Sporting com defesa-central debaixo de mira; Espanhóis assumem que médio do Sporting ainda é alvo mas...; Benfica quer fazer 50M€ em vendas; Depois do "show" no regresso de Jesus "parece que não aconteceu nada" no Benfica

Zero conquistas, muitas justificações para o desaire em toda a linha e a contestação a crescer na Luz. Assim se pode resumir a época 2020/21 do Benfica, marcada pelo regresso de Jorge Jesus com pompa e circunstância com Luís Filipe Vieira, na altura a poucos meses das eleições, a ir buscar o treinador do Flamengo. Jorge Jesus prometeu "arrasar" e jogar o "triplo" mas acabou sem títulos, com a certeza de um mês de agosto preenchido de jogos para tentar o acesso à Liga dos Campeões (objetivo falhado na última época) e num clima de enorme desconfiança entre os benfiquistas.Para António Figueiredo, antigo vice-presidente encarnado, Jorge Jesus "colocou, ele próprio, a barreira elevada ao dizer que ia arrasar" e, efetivamente, o ex-dirigente entende que o técnico "arrasou". "Arrasou a paciência dos benfiquistas", ironizou o antigo dirigente que admite não gostar de ver Jorge Jesus como treinador do Benfica.
No entanto, António Figueiredo considera que, nesta altura, e quando o clube está a poucas semanas de voltar a trabalho, já com o pensamento nos embates de acesso à Liga dos Campeões, seria "um erro" despedir Jorge Jesus, que ainda tem mais um ano de contrato com as águias.
"Seria um erro despedir o Jorge Jesus agora", indicou António Figueiredo, que aproveitou para desafiar Luís Filipe Vieira a prestar esclarecimentos aos benfiquistas por tudo aquilo que se foi passando ao longo da época.
"O que deveria ser feito era um balanço para o que aconteceu", disse António Figueiredo, acreditando que Luís Filipe Vieira tem condições para continuar a liderar o Benfica.
"Não há razões para que o Luís Filipe Vieira se demita. As eleições foram há sete meses", comentou António Figueiredo, insistindo na ideia de que, porém, o presidente tem de esclarecer os sócios e adeptos.
"Tem que explicar aos benfiquistas o porquê disto ter acontecido", declarou o ex-dirigente encarnado. "Os resultados são demasiadamente maus depois de se ir buscar este treinador com o show que foi e parece que não aconteceu nada".
António Figueiredo reconheceu ainda que ao longo da temporada o presidente encarnado não prestou tantas declarações como esperaria e diz que, possivelmente, terá tido que ver com assuntos particulares que Figueiredo, na CMTV, recusou comentar. 
Ainda assim, o antigo vice-presidente encarnado vê em Luís Filipe Vieira alguém com espírito "combativo" e espera que na nova temporada o presidente encarnado esteja presente publicamente mais vezes.

Benfica quer fazer 50M€ em vendas. A SAD do Benfica pretende encaixar pelo menos 50 milhões de euros com vendas de jogadores, avança o Record. Os encarnados vão disputar as eliminatórias da Liga dos Campeões, e daí que não esteja garantido o prémio de qualificação para a fase de grupos, algo que, aliás, não sucedeu em 2020/21, com a derrota frente ao PAOK. Em tempo de pandemia e sem público, as receitas caíram em várias rubricas e o objetivo passa por ser bem-sucedido na balança comercial.
Neste momento não há qualquer futebolista que seja considerado intransferível e a SAD liderada por Luís Filipe Vieira aceitará ouvir uma oferta, desde que esta se revele proveitosa para o Benfica. Esta situação não acontece apenas com os jogadores que estiveram emprestados na última época e que podem vir a render proveitos económicos, como são os casos de Vinícius, Gedson, Alfa Semedo ou Krovinovic. Os casos estendem-se ao plantel principal, depois de uma época abaixo das expectativas. As águias pretendem ver a folha salarial reduzida em 40 por cento, já que os custos anuais com pessoal deverão ascender aos 100 M€. Em 2020, ano marcado pelo avultado investimento em reforços, os mais de 74 M€ conseguidos com vendas de jogadores foram inflacionados com a saída de Rúben Dias para o Manchester City, depois de falhada a entrada na fase de grupos da Champions. Há dois anos, foi a transferência de João Félix (120 M€) para o At. Madrid que deu a sorte grande à SAD dos encarnados. 

Espanhóis assumem que médio do Sporting ainda é alvo. O Alavés admitiu, através do diretor desportivo Sergio Fernández, que não tem capacidade para pagar qualquer verba por transferências de jogadores, ainda que assuma, no caso de alguns atletas que estiveram cedidos ao clube, como aconteceu com Rodrigo Battaglia, que o emblema espanhol procura uma nova cedência, pese a intenção leonina de transferir a título definitivo o médio internacional argentino.
“Não vamos pode pagar transferências de jogadores pela situação financeira que vivemos atualmente. Vai ser um mercado muito especial nesse sentido. [...] Em alguns casos, estamos a tentar que continuem connosco”, esclareceu o dirigente á imprensa espanhola, referindo-se aos cedidos Battaglia, Lejeune e Pellistri.
Certo é que, em Alvalade, a intenção passa por transferir Rodrigo Battaglia a título definitivo, esperando a SAD verde e branca encaixar quatro milhões de euros. Battaglia, recorde-se, tem contrato com o Sporting até junho de 2023 e o Alavés tinha uma opção de compra no valor de cinco milhões de euros que ponderou, mas não chegou a exercer.

Defesa-central debaixo de mira leonina. Contratar um defesa-central é uma das prioridades dos leões no mercado de transferências, ainda que o número possa aumentar em função da continuidade ou não de Feddal.
A preferência vai para um atleta que seja capaz de jogar sobre o lado direito, onde Gonçalo Inácio afirmou-se, mesmo sendo um canhoto. Rúben Amorim olha para Gonçalo Inácio como um atleta capaz de atuar no lado oposto, até ao centro onde tem evoluído Coates, daí que seja o lado direito aquele que preocupe mais, até porque Eduardo Quaresma deverá ser cedido por empréstimo.