Claques de Benfica (com ajuda de croatas) e Sporting envolvidos em agressões; "Muitos jogadores do Manchester United nem conhecem o Rúben Amorim";

Campeão nacional pelo Sporting, interrompendo um jejum de quase 20 anos, Rúben Amorim é uma espécie de talismã para o atual clube de Alvalade, com os adeptos rendidos ao seu trabalho. Muitas têm sido as figuras ligadas aos leões que não negam que pretendem que o treinador permaneça no clube por muitos e longos anos e o próprio Rúben Amorim já colocou essa ideia na cabeça. "Queremos os jogadores por muito tempo. O treinador quer ficar e vai ficar muito tempo. Terá a oportunidade no futuro, se Deus quiser, de voltar a renovar".O trabalho de Rúben Amorim não passa despercebido e o nome do técnico começa a ser 'ventilado' a alguns 'tubarões' europeus, como tem sido o caso do Manchester United, na sequência da saída, devido aos maus resultados, do norueguês Ole Gunnar Solskjær. Só que, para Maniche, antigo médio internacional português, que chegou a representar o clube de Alvalade, ainda é 'cedo' para colocar Amorim em rotas desse tipo, prevendo que o técnico possa permanecer em Alvalade mais alguns anos.
"Não é tirar a qualidade ao Rúben Amorim, atenção, mas liderar um projeto como o do Sporting nada tem que ver com o do Manchester United. Independentemente de estar bem ou mal, a obrigação é ganhar todos os jogos. O Sporting não lutava para ir à Champions e agora é que já está a ir numa onda, com todo o mérito."
"Nada a dizer do trabalho de Rúben Amorim, do seu talento para treinar - e quiçá daqui a um ano, ou dois ou três quando ele quiser e o Sporting entender também - outro grande clube. Agora, eu acho é que para treinar estas equipas, é preciso liderança", referiu o antigo centrocampista internacional português.
Em declarações no canal 11, Maniche disse ainda que liderar um balneário com vedetas como o Manchester United não é tarefa "fácil". "Não é fácil lidar com jogadores milionários, não é fácil liderar jogadores que já têm um currículo muito, muito vasto e quanto mais com egos acima da média", acrescentou Maniche.
Sem se deter, o antigo centrocampista insiste que não é tempo de Amorim deixar o emblema lisboeta. "Rúben Amorim tem potencial para treinar no futuro uma equipa como o Manchester United? Aí digo que sim. Agora, liderar um projeto no Sporting ou no Manchester United é totalmente diferente. Totalmente diferente".
A este respeito, Maniche diz mesmo que acredita que o nome de Rúben Amorim pouco dirá aos jogadores do emblema de Old Trafford. "Há muitos jogadores do Manchester United que, provavelmente, nem conhecem o Rúben Amorim, com todo o respeito. Isso é normal."
"Liderar um projeto como o Manchester United, onde há pressão atrás de pressão, não é que o Sporting não tenha, mas é totalmente diferente, os dinheiros envolvidos, as transferências, os egos dos jogadores. Não vou falar em táticas. Nisso o Rúben Amorim é muito bom, naquilo que acredita e que já construiu e tudo mais. Há aqui outras situações. Existem outros valores, crenças e princípios. O treinador só se faz se os jogadores quiserem, nada mais que isso", insistiu Maniche, lembrando que até Mourinho quando foi para Madrid teve dificuldades com a liderança no balneário dos 'merengues'.
"O Mourinho no Real Madrid teve dificuldades com os egos", recorda Maniche, que trabalhou com José Mourinho durante a sua carreira, tendo mesmo conquistado uma edição da Liga dos Campeões e outra da Taça UEFA com o 'Special One'.

Caos no João Rocha e Bairro Alto. Após o jogo que ditou a vitória do Sporting frente ao AEK Atenas na Liga Europeia de andebol, registaram-se confrontos nas imediações do Pavilhão João Rocha, entre adeptos leoninos e os cerca de dez gregos que apoiaram o AEK em Lisboa. Segundo informações recolhidas pelo jornal Record e CMTV, registaram-se pelo menos cinco feridos, tratando-se de pessoas afetas aos helénicos, que tiveram de ser assistidas no local. As autoridades não confirmaram a existência de detidos. De acordo com relatos ao nosso jornal no local, tudo terá acontecido minutos após a saída dos adeptos gregos do recinto, tendo sido ‘encurralados’ por adeptos leoninos, que estavam em clara maioria. O Sporting condenou os atos de violência em comunicado, deixando uma garantia: “O clube prestará todo o apoio necessário às autoridades competentes de forma que sejam apuradas responsabilidades”.

E ao final da noite, dezenas de adeptos do Dortmund (defrontam hoje o Sporting na Liga dos Campeões) causaram confusão no Bairro Alto, obrigando a uma carga policial no local. A PSP teve mesmo de carregar em força contra os alemães.

Ataque a claque catalã. As condições meteorológicas não eram as mais convidativas, mas os adeptos da equipa encarnada terão feito aquecer os ânimos antes do apito inicial. De acordo com imagens que circularam nas redes sociais, membros dos No Name Boys terão atacado o bar dos Boixos Nois, uma das claques do emblema catalão, juntamente com elementos da Torcida Split, afeta ao Hajduk Split. Os apoiantes portugueses, que ficaram num dos topos de Camp Nou - recebeu perto de 50 mil adeptos e não 70 mi, como estava previsto -, voltaram a dar nas vistas deflagrando fumos, logo após o golo anulado a Otamendi.