03 julho 2021

'Caso João Mário'. BdC defende direitos dos leões. Advogado pensa o contrário; Sporting já deixou 49M€ nos cofres do Braga. Só Varandas investiu 34M€; Benfica já antecipou 283M€ da NOS e só já tem a receber 116M€ nos últimos 6 anos de contrato

33.962M€: este é valor que o Sporting já deixou nos cofres do Braga desde que Varandas é o presidente. A contratação de Ricardo Esgaio veio confirmar a tendência de que no mandato de Frederico Varandas é rotina ir ‘pescar’ a Braga, mesmo que as relações nem sempre tenham sido as melhores. Tudo começa com Rúben Amorim, quando os leões batem os 10 milhões da cláusula, acabando, no entanto, por pagar 12,1 M€ pelo técnico, uma vez que adiaram o acordo com os arsenalistas, ativando estes os juros associados. Depois de Amorim, Paulinho, primeiro grande desejo do treinador dos leões, tentado no verão, mas apenas concretizado no inverno: além de dar o defesa Borja em definitivo e o ponta-de-lança Sporar emprestado até final da época, a SAD ainda pagou 16 milhões de euros por 70% do passe do internacional português. Por fim, os 5,5 milhões por Esgaio, que ainda irá envolver o mecanismo de solidariedade no valor de 362 mil euros.
Até então os jogadores mais caros tinham sido Battaglia (4,5 milhões de euros), Evaldo e João Pereira (três milhões cada um). Em sentido inverso, os bracarenses pagaram três milhões por Borja, na operação mais cara no sentido de Lisboa com direção ao Minho. Wilson Eduardo, Nuno André Coelho e Tiago Pinto foram exemplos de sportinguistas adquiridos a custo zero, mas houve ainda vários empréstimos, como Palhinha ou Jefferson. No século passado, jogadores como Manaca, Lito, Valtinho, Sealy, Rui Maside ou Zinho trocaram um clube pelo outro.
No total, os leões deixaram até hoje 49 milhões de euros nos cofres do SC Braga...

O Benfica recebeu, até final do ano passado, 283,5 milhões de euros do contrato da NOS. Como se explica no prospeto do novo empréstimo obrigacionista que as águias vão lançar, o “valor remanescente por receber pela Benfica SAD relativamente ao referido contrato ascendia a 116,5 milhões de euros”. Isto significa que as águias tinham a haver pouco mais de um quarto do valor (29,1 por cento), faltando ainda cumprir seis anos do contrato de 400 milhões de euros com a empresa de telecomunicações. O vínculo entrou em vigor em 2016/17, sendo renovável a cada três anos, até 2026/27.

'Caso João Mário'. Bruno de Carvalho, líder dos verde e brancos quando João Mário se mudou para o Inter, em 2016, já explicou a tal cáusula de 30M€. “Se o Sporting não exercer o seu direito de opção o Inter e o jogador ficam livres para ir para o clube que for (...). Mas se o clube for português, o Sporting tem direito a 30 milhões de euros”, vincou, numa publicação no Twitter em 2020 e ontem partilhada por vários seguidores.
Em causa estão as cláusulas 2.6 e 2.7 do contrato entre italianos e leões, reveladas pelo ‘Maisfutebol’. O primeiro ponto garante que, se houver uma proposta de Portugal, o Inter tem dois dias para informar o Sporting, que pode igualá-la. No 2.7, explica-se que, “falhando qualquer comunicação escrita dentro dos termos estipulados na cláusula 2.6, o Inter será livre para transferir o jogador para um terceiro clube, mas, no caso da transferência ser efetivamente executada para um clube afiliado na FPF, o Sporting terá direito a receber 30 milhões de euros”. O advogado Gonçalo Almeida, citado pelo ‘Expresso’, frisa que o valor só será pago se o Inter  “não der a conhecer os termos de uma proposta”.

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