"Um formidável Benfica", escrevem os franceses; Amorim aponta o dedo à equipa; Evanilson, Pepê, João Mário e Zaidu vão renovar com o FC Porto. Manafá, Uribe e Pepe na mira; Só um avançado fez melhor que Taremi no século XXI pelo FC Porto

Há quatro renovações de contrato no horizonte da SAD do FC Porto a curto prazo, mas sem pressas. Além da de João Mário e a de Zaidu,  Evanilson e Pepê também serão alvo de propostas para prolongar o vínculo. Depois, outros nomes serão analisados pela sociedade portista. Os processos, que estão a ser conduzidos diretamente por Pinto da Costa e Vítor Baía, não estão relacionados com os resultados desportivos, mas antes com retificações que o presidente dos dragões já havia anunciado, em entrevista ao Porto Canal, em julho. Ou seja, seriam sempre para avançar após o fecho do mercado, independentemente dos resultados da equipa, que até está novamente na mó de cima, depois das vitórias com o Braga (4-1) e o Bayer Leverkusen (2-0).

A atual ligação dos quatro ao FC Porto ainda é longa - a de João Mário, Zaidu e Evanilson expira em 2025 e a de Pepê em 2026 -, mas a SAD entende ser importante realizar um esforço no sentido de melhorar as respetivas condições salariais. Além de todos terem desempenhado um papel crucial na conquista da dobradinha em 2021/22, são escolhas frequentes de Sérgio Conceição para o onze e, não raras vezes, decisivos. Com o Bayer, por exemplo, o nigeriano foi o único que não alinhou de início, mas assumiu uma grande dose de protagonismo no jogo, saindo do banco para abrir caminho ao triunfo do FC Porto. Antes, porém, já os restantes se haviam destacado. O avançado soma cinco golos em 12 jogos, o último dos quais ao Braga, a quem Pepê também marcou. O extremo, que “explodiu” após a venda de Luis Díaz ao Liverpool, tem cada vez mais influência no processo ofensivo da equipa - esta época também assistiu por três ocasiões - adaptando-se a várias posições, entre as quais a de lateral-direito, que João Mário passou a ocupar de forma regular desde a parte final de 2020/21. O lateral destro tem sido substituído algumas vezes, mas também já fez duas ofertas.

Manafá, Uribe e Pepe na mira. Além dos casos que referimos acima, a SAD está também atenta aos contratos de Uribe e Manafá, que terminam em junho do próximo ano. No caso do colombiano já houve conversas preliminares em que foram estabelecidas as bases negociais para a permanência de um dos titulares indiscutíveis. Manafá está agora a voltar de uma longa paragem e o FC Porto também tem intenção de lhe prolongar o vínculo. Mas sem pressa. O mesmo se aplica ao capitão Pepe. Por causa da idade, a decisão só será tomada mais adiante.

Só um avançado fez melhor que Taremi no século XXI pelo FC Porto. Entre os golos que anota e aqueles que dá a marcar, Taremi sido uma espécie de dois em um desde que chegou ao FC Porto, no arranque de 2020/21, proveniente do Rio Ave. Anteontem, contra o Bayer Leverkusen, juntou mais duas assistências ao portfólio, num “bis” inédito na Liga dos Campeões – já o tinha feito três vezes noutras provas – e chegou às 33 em pouco mais de duas épocas de azul e branco, a que junta 56 remates certeiros num total de 107 jogos oficiais. Nessas partidas, os dragões somaram 236 golos e o peso de Mehdi na faturação está à vista: o avançado participou diretamente em 89 tentos, que se traduzem em 37,7 por cento da produção ofensiva da equipa.

Quase seria escusado dizer que, no plantel à disposição de Sérgio Conceição, nenhum outro jogador se aproxima do grau de influência evidenciado por Taremi e, na presente temporada, há um dado que acentua a importância do internacional iraniano. Dos 26 golos apontados pelo FC Porto nas 12 partidas que já realizou, uma dúzia levou o carimbo de Mehdi, que se encarregou de marcar por sete vezes e de assistir noutras cinco. Ou seja, perto de metade da produção portista em 2022/23.

Em busca de um cenário mais abrangente, o jornal O Jogo recuou até ao arranque do século e concluiu que, desde então, só um jogador apresenta uma média de envolvimentos diretos (0,83) em golos por jogo superior à de Taremi: Radamel Falcao, com praticamente uma ação decisiva por desafio. A fasquia estabelecida por “El Tigre”, atualmente no Rayo Vallecano, é elevada, mas, ao ritmo que o atual camisola 9 do FC Porto vai exibindo esta época – 12 participações em 11 jogos –, há margem para sonhar. E para trás estão nomes de vulto, como Hulk, Jackson Martínez e os mais “antigos” Derlei e Lisandro López, entre outros.

Amorim aponta o dedo à equipa. Rúben Amorim não perdeu tempo a tentar mudar o chip para o Santa Clara e avisou os seus jogadores de que a goleada sofrida em Marselha não tem como único responsável Adán. Tal como disse à Imprensa, não foi preciso corrigir o espanhol dos erros cometidos e o discurso foi virado para o coletivo: o técnico ficou agastado com o descontrolo emocional após o golo do empate e que prosseguiu até ao intervalo, levando o Sporting para o descanso a perder 3-1 e com menos um pela expulsão do guardião.

Como é tradicional, Rúben Amorim recebe informações vindas da sua equipa técnica durante os encontros e logo aí foram identificando os principais erros, percebendo que os leões estavam a deixar o adversário ter espaço e que não mantinham a bola o tempo necessário, uma realidade que foi evidente ainda com 11 homens em campo. A equipa interpretou bem as palavras do técnico ao intervalo, procurando marcar, para voltar ao jogo, e pelo menos evitar um desastre ainda maior, daí que tenham sido chamados Paulinho, Alexandropoulos, Nazinho e Marsà do banco, que estavam cientes do que o treinador pedia enquanto assistia à primeira parte. Há ilações retiradas para os próximos desafios e, com o Santa Clara, Amorim pede atenção ao detalhe, pois está ciente de que os erros técnicos de Marselha, particularmente nas perdas de bola e nos passes errados, já se viram em Braga (3-3) e nas derrotas com Chaves, FC Porto e Boavista.

Em França, o Sporting bateu muitos registos negativos: sofreu quatro golos e permitiu 19 remates, situação influenciada pela inferioridade numérica, mas também outros que não têm ligação direta com a expulsão de Adán. Foi o pior registo de passes por ataque da época e também a mais baixa percentagem de duelos e duelos aéreos ganhos. Na manutenção da posse e no passe mora a maior preocupação deste Sporting vulnerável a transições: o leão só fez um remate após contra-ataque, falhou cinco passes para trás e só acertou 83,9 das tentativas de passe, o segundo pior registo da época.

Revista de imprensa ao Benfica - PSG: 

“O PSG existe como equipa. Levado pela garganta e sacudido em todas as direções por um formidável Benfica, que merece ser conhecido, aguentou-se por Donnarumma” - Le Parisien

“Pressionado, o PSG cedeu a bola e o monopólio de ocasiões. Donnarumma negou golos a Ramos e Neres. Dominado, o PSG marcou na primeira ocasião. E que golo em grande jogada coletiva” - L'Equipe

“Um enorme Donnarumma evitou a vitória dos lisboetas, ainda que os parisienses tivessem as suas oportunidades para ganhar. Mas nem obra de arte de Messi fez cair o Benfica” - MARCA