"Centro de formação premium do Seixal ultrapassado pelo Olival e por Alcochete"; A dupla novamente na porta de saída da Luz; "Sporting joga de olhos fechados. Tem um andamento acima dos outros"

A vida corre bem a Rúben Amorim e os adeptos leoninos andam encantados com as exibições e os resultados alcançados pelo emblema de Alvalade que já tem o seu apuramento na Liga dos Campeões assegurado e, no plano interno, segue nos primeiros lugares da classificação do campeonato, tem a sua vida encaminhada na Taça da Liga e na Taça de Portugal também continua em prova.

A somar ao sucesso dos resultados, o trabalho de Rúben Amorim tem sido fortemente elogiado pela forma como colocou o Sporting a jogar e pela promoção que tem feito de vários jovens da formação verde e branca que têm encontrado na equipa principal espaço e tempo para revelarem o seu talento e qualidade.

Em Alvalade este é, por assim dizer, o tempo de 'todas as flores', toda a satisfação, todo o agrado de e para com o plantel montado por Rúben Amorim que afastou a desconfiança inicial e continua a ser uma figura fundamental e incontestada.

Para Tiago Fernandes, antigo treinador da formação do Sporting e da equipa principal, é necessário não parar de atribuir mérito ao que Rúben Amorim tem vindo a alcançar em Alvalade.

Em declarações no jornal A Bola, o antigo treinador dos leões diz que "o Sporting respira saúde, joga com uma intensidade acima da média durante 90 minutos".

"O Sporting continua fiel ao sistema de Rúben Amorim, que na minha opinião é o maior responsável pelo que está acontecer, joga em qualquer campo e contra qualquer adversário da mesma forma."

Para o antigo técnico leonino, "o Sporting joga de olhos fechados, é uma equipa muito coletiva e que tem um andamento acima dos outros", coisa que Tiago Fernandes destaca.

Campeão nacional na última temporada, interrompendo um longo jejum de quase 20 anos, Rúben Amorim manteve-se em Alvalade nesta época e a receita tem sido a mesma da última época, para contentamento dos adeptos leoninos que, nas bancadas, não deixam de prestar a sua homenagem quer à equipa quer ao treinador.

Contratado em março de 2020 ao SC Braga por um valor recorde no Sporting no que toca a treinadores, a incerteza e desconfiança inicial já há muito que deram lugar a certezas por parte dos adeptos do leão que andam nas nuvens com os sucessos que o técnico tem permitido ao Sporting colecionar dentro de campo mas também fora dele, uma vez que, atualmente, o Sporting é uma das equipas mais temidas em Portugal.

"Centro de formação premium do Seixal ultrapassado pelo Olival e por Alcochete". Jorge Jesus voltou ao Benfica pela mão de Luís Filipe Vieira e prometeu "arrasar" e colocar a equipa a jogar "o triplo" daquilo que fazia antes de assumir o comando técnico das águias. Um ano e meio depois, Jorge Jesus é contestado e Rui Costa é pressionado para fazer 'cair' o treinador que nunca reuniu unanimidade na Luz.

Para José Eduardo Simões, antigo presidente da Académica, o Benfica está numa espécie de 'encruzilhada' com o treinador que tem sido fortemente associado a um regresso ao Flamengo, onde os adeptos suspiram por ele. "Jesus é o mais exposto porque o mundo encarnado, os seus dirigentes e adeptos, a solícita comunicação social não entendem por que razão o clube mais poderoso, com maior orçamento e mais rico não está 10 pontos à frente no campeonato, com FC Porto e Sporting a desunhar-se pelo título de vice".

O antigo presidente dos 'estudantes' refere que os jovens da formação benfiquista também têm ficado à porta da equipa principal e nota que os rivais têm conseguido fazer esse caminho, ao contrário dos encarnados.

"E o Seixal, como centro de formação premium, está a ser ultrapassado pelo Olival portista e pelo Alcochete leonino. Está o Benfica arredado do título nacional? Talvez não, mas lembra os tempos em que era cemitério de treinadores".

E em relação a Jorge Jesus, para José Eduardo Simões não restam dúvidas de que "parece ter atirado a toalha ao chão", sendo que também a saída de Luís Filipe Vieira não é tida como algo positivo, segundo o antigo dirigente.

"Parece claro que, a nível diretivo, o Benfica em nada beneficiou com a saída de Luis Filipe Vieira", sustentou, acrescentando que quem olha para a direção do Benfica percebe essa situação.

"Não existe mensagem nem jeito, objetivos claros e propostas, nem parece haver grande união", analisa José Eduardo Simões, em artigo de opinião no jornal O Jogo.

"Sente-se hoje que Jorge Jesus está gasto e o Benfica o está a desgastar rapidamente. Deve estar a contar os dias para se ir embora. Nada conseguiu fazer do que tanto prometeu e deverá sair pela porta pequena", vaticina José Eduardo Simões.

A respeito deste assunto, e por qualquer porta do Estádio da Luz, já deveria ter saído Jorge Jesus, no entendimento de Pedro Adão e Silva. O antigo candidato a vice-presidente das águias considera que o clube encarnado está a perder tempo com o atual treinador. "Jorge Jesus faz parte do passivo deixado pelo senhor Luís Filipe Vieira. Cada dia a mais de Jorge Jesus é um dia perdido para o Benfica". 

A dupla novamente na porta de saída da Luz. O plantel do Benfica deverá emagrecer ligeiramente durante a janela de mercado de inverno, que estará aberta no mês de janeiro, em virtude de duas prováveis saídas, Ferro e Gedson, contra uma eventual entrada, o tal central que possa ajudar a suprir a ausência de Lucas Veríssimo.

Ferro, central de 24 anos, e Gedson, médio de 22, são, pois, os dois nomes que deverão deixar a Luz, não apenas porque pouco contaram na primeira parte da temporada para o treinador Jorge Jesus, mas também porque a SAD benfiquista entenderá que, desta vez, não valerá mesmo a pena reter futebolistas em desvalorização e sem espaço para recuperar a boa forma.

Ferro será, porventura, o caso mais gritante do plantel, dado que fez apenas 11 jogos no último ano e meio, três deles em Valência, durante um empréstimo de seis meses na temporada passada que não correu bem. Voltou a procurar a saída no verão, mas Jesus queria pelo menos cinco centrais e viu-se forçado a ficar. Jogou apenas 68 minutos, suplente utilizado na Taça de Portugal, com o Trofense.

Ferro, refira-se, continua a ter a possibilidade de integrar por empréstimo uma equipa de primeiro escalão de uma liga importante e deverá ter luz verde para sair, mesmo que Jesus continue a reclamar centrais.

Um central poderá entrar, deixando o plantel apenas um pouco mais magro, dado que Gedson Fernandes está uma vez mais nos planos de Fatih Terim, treinador do Galatasaray. Da Turquia chegam informações de que o clube turco pretende empréstimo até final da época de quem fez apenas quatro jogos esta época, um como titular.