O Benfica vai continuar o processo de redução de jogadores sob contrato e o objetivo passa por facilitar as vendas daqueles que não entram nos planos. Como a SAD pretende cortar nos salários e, ao mesmo tempo, nos gastos com indemnizações, está disponível para transferir os excedentários por valores mais reduzidos. Olhando para os emprestados, há casos delicados, como o de Seferovic, cujo contrato termina em 2024. O avançado suíço, de 31 anos, despediu-se ontem do Celta de Vigo, ao qual foi emprestado em janeiro, após ter iniciado a época no Galatasaray. Titular diante do Barcelona, não vai continuar no clube galego, como adiantou o jornal ‘El Desmarque’. As situações dos médios Gabriel (custou 9,6 M€ em 2018), emprestado ao Botafogo, e de Meité (6 M€), que atuou pela Cremonese em 2022/23, também merecem atenção por parte dos responsáveis encarnados. Outro dossiê para resolver é o de João Victor. Contratado ao Cortinthians no último verão, por 9,5 M€, o defesa-central foi emprestado ao Nantes em janeiro passado, sem opção de compra. Depois, há que contar com os jogadores do plantel campeão nacional que não entram nos planos para a próxima época.
O processo de emagrecimento começou no verão passado e continuou no mercado de janeiro. Se em alguns negócios o Benfica conseguiu vender os passes, mantendo percentagem dos direitos, noutros casos teve de negociar a rescisão, como aconteceu com Pizzi, Taarabt ou André Almeida, este já em janeiro. Ora, isto teve impacto nas contas da SAD. De acordo com o relatório e contas relativo ao primeiro semestre, os gastos com indemnizações situaram-se nos 3,96 M€, face 2,95 M€ em período homólogo de 2021/22. “As indemnizações referem-se principalmente a compensações pecuniárias de natureza global estabelecidas com os jogadores e treinadores que rescindiram o contrato de trabalho desportivo com a Benfica SAD ”, pode ler-se. Segundo a SAD, as “indemnizações associadas às rescisões acordadas no início da época” ajudaram a aumentar os gastos com pessoal, em 1,6%, para os 60 M€.
Esta estratégia da sociedade liderada por Rui Costa foi visível com Julian Weigl, emprestado pelo Benfica ao Borussia Mönchengladbach no início da temporada, com opção de compra de 15 M€. Contratado em janeiro de 2020 por 20 M€, o Benfica acordou, no início de maio, a venda do passe, por 7,2 M€. Em contrapartida, poupou 4 M€ em salários de um jogador que estava a pouco mais de um ano de ver expirado o vínculo contratual.
Marsà dificilmente ficará no Sporting. O central que foi emprestado ao Sp. Gijón rumou a Espanha sem opção de compra definida, e regressará, portanto, a Alcochete. No entanto, por pouco tempo. Pelo menos esse é o plano do jogador, que não acredita poder ter grandes hipóteses na equipa de Rúben Amorim, face à enorme concorrência que terá pela frente.
O catalão ficou desiludido por ter perdido o lugar na equipa principal quando recusou renovar, em dezembro. A partir daí, a entrada de Diomande a recuperação fisica de St. Juste limitaram ainda mais o espaço ao canhoto, que, para o seu lugar natural, já tinha Matheus Reis e Gonçalo Inácio para enfrentar. A renovação iminente de Neto fecha o sexteto de centrais e, em caso de lesões, o plano é recrutar à equipa B.
Marsà não quer voltar a trabalhar na equipa secundária e, aos 21 anos, quer afirmar-se na Europa. O plano do Sporting é negociar o jogador no verão, apontando aos cinco milhões de euros como valor máximo, já que este termina contrato em final de 2024, e não há grande expectativa da SAD de poder inverter a decisão do atleta. Marsã fez sete jogos na equipa A dos leões e somou 13 no Sp. Gijón. Em Espanha, salientou-se a capacidade com bola do jogador, mas levantaram-se dúvidas quanto à sua apetência defensiva: foi mais elogiado como médio do que como central. Esta semana, o "Killer Asturias" avançou que o Sp. Gijón não vai sequer tentar contratar o jogador. Marsà, naturalmente, prefere um emblema da liga principal. O jogador chegou ao Sporting em 2021, depois de terminar contrato como Barcelona, foi opção em 2022 face à onda de lesões, mas recusou renovar em dezembro, o que lhe precipitou a saída do onze.
Sporting tenta renovar com Gonçalo Inácio. A Sporting, SAD, prepara-se para apresentar uma proposta de renovação de contrato a Gonçalo Inácio, tentando, com essa medida, prolongar a estadia do central nos seus quadros ou tirar o maior benefício financeiro quando chegarem ofertas de outros clubes. Isto é, os leões têm conhecimento das diferentes abordagens de que tem sido alvo o jogador - aumentaram com a presença na Seleção e a perspetiva de continuidade durante muito tempo, já que Roberto Martinez aposta preferencialmente numa defesa a três e o central canhoto está habituado a essa dinâmica no Sporting -, através da empresa que o assessoria, e pretendem aumentar a cláusula de rescisão do mesmo, atualmente fixada nos 45 milhões de euros (tem contrato com o Sporting até 2026).
Ao que tudo indica, e dando sequência à política há muito definida por Frederico Varandas em relação aos jogadores que representam as seleções e atuam no setor mais recuado da equipa, Inácio passará a estar protegido por uma cláusula de 60 milhões de euros. Ao mesmo tempo, o central verá o seu salário subir para o patamar entre 800 mil e um milhão de euros limpos por ano.
Esta operação (renovação) está em curso, mas, obviamente, não garante a continuidade do jogador no plantel. O camisola 25 tem mercado, tem sido seguido por vários clubes europeus de peso, que analisam a sua evolução nos últimos anos, e a qualquer momento poderão avançar com uma proposta concreta.
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