04 junho 2021

O que Vieira vai dizer aos adeptos do Benfica na BTV; Defesa quer provar que Paulo Gonçalves oferecia bilhetes por "amizade"

Luís Filipe Vieira vai em breve, na Benfica TV, justificar os motivos da temporada falhada da equipa de futebol. São três as razões que o presidente das águias vai invocar, apurou o jornal CM: a pandemia que afetou toda a estrutura, os erros de arbitragem e por fim culpas próprias, que estiveram na base de alguns resultados.
A data da entrevista ainda não está definida mas o conteúdo vai girar em torno da época desportiva desastrosa. Vieira, no final da época, esteve reunido com Rui Costa e Jorge Jesus e os três identificaram as razões que levaram ao fracasso de um plantel que teve um dos maiores investimentos de sempre, a rondar os 100 milhões de euros. A pandemia é tida como o fator que mais dano causou, embora na altura em que a equipa foi afastada da Champions e teve duas derrotas consecutivas na Liga (Boavista e Sp. Braga ) não tenha havido qualquer infetado entre o plantel. Ainda assim, os meses de janeiro e fevereiro acabaram por dizimar a equipa.
Outra razão a invocar é a arbitragem. Durante a época, o Benfica fez várias vezes referências a lances que, alegadamente, prejudicaram a equipa, nomeadamente penáltis. Por fim, Vieira vai assumir culpas próprias, enquanto responsável máximo.

Defesa quer provar que Paulo Gonçalves oferecia bilhetes por "amizade". A defesa de Paulo Gonçalves no âmbito do processo E-Toupeira vai tentar fazer crer ao tribunal que o antigo assessor jurídico do Benfica não atuou tendo por objetivo a corrupção mas, sim, por "amizade" ao oferecer bilhetes a José Augusto Silva, funcionário judicial, segundo conta o Expresso, nesta sexta-feira, realçando que o ex-assessor jurídico do Benfica e José Augusto Silva iniciaram uma amizade que "eclodiu no final do Benfica-Marítimo que valeu aos encarnados o título em 2014-15".
Na altura, relata o referido semanário, tanto Paulo Gonçalves como José Augusto Silva descobriram que tinham coisas em comum, como o facto de serem do Norte e também de serem apoiantes do clube benfiquista, sendo que a amizade entre ambos começou então a crescer.
É com base na ligação de amizade entre Paulo Gonçalves e José Augusto Silva que a defesa do antigo responsável jurídico do clube liderado por Luís Filipe Vieira tentará avançar em tribunal, acreditando que Paulo Gonçalves sairá ilibado no caso E-Toupeira, no qual é um dos arguidos, sendo por muitos considerado como a figura mais mediática do processo.
"A defesa pretende demonstrar que a oferta de bilhetes começou dois anos antes da alegada passagem de informação e, como tal, nunca serviram para corromper o funcionário", refere o Expresso.
O julgamento do processo E-Toupeira, no qual a SAD encarnada não foi pronunciada para ir a tribunal, arrancará em setembro. A acusação do Ministério Público sustenta que os arguidos terão montado um esquema para favorecer o Benfica, que pagaria favores de forma a obter informação em segredo de justiça.
Os arguidos negam que tenham consultado o portal Citius, o sistema informático que gere os tribunais, para troca de informação secreta da justiça.
Na fase de instrução do processo E-Toupeira, a SAD encarnada, liderada por Luís Filipe Vieira, acabou por não ser pronunciado pela juíza Ana Peres, nem nos recursos que se seguiram. Ainda assim, no âmbito do processo E-Toupeira, a SAD do clube lisboeta foi investigada.
Em relação à SAD do Benfica, a juíza fez saber, em 2018, na altura em que justificava as decisões neste processo, que não iria pronunciar a SAD do clube da Luz pois "os factos atribuídos a Paulo Gonçalves não podem ser imputados diretamente à SAD do Benfica".
Referiu na altura a magistrada que Paulo Gonçalves não fazia parte "dos órgãos sociais da pessoa coletiva, nem representa a pessoa coletiva". No entendimento da juíza, o antigo assessor encarnado era um "subalterno".

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