"Invadíamos a Luz, se acontecesse ao Sporting o que está a acontecer ao Chelsea"; Chelsea pode ir à falência... em 17 dias; "Onde está o apoio estatal ao Sporting? Inexistente"

Na sequência da recompra por parte do Sporting de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) que estavam na posse do BCP, os leões têm sido criticados, nomeadamete pelo Benfica que, em comunicado, disse que espera que este tipo de operação financeira venha a ser analisada em comissão de inquérito parlamentar dado que a instituição financeira "se desfez apressadamente de um ativo com 70 por cento (ou mais) de desconto".
Perante uma "persistente e inaceitável concorrência desleal para com os restantes clubes no futebol nacional", o Benfica diz que aguarda por uma "Comissão Parlamentar de Inquérito dedicada a este tema", fez saber o Benfica, num tema que mereceu reparos também de antigos dirigentes encarnados. "Banca leva carradas de dinheiro dos nossos impostos e Sporting faz a sua vida", criticou o antigo vice-presidente do Benfica António Figueiredo a respeito deste assunto.Em Alvalade, as considerações tomadas pelo Benfica a respeito deste tema não caíram bem. Através do presidente do grupo Stromp, em artigo de opinião que assina no site oficial do Sporting, Tito Arantes Fontes atira-se às águias e aproveita para velar também críticas aos azuis e brancos.
"O 'Mala Ciao', que tem tanto com que se preocupar na sua própria casa, veio a terreiro com um lamentável comunicado. É bom que nos lembremos dos apoios públicos que os outros 'grandes' tiveram ao longo da história", assinala o líder do grupo Stromp.
A esse respeito, Tito Arantes Fontes salienta que "foi a RTP (televisão pública) a financiar a contratação do Futre para jogar no 'toupeiral'" e que "foi a Caixa Geral de Depósitos (banco público) a financiar o Seixal e o Dragão Caixa".
Além disso, o presidente do grupo Stromp sublinha ainda que "foi o Estado a aceitar e dar objetivas benesses de bens à penhora do 'Mala Ciao' e de retretes das Antas".
No fundo, no entendimento deste responsável leonino são "tudo apoios públicos". "E nós? Zero! Onde está o apoio da Caixa Geral de Depósitos ao Sporting? Nunca houve".
"Onde está o apoio estatal ao Sporting? Inexistente", declara Tito Arantes Fontes, lembrando que o BCP é uma instituição bancária privada.
"E é bom recordar a estas tristes gentes que o negócio agora anunciado foi feito com o BCP… entidade privada! Calem-se, pois!", assinalou Tito Arantes Fontes.
Com a operação financeira realizada nas últimas semanas, o emblema de Alvalade conseguiu "aumentar a participação na Sporting SAD para 83,90 por cento do capital social".

"Invadíamos a Luz, se acontecesse ao Sporting o que está a acontecer ao Chelsea". E se o que está a acontecer ao Chelsea tivesse lugar com um clube português? O antigo dirigente do Sporting Dias Ferreira diz que não compreende como é que os campeões da Europa e do Mundo estão a 'levar por tabela' com as sanções aplicadas pelo governo do Reino Unido a oligarcas russos, por conta da invasão russa ao território da Ucrânia.
"Amanhã pode passar uma coisa grave em Portugal e os adeptos do Sporting desaparecem e ficam os do Benfica", comentou Dias Ferreira, colocando o cenário hipotético, caso algo semelhante tivesse lugar na realidade dos clubes nacionais. "Amanhã há uma medida em Portugal e os sócios do Sporting ficam sem o clube por causa de uma sanção qualquer. Há uma guerra civil em Portugal. Invadíamos o Estádio da Luz. Vamos falar no caso em Portugal. Mas o que é isto?", interrogou o antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube leonino.
Por outro lado, o ex-dirigente Dias Ferreira faz notar que os adeptos do Chelsea "vão passar um mau bocado" nos próximos tempos, se estas sanções continuarem a ser aplicadas.
"O Estádio do Chelsea enche com adeptos de quem? São adeptos do Arsenal ou do Liverpool que lá vão assistir aos jogos? De quem são? São do Chelsea. Há adeptos. Porque razão os adeptos do Chelsea são tratados como não são tratados os dos outros clubes? Vão passar um mau bocado."
Na sequência desta invasão programada por Vladimir Putin, presidente da Rússia, alguns magnatas russos estão a sofrer sanções económicas. Entre eles está Roman Abrahamovic, dono do Chelsea.
O clube londrino sofre consequências e está a enfrentar uma realidade que poucos imaginariam há poucas semanas. Os londrinos passaram de uma situação extremamente confortável financeiramente para dificuldades de tesouraria.
As autoridades britânicas aplicaram uma medida especial que autoriza o Chelsea a gastar cerca de 595 mil euros para organizar jogos em Stamford Bridge. 
Os blues não podem ultrapassar também a barreira dos 23,8 mil euros em deslocações para jogos fora das portas do reduto azul em Londres. 
Ainda a respeito deste tema, em declarações no canal A Bola TV, o ex-dirigente Dias Ferreira destacou que o mundo não está a descobrir quem é Vladimir Putin somente agora.
O antigo dirigente verde e branco Dias Ferreira relata que o atual presidente da Rússia Vladimir Putin tem vindo a tomar decisões e a ter comportamentos que os responsáveis internacionais há muito sabem e conhecem.

Chelsea pode ir à falência... em 17 dias. O Chelsea venceu na última quarta-feira em casa do Norwich, mas continua a viver momentos de aperto ao nível financeiro devido as sanções aplicadas pelo Reino Unido a Roman Abramovich, dono do clube.
Proibido de uma série de medidas, como vender simples bilhetes ou merchandising, o emblema londrino pediu uma licença especial ao governo britânico para vender o clube, caso contrário poderá entrar em falência em apenas... 17 dias.
Segundo o jornal inglês The Sun, o Chelsea tem dinheiro disponível até ao dia até 28 de março, tendo 19 milhões de euros no banco neste momento.
De recordar que Roman Abramovich tem todos os seus bens congelados no Reino Unido, o que afetou o dia a dia do Chelsea. Para além do referido assunto dos bilhetes, o clube tem as contas congeladas, está impedido de negociar jogadores, o processo de venda foi suspenso e até o patrocinador principal pediu a suspensão do acordo.