"Respeito o Benfica mas o FC Porto é a minha segunda casa"; Caos na formação do Benfica. Pérolas descontentes com falta de aposta recusam renovar; João Victor e Brooks aguardam solução para deixar o Benfica

As recentes contratações dos nórdicos Tengstedt e Schielderup estão a provocar um sentimento generalizado de descontentamento entre os jovens da formação do Benfica. Isto porque esperavam por mais oportunidades na equipa principal e veem agora esse caminho tapado, avança o CM.

O desagrado de muitos dos campeões da Youth League da época passada não é de agora, mas subiu de tom nas últimas semanas. Diego Moreira, Martim Neto, N'Dour e Luís Semedo já receberam propostas de renovação. Mas o futuro, para lá de junho, afasta-se cada vez mais da Luz.

Outros jogadores, em final de contrato, vivem na angústia, uma vez que o Benfica ainda não apresentou qualquer proposta de renovação, Consequência ou não deste caos na formação, a equipa B, na II Liga, soma quatro derrotas nos últimos quatro jogos sendo que nos últimos dois encontros sofreu onze golos.

João Victor e Brooks aguardam solução. Schmidt para o jogo desta jornada, nos Açores, com o Santa Clara, os defesas-centrais João Victor e John Brooks estão a aguardar soluções que os possam levar a deixar o Benfica ainda neste mercado de inverno. Na circunstância de estar, já, caro que o treinador alemão das águias fecha a conta dos centrais com os titulares Otamendi e Antônio Silva, mais os brasileiros Morato e Lucas Verissimo, parecem não restar dúvidas sobre a tentativa de os responsáveis encarnados encontrarem colocação, por empréstimo, para o também brasileiro João Victor (contratado no último verão ao Corinthians, por 8 milhões de euros, com mais um por objetivos, assinando até 2027, com 100 milhões de cláusula de rescisão) e para o norte-americano John Brooks, que terminou contrato com os alemães do Wolfsburgo e chagou à Luz como jogador livre.

"Respeito o Benfica mas o FC Porto é a minha segunda casa". Com 110 jogos pela seleção do Uruguai, 15 anos vividos dentro desse processo, ao lado de Muslera, Godín, Maxi Pereira, Fucile ou os inevitáveis Suárez e Cavani, Cristian Rodriguez é, inquestionavelmente, um histórico do Uruguai, um típico coração quente, com currículo digno da garra charrua. Conhecido em Portugal pelas passagens por Benfica e FC Porto, vencendo vários títulos pelos dragões, Cebola, hoje com 37 anos, acabou de encerrar a carreira, despedindo-se no Plaza Colonia, Para trás passagens por outros clubes de topo, como PSG, Atlético Madrid, Grêmio ou o seu Peñarol, deixam-no realizado.
"O FC Porto é a minha segunda casa, sempre digo aos amigos uruguaios que sou um tripeiro. Tenho as melhores recordações da minha vida em Portugal, especialmente no Porto, onde vivi muitas coisas em quatro anos. Espero poder fazer uma visita muito em breve, contactar muita gente que sempre se recorda do que fiz. Vamos lá ver se consigo estar no Porto para ver algum jogo. Há muitas amizades que ficaram. Também tenho muito respeito pelo Benfica, pois passei lá uma época, mas o meu coração é azul. Sou apaixonado apenas por dois clubes: o Peñarol e o FC Porto", disse o antigo extremo. Os afetos e a sensação de pertença à Invicta explicam-se facilmente, embora também Maxi Pereira tenha trocado o Benfica pelo FC Porto.

"Falo por mim, estive no Benfica uma época, no FC Porto foram quatro. Não dá para comparar, há um pedaço importante da minha vida feita no Porto. E ajuda muito quando ganhas campeonatos. E sempre lindo ganhar, foram titulos fantásticos, até na Europa. Sendo campeão vives melhor, com muito mais ânimo. As amizades foram resultado disso», sublinha Cebola, enaltecendo outras virtudes notadas na estrutura azul e branca.
"O clube sempre soube proteger-me e sempre me apoiou. Era impressionante o carinho e os próprios Super Dragões animavam-me, mesmo estando no banco, eles cantavam por mim. Só posso ter um grande respeito, são recordações que se acumulam e ficam. Quando estava no Atlético, defrontei o FC Porto e, quando entrei em campo, tinha todo o estádio a aplaudir-me e a cantar o meu nome. Não é normal isso acontecer, tenho uma dívida de gratidão", invoca Cristian Rodríguez, desdobrando-se em torno das emoções no reino do Dragão.
"Foram tantos momentos bonitos. Não esqueço um golo na Champions contra o Man. United, mais o título da Liga Europa e os três campeonatos ganhos pelo FC Porto. Festejei muito, senti esse calor das pessoas. Quando ia almoçar encontrava adeptos sempre muito ferrenhos e apaixonados. Honravam-me com grande carinho», realça o uruguaio.