FC Porto 'pica' Sporting com músicas; João Pinheiro assumiu erro mas não pediu desculpas por amarelo a Coates. Palavras de Varandas causaram desagrado nos meios da arbitragem; Guardiola colocou Matheus Nunes na montra; "Empandeiram o Pizzi para um clube que só não digo que é uma equipa de terceira categoria porque já eliminou o meu Sporting"

Pizzi era um dos capitães do Benfica mas deixou o emblema da Luz e rumou aos turcos do Basaksehir até final da temporada, com o emblema de Istambul e não ficar com a opção de compra do passe do internacional português que já vai mostrando serviço no clube da Turquia. O transmontano chegou, viu e já vence e convence na Turquia, sendo que, em Lisboa, ainda moram muitas interrogações relativamente à forma como a saída de Pizzi foi concretizada, semanas depois de ter visto o seu nome envolvido na polémica dispensa de Jorge Jesus.Para o antigo dirigente do Sporting Carlos Barbosa da Cruz, "ninguém no seu perfeito juízo acredita, por muita encenação que exista, que o Pizzi prefere ir jogar para o Basaksehir da Turquia em vez de jogar no Benfica". "Vamos ser claros", afirmou o antigo membro dos corpos sociais do Sporting, acreditando que o ex-camisola 21 do Benfica ainda tem muito para dar ao futebol.
"O Pizzi está longe de estar acabado. O destino que lhe reservaram é pior do que onde estava", acrescentou Carlos Barbosa da Cruz, notando que o empréstimo para a Turquia parece "castigo".
"Isto tem contornos de um castigo que se aplica ao Pizzi. O Pizzi vai arrefecer seis meses em Istambul e depois volta. É intrigante", reconheceu Carlos Barbosa da Cruz, em declarações na CMTV.
Na leitura do ex-dirigente verde e branco, o Benfica colocou Pizzi num clube de dimensão menor do que aquele onde fez grande parte da sua carreira.
"Empandeiram o Pizzi para um clube que só não digo que é uma equipa de terceira categoria porque já eliminou o meu Sporting, infelizmente", reconheceu Carlos Barbosa da Cruz, certo de que Pizzi foi cedido a um clube que não figura entre os mais fortes da Turquia, a seu ver.
"Claramente que não é um grande da Turquia", salientou Carlos Barbosa da Cruz, notando que tem curiosidade para saber como é que poderá regressar Pizzi após os meses de cedência ao Basaksehir.
"Como é que o Pizzi regressará depois deste exílio tipo Napoleão quando o Napoleão vai para a ilha de Elba e regressa posteriormente?", pergunta Carlos Barbosa da Cruz.
"Qual será o ânimo do jogador que foi exilado para a Turquia e depois volta? Não bate a bota com a perdigota", insistiu o antigo dirigente verde e branco, apontando ainda para as declarações de Pizzi no adeus à Luz.
"Nas declarações do Pizzi percebe-se que foi contrariado", indicou Carlos Barbosa da Cruz na leitura feita ao comentário prestado pelo ex-capitão encarnado.

Guardiola colocou Matheus Nunes na montra. Pep Guardiola, treinador do Manchester City, considerou Matheus Nunes, 23 anos, dos melhores médios do mundo, numa frase descontextualizada, no seguimento de elogios ao miolo leonino e à forma como moldam o estilo de jogo da equipa e, em particular, após falar em “corredores inteligentes”, em alusão às mudanças de velocidade e acelerações do médio nas transições. Certo é que o catalão assumiu admiração pelo internacional português e, segundo Nélson, antigo leão que jogou em Inglaterra no Aston Villa, as suas palavras não vão deixar ninguém na Premier League indiferente e funcionarão como um “xeque-mate” para a sua saída no verão.
“O Sporting é uma equipa fantástica. Sei o bons que são e o bem treinados que são, como ligam no meio com os alas, como mudam de estilo de jogo, como têm ‘corredores inteligentes’... o Matheus Nunes é um dos melhores jogadores do futebol mundial atualmente. Têm uma boa equipa”, atirou Guardiola no final da goleada de terça-feira em Alvalade.
Em janeiro do ano passado o Sporting rejeitou um empréstimo com opção de compra proposto pelo Newcastle e no último defeso os magpies e o Everton ofereceram 18 milhões sem sucesso, em janelas de mercado antes da explosão do camisola 8, que se deu esta época “graças” à saída de João Mário. No próximo verão a verba para resgatar Matheus Nunes de Alvalade “pode chegar aos 40 milhões”, considera Fernando Nélson. “O futebol de Guardiola assenta na posse de bola e Matheus Nunes gosta de ter bola. É novo, com excelente capacidade física, sabe jogar em ritmo lento e rápido, pois acelera e cria muitas dificuldades. É fortíssimo no um para um, um ‘box to box’”, começa por dizer Nélson. “E em Inglaterra o futebol continua a ser intenso e físico. É uma conjugação difícil de encontrar e encaixa no estilo de Guardiola... O ‘clever runners’ [tradução: corredores inteligentes] que Guardiola disse tem a ver com as transições, as suas acelerações. Ele faz isso como ninguém e a prova é o golo recente ao Benfica e o do ano passado ao Braga. Tem uma margem de crescimento gigantesca”, juntou, para sentenciar: “Estas palavras vieram dar um xeque-mate para a sua saída. E valorizam o jogador. Podem ser chave para uma futura transferência. Ninguém vai ficar indiferente ao que Guardiola disse”.

FC Porto 'pica' Sporting com músicas. O FC Porto recomendou a música ‘Wonderwall’, dos Oasis, associada ao Manchester City pelo facto de Noel Gallagher ser fanático dos citizens, na edição de ontem do Dragões Diário. Uma picardia implícita ao Sporting, goleado pelos ingleses na Champions, e que sucede a outra sugestão, no caso de dia 14, da música ‘Croquetes’, de PZ.

João Pinheiro, árbitro do polémico Sporting-FC Porto, assumiu perante Hugo Viana que errou no cartão amarelo a Coates, mas não pediu desculpa pela situação. Segundo o Record, as palavras ditas em conversa cordial por João Pinheiro ao diretor do Sporting, Hugo Viana, ao ser interpelado sobre o lance nos bastidores do Dragão, foram sensivelmente estas: “Já vi que não é, mas queres que faça o quê? Não posso voltar atrás...” Segundo fonte conhecedora do processo contactada pelo jornal Record, as palavras de Frederico Varandas causaram desagrado nos meios da arbitragem, mas podem ter resultado de um eventual mal-entendido, dado que Pinheiro, segundo a nossa fonte, também não pediu desculpa em campo pelo cartão amarelo a Palhinha, algo que nem faria sentido por nesse caso “nem ter visto as imagens”. Aliás, está a ser valorizada na apreciação a forma como encarou “as condições muito difíceis” que foram criadas pelos intervenientes no jogo, tendo conseguido assegurar a sua conclusão. Aliás, o primeiro cartão amarelo exibido a Coates terá sido o único erro identificado pelo observador Luís Pais, pelo que João Pinheiro não deverá ser penalizado gravemente na sua nota, mantendo a confiança da parte do Conselho de Arbitragem para futuras nomeações.
Quanto ao facto de o relatório produzido pelo árbitro no final do clássico ter considerado o central leonino como “culpado de comportamento antidesportivo” dado que, segundo lá consta, “rasteirou um adversário de forma negligente”, essa teria sempre de ser a versão expressa no documento apesar de Pinheiro já ter visto as imagens em sentido contrário, dado que segundo a prática corrente que os árbitros têm de seguir “o relatório deve ser um retrato fiel da forma como o árbitro tomou as suas decisões em campo”.