O Sporting conquistou, na passada terça-feira, o 19.º campeonato da sua história (o 23.º, de acordo com as contas internas do clube de Alvalade). O portal Desporto ao Minuto partiu à conversa com Eduardo Barroso, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do emblema verde e branco, que não escondeu a alegria na voz, acabando desde logo por confessar: “Hoje (quarta-feira) até comprei todos os diários desportivos”.
O antigo dirigente não esconde também que o resultado frente ao Boavista até podia ter sido bem mais avolumado: “Ao contrário do que as pessoas dizem, nós até podíamos ter ganho por 6-0 ou 6-1”. Um título que, para Eduardo Barroso, acaba por ter uma importância redobrada.
“Este 23.º título, para mim, representa a devolução do Sporting aos clubes grandes. Estávamos a afastar-nos dessa distinção, tal como já estava a suceder antes do título do Inácio [em 2000, os leões interromperam um jejum de 18 anos]. Temos de entrar numa normalidade de sermos candidatos. Depois dos acontecimentos que desuniram os sportinguistas [invasão à academia de Alcochete, em maio de 2018], era importante uni-los novamente”, referiu o emblemático cirurgião, antes de enumerar os responsáveis pela conquista deste galardão.
“O mérito deste título, em primeiro lugar, deve-se a Frederico Varandas e a toda a estrutura que o acompanhou, com um grande destaque para o Hugo Viana e Rúben Amorim. Para mim, o presidente tem um grande mérito no sucesso desportivo do clube. Aliás, anteriormente, também coloquei Bruno de Carvalho acima de Jorge Jesus. Ao contrário, também é igual. Quando um presidente também é responsável por uma má contratação, como foi o caso de Marcel Keizer, ai o demérito também foi de Frederico Varandas. Quem escolhe um responsável para a equipa é o presidente, com ou sem o apoio da sua estrutura. Na política é igual. Quem escolhe os ministros para as diferentes pastas é o primeiro-ministro, daí que a responsabilidade de um sucesso ou de um fracasso derive posteriormente para o chefe de Governo”, asseverou Eduardo Barroso, abordando também o efeito Amorim.
“Depois de uma má época de Frederico Varandas, em que tantos o criticavam, era muito importante conseguir uma temporada assim. E eu acreditei sempre nele. Quando ele se candidatou à presidência do Sporting, entre os poucos nomes que o apoiavam, morava lá o meu. E, quando ele foi buscar o Rúben Amorim, tratou-se de uma aposta arriscadíssima, porque, à margem do preço que isso implicava, também havia um grande desconhecimento relativamente ao currículo do homem. Mas ele teve um início retumbante e surpreendeu tudo e todos. Nem o Mourinho teve este começo. Amorim vale todos os milhões que foram gastos com ele. Ser campeão nacional não tem preço. Agora, o importante é continuarmos a fazer isto regularmente, e com muito menos dinheiro do que os outros”, acrescentou.
Eduardo Barroso fala de um casamento feliz entre presidente, diretor desportivo e treinador: “Sem Varandas e Hugo Viana, não havia Rúben Amorim. Se este ano tivéssemos acabado em segundo ou terceiro lugar, mas tivéssemos lutado até ao fim, também teria ficado satisfeito. Nós alcançámos, este ano, coisas fantásticas. Até lhe digo mais, até me orgulhava a maneira como Amorim era expulso. Porque ele era expulso com dignidade e reconhecendo os erros. Este homem nem nas expulsões me envergonha. Ele não se comporta como um arruaceiro. Diz o que tem a dizer e ponto final”.
E o cirurgião deixa uma garantia para o futuro: “Acredito que, no próximo ano, o Sporting deve continuar a pensar jogo a jogo, mas acredito também que, se mantivermos a estrutura, somos candidatos ao título nacional e a muito mais coisas. Somos candidatos a recuperar a hegemonia no futebol português. Este título vai muito para lá deste título”.
Sobre as possíveis consequências dos aglomerados de adeptos que se reuniram nas principais artérias da capital portuguesa, Eduardo Barroso não esconde que era impossível “evitar entre 100 a 150 mil pessoas nas ruas. Só com balas de borracha era impossível evitar esta festa. Será um bom laboratório saber se o dia de ontem [terça-feira] representou uma explosão de casos da Covid-19”.
“Eram imagens impossíveis de evitar, mas fiquei muito aflito. Eu tinha a certeza de que isso ia acontecer, até porque lá fora já tínhamos tido exemplos similares, basta olhar para as imagens da festa do Inter em Itália. Era impensável acreditar que os sportinguistas não iam para a rua. Ontem [terça-feira], falei com o Marcelo [Presidente da República] e também abordámos a questão da pandemia. Ele também sabia, certamente, que era impossível conter as pessoas. Há coisas que são impossíveis de evitar”, rematou.
O plano do FC Porto para continuar com médio. Do trio de futebolistas que chegou ao FC Porto em regime de empréstimo, Grujic foi o que se enquadrou melhor na filosofia de jogo de Sérgio Conceição e o seu crescimento na equipa tem sido evidente, sobretudo a partir da eliminatória frente ao Chelsea, em que foi titular nos dois jogos, estatuto que repetiu nas partidas com o Nacional, Famalicão e na goleada por 5-1 aplicada ao Farense.
Visibilidade que acrescenta valor ao passe do médio cedido pelo Liverpool, ainda que o futuro do sérvio não passe pelos reds, com os quais tem contrato até 2023. A compra de Grujic pelos valores de referência que o Liverpool deseja - 20 milhões de euros - está absolutamente fora do enquadramento financeiro do FC Porto.
Na altura em que o empréstimo foi firmado os ingleses não consideraram a hipótese de incluir uma opção de compra por acreditarem que no FC Porto o internacional sérvio podia valorizar-se e suscitar o interesse de mercados mais fortes. Mas é precisamente esse o principal plano que pode viabilizar a permanência de Grujic no FC Porto, se treinador e a SAD considerarem o sérvio peça importante para a próxima temporada: um novo empréstimo, desta vez com opção de compra, escreve A Bola.
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