Benfica no mercado por lateral; Sem operação Neres recupera em 2 semanas; Ficou por marcar um penalti contra o Sporting?; Arthur Cabral, Musa e Tengstedt juntos não valem Gonçalo Ramos; Atlético Madrid aponta a Evanilson; Pinto da Costa: "Mil vitórias? O importante é que na sexta-feira façamos a milésima primeira"

O contador de vitórias do FC Porto com Pinto da Costa como presidente atingiu, este fim de semana, os quatro dígitos. Até o líder dos dragões ficou surpreendido com o número. “Fiquei admirado com o registo. Soube-o através do jornal O Jogo, que está sempre atento ao mais pequeno pormenor”, garantiu o líder portista, numa reação ao jornal, em que atribui um “significado relativo” à proeza, uma vez que desde sempre foi guiado pela ideia de que “o jogo que vem a seguir é sempre o mais importante”. “O importante é que na sexta-feira façamos a milésima primeira”, vincou, numa alusão à receção ao Estoril, prevista para as 20H15.

Na hora de puxar atrás a fita do tempo, Pinto da Costa recorda o jogo em que este feito começou a ganhar forma. “Lembro-me que a primeira vitória foi contra o Espinho, em que vencemos por 3-0 e dominámos completamente o Espinho, que era treinado pelo Manuel José. Foi, realmente, a primeira de muitas”, afirmou o presidente portista, que vai ao baú onde guarda 41 anos de memórias para mencionar outra. “Nessas primeiras está também uma vitória por 6-0 ao Boavista, no Bessa, era o treinador o [Hermann] Stessl, e depois foram mil no campeonato”, indicou.

Numa lista tão extensa de vitórias, Pinto da Costa sustenta que “as mais importantes foram aquelas que deram títulos ao FC Porto”. “As vitórias que foram o ponto final na conquista de um título foram as principais, mas essas só foram possíveis porque antes houve muitas mais”, concluiu o dirigente, que leva 15166 dias como líder máximo dos azuis e brancos e já tem no currículo mais de 1340 títulos conquistados na soma de todas as modalidades do clube.

Atlético Madrid aponta a Evanilson. Em Espanha o portal “Fichajes” noticia o interesse do Atlético de Madrid, muito especialmente de Diego Simeone, em Evanilson. Para este namoro contribuiu o brilho do avançado na Champions, com o Antuérpia, o perfil do brasileiro e vários desempenhos muito satisfatórios que os “colchoneros” acompanharam. O dianteiro do FC Porto é encarado como versátil e capaz de encontrar um rápido entendimento com Morata, como, aliás, também demonstra com a camisola azul e branca ao lado do iraniano Taremi.

Arthur Cabral, Musa e Tengstedt juntos não valem Gonçalo Ramos. A solução encontrada pelo Benfica para suceder a Gonçalo Ramos passou pela contratação de Arthur Cabral, à Fiorentina, por 20 milhões de euros (mais cinco por objetivos). Mas a chegada do brasileiro não resolveu a questão por si só e, passados 14 jogos, o rendimento está abaixo do esperado. Também Musa e Tengstedt, que podiam ter aproveitado a saída do português para agarrarem o lugar, não têm mostrado trabalho e isso reflete-se nos resultados obtidos.
Olhando para os números a comparação é fácil. Ao 14.° jogo da temporada passada, Gonçalo Ramos levava oito golos e duas assistências. No mesmo período de tempo, os três atuais avançados sob o comando de Roger Schmidt têm seis golos e uma assistência. Ou seja, os três juntos estão a render menos que o português fazia sozinho.

Benfica no mercado por lateral. A águia tem um problema para resolver na lateral direita e a lesão de Bah surgiu como um lembrete. A cerca de dois meses da abertura do mercado de inverno, o Benfica já definiu que a sua prioridade passa por encontrar um reforço para aquela posição. Mas, apesar da necessidade, a ideia passa por não fazer um investimento avultado. Já na última janela de transferências, aliás, os encarnados andaram no terreno em busca de uma alternativa para o lado direito da defesa. Isto porque Gilberto, que era o titular no começo da temporada passada, transferiu-se para o Bahia e ao emblema da Luz restou apenas Bah como lateral-direito de raiz. Todavia, apesar de ter observado vários jogadores de ligas diferentes, o Benfica optou por não contratar ninguém, sendo que, assim, João Victor passava a ser o plano B na lateral direita.
O brasileiro, central de origem, voltou à Luz no verão depois de um empréstimo ao Nantes, onde atuou, precisamente, como lateral. Com os encarnados, chegou a ser adaptado em jogos da pré-temporada e disputou até 25 minutos do triunfo, por 4-0, frente ao V. Guimarães. Todavia, este regresso de João Victor está longe de correr como esperado. É que, como se não bastasse a sua utilização resumir-se a esse jogo com os vimaranenses, o jogador ainda se desentendeu com Roger Schmidt e foi castigado no começo de outubro por falta de empenho. Assim, tudo indica que, que o Benfica vai reforçar-se com uma alternativa a Bah em janeiro e, em sentido inverso, o brasileiro deve voltar a sair, um ano depois.

Sem operação Neres recupera em 2 semanas. David Neres é uma das ausências do Benfica para os duelos cruciais com Real Sociedad e Sporting, para a Champions e a Liga Betclic, respetivamente. Mesmo assim, o departamento médico do clube está a estudar a situação, ainda que seja provável que haja uma operação para debelar a lesão do menisco interno esquerdo. Ainda com o joelho inflamado o jogador está sob vigilância médica permanente. A realização ou não da intervenção cirúrgica determinará o tempo de paragem, como confirma, ao jornal Record, Carlos Sousa, ortopedista e diretor clínico da TrueClinic. No pior dos cenários, até pode haver uma paragem entre 3 e 4 meses. Caso contrário, o tempo será bem menor. “Quando não existe necessidade cirúrgica, o retorno à competição é mais curto e depende muito da sintomatologia e da percepção do atleta, sendo em média duas semanas”, refere o ortopedista.

Carlos Sousa sublinha que “a rotura do menisco interno obriga, em muitos casos, a efetuar uma artroscopia”, sendo que “o regresso à competição pode variar entre 6 semanas e 2 meses quando é efetuada uma meniscectomia parcial”. Caso o procedimento seja a realização de uma sutura meniscal, “o regresso pode variar entre 3 e 4 meses dado que é necessário um período de 6 semanas para que haja condições de cicatrização da zona suturada”, esclarece. O cenário é bem mais positivo quando não existe necessidade de operar. Nesse caso, o regresso “depende muito da sintomatologia e da perceção do atleta”, mas o tempo de paragem é, em média, de duas semanas.

A má notícia para as águias foi confirmada depois do empate, a uma bola, com o Casa Pia. O internacional brasileiro, de 26 anos, até foi titular, tendo sido substituído aos 63 minutos, mas do jogo com os gansos não guarda boas memórias. Neres ficou agarrado ao joelho depois de um lance com Soma a meio-campo, aos 38 minutos.

A cumprir a segunda época de águia ao peito, e mesmo não sendo sempre titular, Neres é um dos jogadores-chave do plantel, somando 6 presenças no onze, em 13 partidas realizadas. Recentemente, regressou à seleção brasileira, após quatro anos de ausência, substituindo o lesionado Raphinha.

Ficou por marcar um penalti contra o Sporting?