voltar ao mercado em janeiro, mas, afinal, que tipo de atacante encaixaria nesta equipa?

Já lá vamos. Antes de mais, o especialista da ProScout destaca as diferenças entre o contexto em que estava inserido em Itália e o que encontrou em Portugal. "Existem muitas diferenças entre a forma de jogar da Fiorentina de Vincenzo Italiano e o Benfica de Roger Schmidt. Um ponta-de-lança da Fiorentina é um 'ponta' que não sai muito da sua zona de ação e tem como principal papel fixar a linha defensiva. É um jogador alvo para bolas longas e para apoios frontais, ou seja, passa muito tempo sem bola e de costas para o jogo. É um ponta-de-lança de finalização sem grande envolvência na criação", começa por avaliar José Espada, ao jornal Record.

O cenário, e a missão no jogo das águias, tem sido outro em Lisboa. "Não é isso que Roger Schmidt pede a Arthur Cabral. Para se ser ponta-de-lança deste atual Benfica é preciso ser um jogador participativo em ataque organizado, à semelhança daquilo que foi Gonçalo Ramos; alguém que saia da sua zona de ação, com movimentos no sentido do jogo, que procure associações constantes com a linha intermédia, que solicite a bola em espaço livre para arrastar marcações, e, acima de tudo alguém que seja diferenciado tecnicamente para cumprir essa função. Daí as dificuldades que o Arthur tem sentido na interpretação à forma de jogar do Benfica", concretiza o analista, antes de concretizar: "Diria que estamos a falar de um erro de casting."

Dado este cenário, José Espada sugere, entre elogios ao avançado: "Se não é possível que ele se adapte à forma de jogar do Benfica, ao menos que seja possível potenciar as características dele. Para quem acompanhava o Arthur nos tempos do Basileia e da Fiorentina, sabe que onde ele pode ser decisivo é nos últimos 20 metros. É um jogador muito forte no jogo aéreo e precisa de ser servido dentro da área através de cruzamentos."

Possíveis alternativas

Os avançados do Benfica não têm dado conta do recado e o analista aponta a três possíveis alternativas.  

- Vangelis Pavlidis (AZ Alkmaar): melhor marcador da Eredivisie a par de Santiago Giménez (ambos foram apontados à Luz no último mercado), conta com 68 golos e 64 assistências em 115 jogos no clube, divididos entre as últimas 3 temporadas. Em 2023/24, já leva 21 remates certeiros.

- Gift Orban (Kaa Gent): sensação da temporada passada na Jupiler Pro League, já atingiu a marca dos 32 golos e 2 assistências em 47 jogos. Esta época, soma 12 golos.

- Thijs Dallinga (Toulouse): jovem holandês que atua na Ligue 1 e sob o qual recaem muitas expectativas. Conta 26 golos e 5 assistências em 61 jogos, sendo que nesta temporada já fez o gosto ao pé por 8 ocasiões.

"A Taylor Swift quando vier à Luz vai falar mais português que o senhor Schmidt". Roger Schmidt tem sido criticado por algumas figuras ligadas ao passado do Benfica por, entre outras coisas, não se pronunciar em português, estando há ano e meio em Portugal. Ainda que, em abono da verdade, este não seja um tema que acabe por interessar a todos os benfiquistas, visto que algumas figuras ligadas ao universo encarnado já deram conta de que se importam com aquilo que Roger Schmidt consegue em termos de resultados e não na comunicação que tem com a imprensa e exterior.

Para Nuno Encarnação, gestor e conhecido adepto do FC Porto, quase que é possível apostar que Roger Schmidt vai manter-se sem dar explicações ou falar em português com a imprensa nas conferências ou flashs.

Essa indicação surgiu na sequência de relatos que saíram na imprensa a dar conta de que o avançado do Sporting Viktor Gyökeres está a tentar familiarizar-se com o idioma português.

"O Gyökeres, que vai sair em janeiro para um clube inglês, aprende português", comentou o conhecido adepto do clube azul e branco, aproveitando para mandar uma alfinetada ao treinador do Benfica.

"O senhor Schmidt tem um contrato até 2050, não percebe, não fala um chavo de português e digo mais, a Taylor Swift quando vier em maio à Luz vai falar mais português que o senhor Schmidt nos dois anos que cá está", afirmou Nuno Encarnação, entre ironias, nomeadamente em relação aos anos de contrato de Roger Schmidt, cujo vínculo termina muito antes de 2050.

"A Taylor Swift vai conseguir dizer mais palavras em português do que o senhor Schmidt nos dois anos que cá está", insistiu Nuno Encarnação, em declarações na CMTV.