Análise espanhola: Penalti mal marcado a favor do Sporting. A falta é de Paulinho. Ficou por marcar um penalti contra o Benfica

O antigo árbitro internacional espanhol, Iturralde González, analisou os 'casos' de arbitragem da última jornada da Liga Portuguesa. Para ele o penalti que deu a vitória ao Sporting foi mal marcado. Também ficou por marcar um penalti contra o Benfica quando estava 2-1.

No primeiro caso para mim há penálti. Otamendi tira a bola, mas antes derruba Makouta com o joelho esquerdo. Tira a bola com a perna direita, mas há um contacto claro que atira o adversário ao chão. Que o VAR não intervenha consigo entender porque não é um erro claro. Mas se o árbitro apita penálti, não há erro nenhum. O derrube é um pouco antes de cortar a bola.

Vejo a segunda jogada de forma clara. Para mim não é penálti. É falta de Paulinho e, pela maneira de entrar, com a sola da bota e a perna quase esticada, é um lance de jogo perigoso grave. Por isso, é cartão vermelho para o avançado do Sporting. Não se pode entrar assim numa disputa de bola. Se olharmos para Dani Figueira, o guarda-redes aborda o lance com o interior da perna, enquanto Paulinho vai com a sola à frente, a perna quase esticada... É mesmo um lance perigoso que pode lesionar um jogador adversário.

Repetir ou não repetir o penálti? Eis o grande dilema dos árbitros hoje em dia. Os regulamentos deixam claro que, quando entram jogadores de ambas as equipas, havendo golo ou não é preciso repetir. Mas em nenhum país isso acontece. Então acabem com a regra! Quando o guarda-redes se adianta 10 ou 15 centímetros e defende, o VAR entra e manda repetir. Então aí é preciso fazer o mesmo neste caso. A lei 14 diz que se há invasão de ambas as equipas há que repetir. Faz falta ter mais consistência da arbitragem. Não é um problema de Portugal.