James deseja regressar ao Dragão. Difícil mas não impossível; Sporting fecha negócio. Os moldes da transferência. Venda de Sporar difícil; Salgado colocou Vieira no Benfica com crédito ilimitado

A contratação de Rosier por parte do Besiktas será, segundo O Jogo, oficializada esta semana, fazendo com que o lateral francês seja o segundo excedentário do Sporting a ser vendido, depois de Misic, que rumou ao Dínamo de Zagreb. Os contornos do negócio demoraram, pois o Sporting queria incluir Sporar na transação, algo que não se verificará. Escreve a Imprensa turca que o Besiktas pagará 3 M€ pelo francês, o melhor lateral direito do último campeonato e que convenceu nos 37 jogos pelas águias negras. Apesar do interesse do Galatasaray, Rosier manifestou interesse em ficar no campeão turco e auferirá perto de 1,4 M€ no novo contrato, que será de quatro anos, escreve o jornal “Sabah”. O Besiktas pagará em três tranches a transferência, começando neste defeso, e coloca ainda bónus a entregar ao Sporting, mais-valias que farão o negócio subir aos 4 M€, ficando os leões ainda com uma percentagem de uma futura venda, nunca esquecendo que o clube português já lucrou 1 M€ com o empréstimo em 2020/21. O Sporting queria faturar 5 M€ com o jogador, sem variáveis associadas, porém acredita que o ala possa valorizar e assim render numa futura transferência. A hipótese de uma compra obrigatória depois de mais uma cedência de uma época foi outro cenário colocado em cima da mesa nas negociações, já depois de os turcos não terem acionado a opção de 7 M€ em maio.

Por resolver está então Sporar, que também é pretendido pelo Angers, de França, e pelo Galatasaray. O Besiktas está a dar tudo para garantir Diego Costa, oferecendo-lhe um ordenado milionário, e não estaria disponível para pagar os 6 milhões de euros que os leões pedem para já. O esloveno é ainda um alvo se Diego não firmar pelos turcos ou até como um suplente do hispano-brasileiro, mas num cenário de empréstimo.

James pisca o olho ao Dragão mas regresso imediato é difícil. James Rodríguez entrou no último ano de contrato com o Everton e dificilmente vai continuar no emblema inglês. O colombiano deixou saudades no FC Porto quando saiu para o Mónaco a troco de 45 milhões de euros e ontem, com um simples comentário nas redes sociais, abanou a nação azul e branca, deixando os adeptos a sonhar com um eventual regresso ao Dragão. Esse é, aliás, segundo O Jogo, um desejo do craque colombiano desde há algum tempo, embora seja difícil de ser concretizado devido ao elevado salário que o esquerdino aufere em Inglaterra, onde chegou a custo zero.

James Rodríguez completou ontem 30 anos e o FC Porto, como ex-clube do colombiano, fez questão de o felicitar nas redes sociais, partilhando um vídeo no qual recordou alguns dos melhores momentos com a camisola azul e branca. Nos comentários, o colombiano agradeceu e escreveu um “vemo-nos em breve”, deixando no ar a ideia de que poderia estar perto de voltar “casa”. De imediato centenas de adeptos aplaudiram essa hipótese.

Segundo o jornal, James nunca escondeu o sonho de voltar, como aconteceu em tempos com Quaresma e Lucho González e, mais recentemente, com Pepe, encarando o FC Porto como a equipa ideal para recuperar uma carreira que foi perdendo fulgor nos últimos anos, também por culpa de algumas lesões. A mais recente, por exemplo, custou-lhe a presença na Copa América. Além disso, o colombiano também gosta muito da cidade.

Ricardo Salgado, antigo líder do Grupo Espírito Santo, teve um papel determinante na primeira corrida de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. De acordo com o despacho assinado pelo juiz Carlos Alexandre, no qual indica as medidas de coação aplicadas aos arguidos da operação ‘Cartão Vermelho’, Vieira acabou “no Benfica destacado por Ricardo Salgado, com uma linha de tesouraria sem fim”, tendo sacrificado “a sua vida pessoal até aparecer a crise imobiliária do ‘subprime’ [crédito de risco] e depois o colapso do BES”. No mesmo documento, a que Record teve acesso, pode ler-se que Vieira também se aconselhou com Filipe Pinhal (na altura líder do BCP), que, depois de o desaconselhar, acabou por o aconselhar... “a continuar”. A influência da banca na primeira candidatura de Vieira à presidência do Benfica já tinha sido abordada pelo próprio quando em resposta às perguntas dos deputados na Comissão Parlamentar de Inquérito às dívidas do Novo Banco. “A minha ida para o Benfica [...] foi também um pedido de várias instituições financeiras”, assinalou, dizendo ter entendido esse sinal como “uma prova de confiança”. No despacho também está detalhada a ligação de Luís Filipe Vieira com o empresário José António dos Santos, denominado como ‘Rei dos Frangos’, o qual terá sido alertado da OPA à SAD benfiquista quatro meses antes desta ser anunciada. Tal levou o empresário “à aquisição em bolsa de 16.488 ações, num investimento de 45.634 euros”. Além deste lote, e para “não chamar a atenção do mercado”, deu indicações a pessoas de confiança para adquirirem mais títulos. A relação entre ambos é longa, mas há um negócio que chama a atenção do juiz de instrução. “José António dos Santos, um gestor de um banco - Caixa Agrícola da Lourinhã - há trinta anos –, acreditou piamente nas vantagens de investir oito milhões e meio de euros na compra de um terreno na segunda linha da praia, no Rio de Janeiro, colocando o dinheiro num fundo sem ver o terreno”, questiona.