"Se fosse Tomasevski ou Tomasinho, o Tomás Araújo teria outro olhar sobre ele"

Com o azar que bateu à porta de Lucas Veríssimo, o Benfica procura soluções para o eixo defensivo, sejam elas internas ou no mercado externo que, em breve, voltará a abrir com a janela de transferências. Para já, várias são as opções que os responsáveis encarnados olham dentro do Seixal, entre os quais o nome de Tomás Araújo.

O jovem central, que se vem destacando na equipa B das águias, já vinha treinando com Jorge Jesus e chegou a estar presente na pré-temporada do emblema benfiquista, acabando depois por 'descer' para os bês, no sentido de para ganhar minutos de jogo e potenciar a sua evolução, até porque é um central no qual os responsáveis do Benfica depositam grandes esperanças.

A fazer contas à vida, nesta altura, para saberem se contratam ou promovem alguém da equipa B, quer a estrutura quer Jorge Jesus vão ter de tomar decisões em breve e Carlos Freitas, antigo dirigente do futebol português, que trabalhou em clubes como o Sporting, SC Braga e Vitória de Guimarães, entende que Tomás Araújo só precisa de ter a sua "oportunidade".

"Lembro, por exemplo, a forma como o David Luiz apareceu na primeira equipa do Benfica. Não havia mais centrais. O Morato também aparece de forma consolidada este ano. No princípio de época, Morato aparece por contingências que não foram propriamente programadas".

Carlos Freitas socorre-se da experiência enquanto dirigente para sustentar que "há um sem número de jogadores que ao longo da sua carreira, por esta ou aquela razão, tiveram a oportunidade e agarraram com as duas mãos".

"Se fosse Tomasevski ou Tomasinho, provavelmente, o Tomás Araújo já teria outro olhar sobre ele", observou Carlos Freitas, lembrando que o central "é português" e "é formado no Seixal", notando que tem características que podem ser úteis para Jorge Jesus.

"Apresenta predicados de enorme qualidade e tem um traço identitário relativamente à forma como o Benfica é obrigado a jogar na maior parte dos jogos".

Na SIC Notícias, Carlos Freitas realçou ainda que Tomás Araújo está adaptado ao Benfica, ao futebol português e conhece as rotinas de jogo de um emblema como o encarnado.

Além disso, para Carlos Freitas, Jorge Jesus tem, se assim quiser, em concordância com a administração e a estrutura do futebol benfiquista, um central que "é rápido" que tem capacidade de "construção" de jogo e "com personalidade".

"Parece-me que é uma questão de ter oportunidade e seguramente terá um futuro risonho", vaticina Carlos Freitas, isto numa altura em que, para o sistema de três centrais que Jorge Jesus montou de há algum tempo a esta parte na equipa, tem disponíveis Otamendi, Vertonghen, Morato e Ferro, podendo juntar-se uma quinta opção proveniente dos bês.