27 novembro 2022

Portugal com baixa até final do Mundial?

Depois da lesão nas costelas, Danilo pode ter terminado a sua participação no Campeonato do Mundo, mesmo com uma eventual caminhada de Portugal até à final, marcada para 18 de dezembro. O jornal Record ouviu um especialista nesta matéria, que aponta para um tempo mínimo de paragem entre três a quatro semanas.
"O tempo de recuperação é muito variável. No melhor dos contextos, nas fraturas em três arcos costais sem complicações com órgãos nobres, ou seja pulmões e coração, o tempo estimado de paragem é entre três e quatro semanas", explica Jóni Nunes, médico especializado nas áreas de ortopedia, traumatologia e medicina desportiva e diretor clínico do Vizela. "A evolução é favorável e também depende da tolerância da dor, mas o facto de ser em três costelas faz com que a recuperação seja mais lenta. Será difícil que volte a jogar no Mundial", completa.
O médico explica que as fraturas nas costelas são, normalmente, resultado "de um impacto directo", sendo que normalmente "existe um contacto" de outro jogador, e alerta para a necessidade de vigilância logo nos primeiros instantes. "Há uma incapacidade logo no momento da lesão. Quem tem este tipo de fratura fica com uma dor importante e relevante, que normalmente impede o jogador de treinar. A dor agrava com os movimentos não só do corpo, mas também com a respiração profunda. A função das costelas é proteger os órgãos nobres, como o pulmão e o coração, e é preciso perceber se houve perfuração na fratura. É necessário estar atento a eventuais faltas de ar, dores no peito, palpitações ou perdas de consciência", descreve Jóni Nunes. As fraturas nas costelas podem, por exemplo, evoluir para um pneumotórax, problema que afetou Otávio, jogador do FC Porto e que também está na Seleção Nacional.
A posição de Danilo também tem peso no prognóstico reservado que lhe é apontado pela quantidade de duelos disputados. "Sendo ele um central na Seleção, os impactos são frequentes. Não é provável que ele volte antes das três ou quatro semanas. Tem um numero considerável de arcos costais fracturados", refere, alertando, de novo, para as possíveis complicações acima referidas. "Pode haver um internamento hospitalar para controlo da dor e dos movimentos respiratórios para evitar complicações pulmonares. Uma das implicações frequentes é a pneumonia pela incapacidade da respiração profunda, limitada pela dor." Assim, a "dor nas costelas até pode durar meses", como acrescenta Jóni Nunes. "Não a incapacidade de movimentos, mas sim a dor naquela região. É um tipo de fratura que não pode ser imobilizada com gesso, como acontece noutras zonas do corpo", sublinha.
Jóni Nunes acrescenta, no entanto, que nas próximas 24 ou 48 horas deverá haver "um período de repouso" ditado pela dor, com um controlo a partir de analgésicos em função da evolução do estado clínico. "No caso da melhoria da dor, o jogador pode ser exposto a movimentos de exercícios de baixa intensidade, progredindo gradualmente antes de adicionar algum tipo de movimentos de exercícios no campo." O especialista em medicina desportiva refere que os "jogadores podem estar assintomáticos e reintegrar-se ao fim de uma semana", mas esses casos há menos arcos costais fraturados.

1 comentário:

  1. Pensei que era o karius de contumil.... Esqueceram-se de comentar aqui aquela façanha de desvalorização de um ativo. Também não falaram daquela façanha em que entra vira o jogo e marca um golaço , uma valorização de activo . Milhão a ir milão a vir. Os réus são o diretor da porto tv , o ex jornalista gestor de truncagens de email e mais um outro qualquer serão eles a serem condenados.

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