25 dezembro 2021

Rui Costa espera que Jesus se demita; FC Porto em risco de perder Zaidu para 5ª feira; Mercado fechado a vendas em Alvalade;

Um dos mais recentes “patinhos feios” do FC Porto para uma franja mais crítica de adeptos e analistas ganhou, anteontem, outro brilho no clássico com o Benfica. Zaidu foi unanimemente considerado como um dos melhores elementos da equipa e faz os dragões suspirarem pela presença do lateral no reencontro com os encarnados, na quinta-feira, para o campeonato. O esquerdino deverá ver validada nas próximas horas a chamada para a Taça de África das Nações (CAN), depois de ter sido incluído na lista de pré-convocados da Nigéria, elaborada pelo selecionador entretanto demitido (Gernot Rohr), e por lei, está obrigado a apresentar-se na concentração duas semanas antes da estreia das “Super Águias” no certame, a 11 de janeiro. Atentos à possibilidade, os azuis e brancos só aguardam a confirmação para solicitar de imediato à federação nigeriana que o jogador se apresente na concentração apenas no começo de 2022, pedido que estão convictos de que será atendido.
Mesmo que Zaidu venha a ser autorizado a defrontar o Benfica, o FC Porto perderá o lateral-esquerdo, pelo menos, em três jogos do campeonato (Estoril, Belenenses e Famalicão) e um da Taça de Portugal (quartos de final), já que a Nigéria tem o primeiro encontro da fase de grupos da CAN a 11 de janeiro e o último a 19. A partir daqui, tudo dependerá do desempenho das “Super Águias”, historicamente uma das seleções mais fortes do continente africano. Se atingirem as meias-finais, então o lateral não voltará antes de 6 de fevereiro, dia em que se disputam os jogos de apuramento do terceiro e quarto lugares e a final, levando também à perda dos embates com o Arouca e o Marítimo. E isto, quando até está a atravessar o melhor momento desde que começou a temporada, com um golo ao Vizela e uma exibição de encher o olho contra o Benfica.

Rui Costa espera que Jesus se demita. O fim da linha é cada vez mais um cenário real para Jorge Jesus no Benfica, podendo o mesmo acontecer a qualquer momento, embora todos os dados, ao dia de hoje, apontem para que, segundo o jornal O Jogo, seja ainda sob o comando do técnico de 67 anos que os encarnados vão entrar, dia 30, para novo embate com o FC Porto, desta feita para a Liga Bwin. Isto por uma questão de agenda e porque ainda será analisado o estado da nação nas próximas horas, num momento em que do lado dos responsáveis benfiquistas o técnico já deveria ter, pelo menos, colocado o lugar à disposição.
De facto, a nível interno a corda já terá esticado ao limite e, ao que apurámos, ainda não partiu por uma questão de... calendário. Dois clássicos seguidos contra o FC Porto, ambos no Dragão, desaconselham, na perspetiva diretiva, uma chicotada psicológica e logo nesta altura do ano. Com o Natal à mistura e dois dias de folga, o plantel volta ao trabalho apenas amanhã à tarde, viajando três dias depois para o norte. Logo, não há espaço temporal para que um novo treinador – e Nélson Veríssimo, da equipa B é a solução na calha – consiga preparar um jogo que, correndo mal, pode deixar o Benfica afastado da discussão do título, depois de já ter sido eliminado da Taça de Portugal.
Porém, na Luz existe alguma surpresa pelo facto de Jorge Jesus não ter ainda dado um passo em frente rumo à saída e por vários motivos, num rol que começa pelos maus resultados, sobretudo, frente aos dois principais rivais (derrotas com Sporting e FC Porto), mas também pela identificada falta de química e ligação entre os jogadores e a equipa técnica, que se reflete na qualidade do trabalho e das exibições.
Outro dos motivos que sustenta a (má) avaliação interna a Jorge Jesus tem a ver com o Flamengo e com a presença em Portugal de dois dirigentes, Marcos Braz e Bruno Spindel, para tentar contratar, como é público, o ainda treinador das águias. Mesmo autorizado pelo presidente Rui Costa, a cúpula diretiva considera que o técnico deveria ter gerido os acontecimentos de outra forma, adiando o encontro, não se sujeitando a aparecer numa fotografia com o empresário Bruno Macedo – que trabalha com o Flamengo e com Jesus e até poderá ser ele a acertar a saída e o regresso ao mengão – nem a dar respostas via Whatsapp a jornalistas brasileiros a poucas horas de um clássico com o FC Porto, que Jesus falhou por cumprir uma suspensão de 15 dias, voltando na próxima visita ao terreno azul e branco.
A derrota com o FC Porto, aliada à qualidade da exibição, foram muito mal digeridas pelos dirigentes benfiquistas, pelo que o futuro do comando técnico será tema de análise por parte dos seus responsáveis nas próximas horas, podendo Rui Costa ter de, ele próprio, dar um passo em frente para clarificar o atual momento que o Benfica atravessa e pronunciar-se sobre um possível despedimento que custaria o pagamento do salário da metade da época em falta (cerca de dois milhões de euros brutos), a pagar por inteiro ou de forma faseada, pelo Benfica ou, como é convicção na Luz, pelo... Flamengo.

Mercado fechado a vendas em Alvalade. Com o mercado de janeiro à porta, o campeão nacional vive situação tranquila. Lidera o campeonato, apurou-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões e segue na Taça de Portugal e na Taça da Liga, e, por isso, a aposta em Alvalade passa pela estabilidade ao nível do plantel, fechando a porta a saídas num grupo que já não é extenso. Os leões têm o bloco principal seguro com contratos longos e blindado com cláusulas de rescisão milionárias.
A boa campanha verde e branca na Liga dos Campeões permitiu ao clube chegar aos oitavos de final da competição, o que significa, entre participação na fase de grupos, prémios por vitórias e por apuramento, um valor na ordem dos 45 milhões de euros, importantíssimos para equilibrar as contas da SAD e dar margem para segurar os pilares.
O mercado de janeiro é visto, assim, como uma oportunidade para reforçar o plantel em setores onde Ruben Amorim entende necessitar de uma ou outra alternativa, como, por exemplo, o centro da defesa ou o ataque. A aposta está pensada no mercado interno e com investimento reduzido. O objetivo é também preparar a próxima temporada, na qual, por exemplo, o emprestado Pablo Sarabia não tem garantias de permanência, uma vez que não tem cláusula de compra e aufere um vencimento elevado.

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