O Sporting comunicou ontem, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o relatório e contas referente ao 3.º trimestre, no qual consta um resultado líquido negativo de 23,5 milhões de euros (M€), o qual é justificado com o forte impacto da pandemia de covid-19. Por esse motivo, apontam os responsáveis leoninos, verificou-se um volume de negócios de 75,1 M€ no referido período, o que representou uma redução de 52% face ao período homólogo, considerando mesmo que “num ano normal, sem o efeito da pandemia, os resultados apresentados seriam positivos, não se verificando a forte contração no mercado de transferências e a quebra significativa dos resultados operacionais sem transações de jogadores”.
Entre os dados mais significativos, a sociedade que gere o futebol profissional comunicou que houve uma alteração dos custos de estrutura, materializados na redução de 7% na massa salarial, traduzindo-se em 3,3 M€, acrescentando que desde a época 2018/19, reportando-se à altura em que Frederico Varandas foi eleito como presidente do Sporting e consequentemente presidente do Conselho de Administração da SAD, a redução salarial foi de cerca de 16 M€. Nas contas agora apresentadas constam as receitas provenientes das transferências de Wendel para o Zenit (20,3 M€) ou a de Acuña para o Sevilha (10,5 M€). Diga-se que as dívidas a fornecedores, a pagar no prazo de um ano, atingem os 62,1 M€, um aumento face aos 55,9 M€ no início do exercício, há nove meses. Entre os clubes, o Braga é o principal credor, com 11,5 M€, enquanto entre empresários surge a Gestifute, de Jorge Mendes, com 5,9 M€. As dívidas a empresários passaram de 21,5 M€ para 29,4 M€ em apenas nove meses. O passivo da SAD atingiu a 31 de março de 2021 os 302,6 M€.
O Sporting perguntou ao Sevilha quais as condições para a contratação do extremo português Rony Lopes. De acordo com o que o jornal O Jogo apurou, os responsáveis leoninos estão mesmo disponíveis a efetuar uma oferta próxima dos oito a nove milhões de euros pelo jogador de 25 anos que se formou no rival Benfica e que, na última temporada, atuou ao serviço do Nice, por empréstimo do Sevilha. Aliás, ao que apurámos, os encarnados também têm o jogador referenciado, embora não tenham decidido se avançam para a sua contratação, ao contrário dos leões, que deram já um passo nesse sentido.
Segundo o diário, não é líquido que o valor perspetivado pelo Sporting para um eventual negócio seja suficiente para o viabilizar. É que o Sevilha deseja recuperar parte do investimento de 25 milhões de euros feito em agosto de 2019, quando Rony foi contratado ao Mónaco. Entre os responsáveis do Sevilha há a convicção que essa verba dificilmente será alcançada, no entanto a temporada efetuada ao serviço do Nice dá algumas esperanças no sentido do negócio poder atingir valores mais elevados. Rony Lopes tem contrato de longa duração com o Sevilha, até 2024, e não entrará nos planos de Julen Lopetegui para a nova época e as boas relações entre os dois clubes podem facilitar, até porque entre eles ainda estão a ser liquidadas verbas pela transferência de Acuña para Espanha.
Já o Record escreve que o Benfica também está muito interessado no extremo internacional português. O clube andaluz está disponível para o emprestar, mediante pagamento de uma taxa, embora dê preferência à venda, por um valor entre os 7 M€ e os 9 M€.
Leões devem aproveitar descida do Rio Ave para 'ataque' de mercado. A despromoção do Rio Ave ao segundo escalão do futebol português, após ter perdido o playoff com o Arouca (agregado de 5-0), deu outros argumentos a Carlos Mané na lista de alvos definidos pelo Sporting tendo em vista o reforço da direita da defesa, onde o objetivo é dar um concorrente competitivo a Porro, algo que faltou em 2020/21. Segundo o Record que esta despromoção pode significar um ‘desconto’ substancial caso o Sporting decida avançar para o ex-leão, que se desvinculou em definitivo da SAD em 2019, embora Ricardo Esgaio, futebolista do Braga, continue a ser o preferido do técnico Rúben Amorim. Vamos, então, por partes: Mané, que da totalidade do passe 25% ainda está nas mãos da administração liderada por Frederico Varandas, sabe que dificilmente ficará em Vila do Conde e pese embora ainda não ter sido alvo de qualquer contacto por parte dos leões, veria com bons olhos, apurámos, a oportunidade de voltar a ‘casa’, ainda mais numa época de Champions. Não sendo um jogador caro em termos salariais e tendo apenas mais um ano de contrato com o emblema dos Arcos, a operação pode agilizar-se sem grandes bloqueios, garantindo o treinador dos verdes e brancos um jogador sinalizado há algum tempo pela sua equipa técnica e que na temporada que agora terminou experimentou, algumas vezes, a posição de ala-direito num esquema de três centrais, apesar da natural vocação ofensiva. Mané, recorde-se, estreou-se na equipa principal do Sporting pela mão de Leonardo Jardim, como uma espécie de arma secreta, em 2013/14, onde ainda fez quatro golos em 21 encontros. Acabaria por abandonar Alvalade em 2016, emprestado ao Estugarda, onde começou a jogar, mas onde também atravessou um dos períodos mais negros da sua carreira – hoje tem 27 anos –, com uma dupla paragem, primeiro devido a um problema no joelho direito e depois devido a uma rotura na coxa do mesmo lado. Ficou de fora de abril de 2017 até janeiro do ano seguinte.
Apesar de Mané ter ganhado força, Ricardo Esgaio, outro ex-leão, mantém-se na ‘pole’ de Amorim: ao que o jornal Record apurou, neste momento o processo está parado, à espera que a cúpula do futebol do Sporting defina, primeiro, outras pastas antes do ataque aos alvos de verão. Uma coisa é certa: o investimento no substituto de Porro não será avultado, sendo que o caso de Esgaio a intenção da SAD passa por não ultrapassar os 5 milhões de euros. O ala, de 28 anos, tem uma cláusula de 20 milhões, mas os arsenalistas precisam de vender e admitem baixar consideravelmente este valor.
Mais um lateral-esquerdo associado ao FC Porto. Depois de Diego Laxalt, ontem foi a vez de a Imprensa italiana dar conta de uma sondagem realizada por um suposto representante dos dragões junto do agente de Giuseppe Pezzella. O alegado contacto terá sido somente com o objetivo de recolher informações sobre a situação contratual do italiano de 23 anos, que se encontra ligado ao Parma até 2024. Na última temporada, Pezzella participou em 24 jornadas da Série A, apontou um golo (Cagliari) e realizou quatro assistências.
Pedrinho aceita o Shakhtar. A ligação de Pedrinho ao Benfica estará perto de chegar ao fim, depois de uma passagem discreta do jovem extremo pelo clube da Luz. A pouca utilização dada por Jorge Jesus ao ex-Corinthians na sua época de estreia na Europa e a necessidade dos encarnados em faturar milhões neste defeso colocam Pedrinho na porta de saída, estando o Shakhtar perto de fechar o jogador. Segundo O Jogo, da parte de Pedrinho, de 23 anos, estão já aceites as condições contratuais para a nova etapa da carreira, esperando apenas que Benfica e Shakhtar Donetsk definam os termos e o valor final da transferência.
Após ter pago 18 milhões de euros por Pedrinho, valor já reduzido depois de um entendimento inicial de 20 milhões com o Corinthians, o Benfica não quer ter prejuízo e tem alta a fasquia para deixar sair o extremo de quem tanto esperava e que contratou quando a pandemia estava apenas no princípio e Jorge Jesus ainda não era o técnico das águias. Decorria o março de 2020 e as expectativas eram grandes em torno do internacional olímpico do Brasil. Pouco mais de um ano depois, os números mostram uma realidade cinzenta: Pedrinho jogou apenas 1019 minutos em todas as provas, sendo titular em 11 dos 53 jogos do Benfica em 2020/21.
Vieira dava preferência a um empréstimo de Pedrinho caso este não entrasse nas opções de Jesus da próxima época mas, face às circunstâncias, deverá permitir uma terceira via, a da saída em definitivo. O jogador não deseja estagnar mais um ano sem garantias de minutos na Luz nem um regresso ao Brasil por empréstimo. Agora, o Benfica tenta que o Shakhtar suba a parada até cerca de 30 M€ como valor global, algo que os ucranianos excluem à partida. No entanto, está em aberto um pagamento em parcelas diluídas ou condições futuras.
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