O início da próxima semana será quente quanto a decisões sobre quem vai, ou não, submeter-se à justiça dos associados encarnados. Nesse sentido, estão previstas reuniões nos movimentos de oposição que traçarão a estratégia dos mesmos. No caso do “Benfica Bem Maior”, criado precisamente antes das últimas eleições e onde a figura de proa é o antigo vice-presidente João Braz Frade, é esperada a apresentação de um nome. O próprio já garantiu haver um escolhido, não confirmando se é o seu, o de Manuel Brito, filho do ex-presidente Jorge de Brito ou outro.
Do lado do “Servir o Benfica”, também se espera que a próxima semana seja decisiva, sendo Francisco Benítez a figura que mais possibilidades tem de avançar. Para já, são tempos de análise ao contexto, um contexto onde Rui Costa surge na crista da onda, mesmo ainda sendo visto como a cara de uma eventual continuidade da gestão de Vieira. O sucesso desportivo do Benfica até ao momento na Liga (só vitórias), o apuramento para a fase de grupos da Champions e uma abordagem ao mercado que permitiu um encaixe de 60 M€, assim como a permanência dos jogadores mais importantes do plantel, são argumentos que o presidente interino tem para apresentar. Argumentos esses que, na perspetiva dos seus opositores, também apenas os faz pensar no avanço de uma candidatura se esta for forte e preferencialmente comum, sem dispersão de votos.
FC Porto solta-se do fair-play financeiro e apresentará cerca de 30M€ de lucro. A FC Porto SAD vai apresentar resultados positivos de cerca de 30 milhões de euros no próximo relatório e contas, mas, mesmo sem a comunicação desses números - que ainda demorará algumas semanas -, já está oficialmente livre da jurisdição do fair-play financeiro da UEFA. Foi aliás essa recente alteração de circunstâncias que tornou menos imperiosa a venda de um jogador neste final de mercado e permitiu ao FC Porto adotar uma posição negocial menos fragilizada. Continua a ser fundamental, para a SAD, vender futebolistas na janela de transferências de janeiro, mas por necessidade de liquidez, não por imposições da UEFA.
Mesmo sem o jugo do fairplay, a pressão financeira sobre o Dragão mantém-se e continuará a obrigar a contenção, até porque a folha salarial será ainda problemática, com as renovações em alta (e permanência no plantel) de Sérgio Oliveira e Otávio. Fernando Gomes, ouvido pelo jornal O Jogo, entende que o lado mais benéfico desta “saída limpa” será o aumento de confiança das fontes de financiamento. Já é assumido em toda a Imprensa europeia que serão poucos os clubes, pelo menos fora de Inglaterra, que fecharão este exercício da pandemia com resultados positivos. Só em 2022 são esperados sinais sólidos de retoma.
Para o FC Porto é um regresso ao verde, depois das perdas recorde de 116 milhões de euros em 2020, cerca de 18 milhões das quais provenientes da queda das receitas ordinárias gerada pela pandemia e 70 milhões a menos nos prémios da UEFA. Em 2019, a SAD fechara com quase 10 M€ positivos.
Fora do mecanismo de controlo financeiro da UEFA, o FC Porto deixa de ter de prestar contas regulares e também desaparecem os limites à inscrição de jogadores na Liga dos Campeões, que, de resto, já não se verificaram na lista dada ontem a conhecer.
Ficaram por concretizar as saídas previstas de Vítor Ferreira, Corona (em fim de contrato) e Sérgio Oliveira, mas as consequências imediatas são “apenas” uma diminuição na liquidez projetada, considerada resolúvel na janela de transferências de janeiro. Nessa altura, negociar pelo menos um jogador deverá ser fundamental para a SAD portista.
Já os rivais Benfica e Sporting, como tem sido anunciado nas últimas semanas, irão apresentar resultados negativos.
"O meu grande sonho sempre foi jogar pela equipa principal do Sporting". Gonçalo Inácio concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal Record, na qual garante que, pese embora as boas exibições que vai assinando ao serviço do Sporting, ainda não pensa num eventual 'salto' para outros campeonatos.
O defesa-central de apenas 20 anos assegura que se sente concretizado em Alvalade, pelo que, no que ao futuro diz respeito, deixa uma certeza: "O meu foco é dar o meu melhor pelo Sporting e ajudar ao máximo dentro de campo".
"O meu grande sonho sempre foi jogar pela equipa principal do Sporting. Jogar pelo meu clube foi algo que eu sempre desejei. Sou sportinguista desde pequeno e essa foi sempre a minha ambição. Não penso muito no futuro, o que quero agora é ajudar a equipa", afirmou.
"Já estou numa grande Liga. O campeonato português está a crescer, recentemente ultrapassámos a França no ranking. Temos de valorizar mais o nosso futebol pois existe muito talento. As equipas são cada vez melhores", acrescentou.
Gonçalo Inácio não escondeu, ainda, que olha para Jérémy Mathieu, ex-jogador com quem chegou a partilhar balneário ao serviço dos campeões nacionais em título como "uma referência, desde os tempos em que jogava na formação".
"O Mathieu é uma grande inspiração para mim. Na verdade, eu via todos os jogos dele. Acredito que tenho qualidades que ele também tinha e inspiro-me muito no que ele fazia. Ainda treinámos juntos. Aprendi muito com ele", concluiu.
Salvo erro, ainda ontem os cartilheiros tentaram explicar o contrário.
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