04 março 2022

Varandas arrasado: "Não podem tratar o Sporting como uma associação de estudantes de liceu"; Atletas russos podem ser sancionados em Portugal. Benfica entre os que ficariam prejudicados; "Foi como se o Cristiano Ronaldo voltasse ao Sporting"

Ricardo Oliveira deixou fortes críticas a Frederico Varandas e restante direção do Sporting, na sequência do negócio da recompra dos VMOC, anunciado esta sexta-feira, na véspera das eleições à presidência. Em conferência de imprensa, o candidato, de 51 anos, disse "basta" e mostrou-se contra a falta de informação aos sócios, no que considera ter sido uma "chico-espertice" do atual líder na tentativa de ser "reconduzido ao poder".
"Hoje é, de facto, um dia histórico para o Sporting, porque uma Direcção em exercício escolheu desprezar o processo democrático e os direitos dos sócios, tentando que uma chico-espertice, em véspera de eleições, a reconduzisse no poder sem que os sportinguistas pudessem ter tempo ou informação suficiente para decidir em consciência", frisou, reforçando: "Não sei o que irá acontecer amanhã, mas, mais tarde ou mais cedo, o Dr. Frederico Varandas e os seus colegas vão perceber que não podem tratar o Sporting como uma associação de estudantes de liceu, sob pena de sofrerem o mesmo destino daqueles que tanto criticaram".

"Foi como se o Cristiano Ronaldo voltasse ao Sporting". A brilhar no Arsenal, Gabriel Martinelli concedeu uma entrevista à ESPN Brasil. Falando sobre os seus ídolos, o avançado de 20 anos lembrou-se quando estava nas camadas jovens do Coritnhians e viu o regresso de Ronaldo fenómeno ao futebol brasileiro, utilizando uma comparação curiosa.
«A minha inspiração? O Ronaldo fenómeno, o próprio nome diz tudo. Quando eu estava no Corinthians [2011 a 2013] ele estava lá e isso marcou-me bastante. Lembro-me que o regresso dele foi como se o Cristiano Ronaldo voltasse ao Sporting», explicou.
Recorde-se que Ronaldo fenómeno foi formado no Cruzeiro e rumou ao futebol europeu em 1994 para jogar no PSV. Em 2009 regressou ao Corinthians, depois de passagens por Barcelona, Inter Milão, Real Madrid e Milan, sendo que em duas épocas e meia assinou 35 golos em 69 jogos.

Os atletas russos a competir em Portugal podem também ser castigados. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, que não fecha esse cenário, mas aguarda por uma decisão conjunta na União Europeia.
"É uma matéria que vamos decidir em breve, em consenso e numa lógica do quadro da União Europeia. Ainda não está decidido", disse, à margem da gala da Confederação do Desporto de Portugal.
O responsável governativo pela pasta do Desporto destaca ainda que Portugal já se disponibilizou para receber refugiados ucranianos.
"Enquanto se discute no quadro europeu que medidas retaliadores podem ser tomadas, Portugal já disponibilizou os centros de alto rendimento e pousadas da juventude para refugiados que nos procuram para fugir ao terror da guerra", diz.
Nas primeiras divisões de futebol, futsal, hóquei em patins, andebol e basquetebol, há apenas três atletas russos a competir em Portugal.
Ivan Zlobin é o guarda-redes da equipa de futebol do Famalicão. O guardião de 24 anos chegou a Portugal em 2015 para o União de Leiria e passou ainda pelo Benfica, proveniente da formação do CSKA de Moscovo. É o único futebolista na lista.
No futsal, juntam-se Ivan Chishkala, ala do Benfica, e Alexey Popovich, guarda-redes do Elétrico. O jogador das águias apelou ao fim da guerra na final da Taça da Liga frente ao Sporting, no último domingo.
No andebol, há um bielorrusso em prova, país que está também a ser afetado por sanções pela ligação à Rússia e o papel que está a ter na invasão ao território ucraniano. Na equipa de andebol da Madeira SAD joga o guarda-redes Pavel Yarashuk.
No ciclismo, há dois atletas russos: Alexander Grigoriev, no Atum General/Tavira/AP Maria Nova Hotel, enquanto que Victor Manakov compete pelo ABTF Betão-Feirense.
A União Ciclista Internacional (UCI) já decidiu suspender as seleções nacionais e retirar as licenças às equipas da Rússia e da Bielorrússia, na sequência da invasão russa da Ucrânia. Os ciclistas russos e bielorrussos continuam a poder disputar provas da UCI, de forma neutral, desde que não estejam inscritos por equipas dos respetivos países.

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