Amorim, Varandas e Viana sob forte pressão. Só vitória amanhã poderá acalmar; "Fui ao Dragão e ouvi adeptos a dizer que o Guga fazia falta ao FC Porto, o que me deixou orgulhoso"

A realizar uma grande temporada no Rio Ave, o médio Guga vai “chegar a um grande clube”. A certeza é do seu pai, Luís Rodrigues, um antigo guarda-redes, o principal “fã” de um “craque” que, “se mantiver a qualidade que está a mostrar, não vai ficar no Rio Ave”. “Foi formado no Benfica, mas as coisas não correram como queria. Uma equipa grande precisa de um jogador com estas características pouco comuns. Fui ver o Rio Ave ao Estádio do Dragão e ouvi adeptos a dizer que o Guga é um grande jogador e que fazia falta ao FC Porto, o que me deixou orgulhoso. Sem nunca menosprezar o Rio Ave, um clube histórico, ele merece mais”, diz Luís Rodrigues ao jornal O Jogo, seguro que “ vão surgir muitos interessados”. “Num clube grande terá muito mais bola e poderá brilhar ainda mais”, perspetiva.

No entender do progenitor, Guga é valioso por se tratar de um “médio box to box que pode fazer de 6, tendo finalização e um ritmo alto de jogo”. “Gosta de recuperar bolas e entregá-las facilmente. Antes de receber a bola já sabe onde pode surgir uma linha de passe, nunca vira a cara à luta. Tem adquirido características diferentes e o responsável é o míster Luís Freire, já que agora transporta a bola e deixa os adversários para trás. Tem uma capacidade de passe fora de série, não renega a raça, gosta de fazer carrinhos para desarmar e joga limpo. Tenta nunca perder a posse de bola e o futebol precisa de jogadores que pensem o jogo”, defende o pai do médio.

Luís Rodrigues dirige em Vila Real de Santo António, a terra natal, a Associação Escolinha de Guarda-Redes de Futebol Luís Rodrigues , “a primeira em Portugal”, de onde saiu, por exemplo, João Virgínia, que representa o Cambuur, dos Países Baixos. Como jogador, representou Lusitano, Castromarinense e Grupo Desportivo Beira-Mar, passando, depois, a treinador. O filho mais novo, André Rodrigues, 19 anos, também é guarda-redes, estando atualmente sem clube depois de quatro anos nas equipas de formação da Académica.

Amorim, Varandas e Viana sob forte pressão. Só vitória amanhã poderá acalmar. Rúben Amorim está obrigado a ganhar amanhã ao Midtjylland, no jogo da segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, de forma a calar a revolta dos adeptos do Sporting, desagradados com o quarto lugar na Liga, com um atraso de 15 pontos para o líder Benfica, e já sem possibilidades de ganhar a Taça de Portugal e a Taça da Liga.

O triunfo em Chaves (3-2) atenuou os protestos, depois do empate (1-1) com os dinamarqueses obtido no último minuto dos descontos por Coates. Uma eliminação da Liga Europa deixa o presidente Frederico Varandas, o técnico Rúben Amorim e o diretor-desportivo Hugo Viana sob forte pressão. A onda de descontentamento entre os adeptos tem vindo a crescer e o balão de oxigénio obtido com a conquista do título em 2020/21 está a acabar.

Amorim, escreve o CM, está ciente da importância do jogo de amanhã para manter o triunvirato que rege o futebol leonino unido. Já passou essa mensagem aos jogadores e quer aumentar o grau de exigência para este jogo. É que uma eliminação da Liga Europa nesta altura pode tornar os últimos três meses desta época num verdadeiro pesadelo.