10 fevereiro 2022

Penalti do Famalicão deveria ter sido repetido em Alvalade, diz espanhol. Ficou por marcar ainda um penalti contra o FC Porto. Ainda um lance na área do Benfica

O antigo árbitro internacional espanhol, Iturralde González, fez a análise aos principais lances que originaram polémica na última jornada da Liga Bwin. Para o ex-juiz espanhol ficou por marcar um penalti contra o FC Porto. Penalti a favor do Sporting é justo e deveria ter sido repetido o penalti do Famalicão.

Para mim [1] é penálti claro. Vejam o braço esquerdo do jogador do FC Porto. Há um movimento do braço esquerdo do Galeno que atinge o atacante do Arouca e o impede de disputar a bola. Faz um movimento na direção do adversário e atinge-o. Penálti, sem qualquer dúvida.

Neste segundo lance [2], também é penálti, mas é aquela jogada clássica em que se diz: ‘Ele toca na bola, não é falta!’ Mas o facto de tocar na bola não impede que haja falta. O defesa perde o controlo e depois há um duelo com o avançado. Ele consegue tocar na bola com a perna direita, mas com a esquerda derruba o Paulinho. É um penálti claro.

Por regra, tem de se repetir [3], mas agora os árbitros só mandam repetir quando esses jogadores têm influência na jogada. O VAR só entra em ação para repetição do penálti se o guarda-redes defender ou a bola bater no poste e sobrar para um jogador que entra na área e ganha vantagem. Contudo, segundo as regras, se entram defesas e atacantes na área tem de se repetir sempre, seja golo, defenda o guarda-redes ou vá para fora. Mas não é só em Portugal… É uma coisa que os árbitros agora dizem: ‘Que entrem!’

Esta é a jogada típica em que o avançado tenta sacar o penálti, mas não é [4]. Há contacto, mas não é suficiente para derrubar o atacante, que só cai depois, não é imediato Não há rigorosamente nada. Se fosse penálti, era 70 por cento do avançado e 30 do defesa. Era um ‘penaltito’.

2 comentários:

  1. 1)-ADVOGADO DO BENFICA RUI PATRÍCIO, DENUNCIA COM "FINA IRONIA", A PROTEÇÃO DE UM CRIMINOSO! RUI PINTO
    Serve o presente para denunciar (boa ação, portanto) uma grande injustiça ocorrida nos últimos dias. Perante o silêncio das madrinhas e dos padrinhos de alguns piratas informáticos (que pelos vistos acarinham filhos e enjeitam enteados), tenho que vir a terreiro colocar os pontos nos ii. Caiu o Carmo e a Trindade porque a rapaziada do teclado terá atacado forte e feio uma operadora de telemóveis e parece que ficou meio mundo silente e à deriva. Uma velhacaria, intolerável, crime, terrorismo - tem-se bradado. Não é a primeira vez que se vocifera assim, também aconteceu, por exemplo, quando do ataque a algumas redações e empresas da comunicação social.
    Foi o fim, e as vozes jornalísticas uniram-se, num coro afinado qual Live Aid da informação, contra a barbaridade de tais atos por via informática.
    Agora a coisa volta a dar brado, e com mais indignação, pois mais vítimas sentiram na pele os efeitos das brincadeiras do teclado. Até já aparecem especialistas a dizer que se trata de uma guerra, que a coisa é grave e que o futuro, que é já hoje, não augura nada de bom nesta matéria. Pois eu tenho a dizer o seguinte, começando por um disclaimer (inútil, porque não é novidade, mas ainda assim) e por uma confissão. Disclaimer: eu sou advogado de um clube de futebol que foi vítima de atos deste tipo, e sou amigo de pessoas singulares que também foram, o que é capaz de me toldar o entendimento (e, mesmo que não tolde, dirão que sim, pois aqui fica já anotado).[...] as madrinhas e os padrinhos dos (de alguns) piratas informáticos abriram-me os olhos, mostrando-me que, afinal, isto de usar o teclado para espiar, furtar, bloquear, et cetera, não tem nada de mal, antes pelo contrário, pois é para bons propósitos.
    O segredo está em encontrar esses bons propósitos para a pirataria, e sobretudo boas madrinhas e bons padrinhos que os apregoem.
    Esta malta que atacou a operadora, pelos vistos, ainda não afinou bem o discurso e/ou não encontrou a proteção adequada. Ou então, porque meteu a faca digital no ventre de muitos, e não apenas de alguns, lixou-se, porque a coisa dói mais quando nos toca a nós, e não apenas aos outros. Quando toca aos outros é divertimento (é como aquele dito jocoso sobre a pimenta, o traseiro e o refresco), quando não mesmo vazadouro de sentimentos menos sãos, mas quando nos toca a nós já dói e mói, e pode mesmo ser crime e terrorismo. Santíssima hipocrisia (perdão, seleção natural).
    Eu, se fosse aos atacantes das redações, aos piratas da operadora de telecomunicações e a outros, focava-me na narrativa, a narrativa é a chave de tudo.
    Com jeito, ainda acabavam santificados, ou pelo menos aconchegados a tiracolo de madrinhas e de padrinhos com tempo de antena.
    Por exemplo, com a narrativa certa, atacar as redações e as empresas da comunicação social não seria crime, nem facada na liberdade de imprensa, nem nada disso.

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    1. 2)-Seria para ver se encontravam eventual evidência de falta de objetividade, de torções na independência, de manipulação pelas fontes, de enfeudamento de alguma redação ao capital que a alimenta, et cetera. Com imaginação e habilidade, não faltarão narrativas possíveis e sedosas.
      E no que toca ao recente ataque semiparalisante às telecomunicações, não se trata de outra coisa senão de uma manifestação pós-moderna de alerta para a excessiva dependência do digital na sociedade atual. Não foi pirataria, não foi crime, foi um manifesto, um ato de coragem, um grito de Dolores Ibárruri. Talvez até tenha sido arte, uma espécie de instalação, daquelas muito modernas que só meia dúzia de entendidos compreende no seu verdadeiro significado. A turba ignara diz que é terrorismo. Não é nada, meus amigos, não é nada, é para a salvação da humanidade. Então não aprenderam nada nos últimos anos?
      Não ouviram com atenção os evangelistas da (de alguma) pirataria? Ouçam, ponderem, e digam “ouvimos, senhoras e senhores”; e deixem-se piratear. É para nosso bem.
      Rui Patrício in Público

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