25 novembro 2022

Ministro recusa ir ao Mundial. "O meu lugar no futebol é no Estádio da Luz"; Excesso de soluções pode levar SAD do Benfica a cortar opções

O excesso de soluções para a zona central da defesa pode levar as águias a reduzir o leque de opções – neste momento há seis jogadores disponíveis –, na próxima janela de mercado, em janeiro. O assunto está a ser analisado pelos responsáveis da SAD, mas a decisão nunca terá contornos definitivos antes de 2023.
Otamendi e António Silva são os preferidos de Roger Schmidt e encontram-se em competição no mundial. João Victor e Lucas Veríssimo regressaram de lesões, bem como Morato, anterior titular. John Brooks foi contratado mesmo em cima do fecho do mercado de verão, numa altura em que só os atuais titulares se encontravam disponíveis – Lucas Veríssimo e João Victor recuperavam de problemas prolongados, Morato ampliara o lote de indisponíveis e Vertonghen saíra para o Anderlecht. A contingência, rara, mas real, motivou a compra do norte-americano, única alternativa durante semanas.Ainda assim, mesmo no atual contexto de excesso não é provável que se definam alterações antes de janeiro. Com o Mundial a decorrer, será sempre necessário avaliar em que condições voltarão Otamendi e António Silva.
Por outro lado, João Victor só começou agora a jogar e Lucas Veríssimo apenas ganhará a forma anterior depois de recuperar índices competitivos. Morato cumpre também um plano semelhante e até já foi utilizado na equipa B. Por outro lado, além dos índices competitivos, há que ponderar o enquadramento financeiro.
Morato e John Brooks parecem os elos mais fracos, embora a recusa em deixar sair o brasileiro no verão – oferta de 15 milhões de euros foi recusada – também dificulta um eventual negócio no curto prazo. À partida, o norte-americano, que tem contrato até ao final da época, é o elo mais fraco e o forte candidato à saída.

"O meu lugar no futebol é no Estádio da Luz". Ministro recusa ir ao Mundial. O Mundial do Catar tem sido palco de algumas manifestações a favor dos direitos humanos. Várias figuras políticas dos estados em competição têm revelado as suas posições em favor dos direitos humanos seja com palavras ou com gestos, como a ministra do Interior alemã, que usou uma braçadeira com a inscrição "one love", em alusão à defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. 
Também a representação política da Bélgica entendeu deixar uma posição bem vincada no Catar a respeito de direitos humanos e, no caso português, Marcelo Rebelo de Sousa justificou a sua presença no primeiro jogo da turma das quinas diante do Gana, no Estádio 974, com a necessidade de ir ao Catar para falar de questões de direitos humanos.
Além de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro António Costa e o Presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva já manifestaram o desejo de estarem presentes no Catar durante a realização do Campeonato do Mundo.
Porém, nem todas as figuras políticas do país desejam estar presentes. Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, assume sem reservas que não irá ao Mundial do Catar.
Questionado sobre se irá acompanhar a caminhada da Seleção Nacional no Campeonato do Mundo, à imagem do que já fez Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Adão e Silva responde com um direto "não".
E mesmo que Portugal chegue à final, Pedro Adão e Silva mantém a ideia de não marcar presença no Campeonato do Mundo que decorre pela primeira vez no Médio Oriente.
Reconhecendo que tem feito um "enorme esforço", desde o início do seu mandato, para "ir aos sítios e estar com as pessoas" no âmbito da cultura, questionado se essa opção de não ir ao Catar é uma posição de princípio, Pedro Adão e Silva diz que, no que ao futebol diz respeito, o seu lugar é no estádio do Benfica.
"Seria difícil conciliar a minha agenda, depois vou ao futebol quase todas as semanas quase desde que nasci. O meu lugar no futebol é no Estádio da Luz", afirmou Pedro Adão e Silva.
Em entrevista à edição semanal do jornal Expresso, o ministro da Cultura relembra que suspendeu os comentários desportivos que realizava semanalmente quer na imprensa escrita quer na televisão, mas, recorda, que já teve oportunidade de deixar vincada a sua posição a respeito do que achava sobre o Mundial do Catar "quando ainda não se falava sobre o tema".
"Tenho um ceticismo profundo e estrutural contra as instâncias que dirigem o futebol mundial", rematou Pedro Adão e Silva, o ministro da Cultura.

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