Rúben Amorim só quer o Sporting a jogar depois das 20:00; Diretor de segurança troca o Benfica pelo Sporting; Mais um internacional brasileiro para reforçar o Belenenses SAD

É licenciado em Ciências Militares e foi, durante 11 anos, entre 2008 e 2019, diretor de segurança e organização de jogos do Benfica. Rui Pereira ‘atravessou’ a Segunda Circular e, dois anos depois de ter deixado o rival da Luz, passou a desempenhar funções semelhantes em Alvalade, como gestor de segurança do Sporting. O novo responsável já estava em funções no jogo de quarta-feira com o Belenenses SAD e vem preencher uma vaga que permanecia em aberto desde a saída de Ricardo Gonçalves. No quadro das suas funções no Benfica, Rui Pereira respondia a Domingos Soares de Oliveira e trabalhava em proximidade nomeadamente com o antigo assessor jurídico das águias, Paulo Gonçalves, tendo sido uma das vítimas de violação de correspondência no ‘caso dos emails’. Em novembro de 2018, chamado a depor no processo E-Toupeira, Rui Pereira garantiu que o acesso ao estacionamento do Estádio da Luz pressupunha o “aval do departamento de futebol”, quando Paulo Gonçalves havia dito que era normal os adeptos acederem àquela zona do recinto, sem controlo aparente, como revelou então a CM TV. No mesmo ano, chegou a participar numa conferência “Contra a Violência no Desporto” organizada pela PSP a par do então diretor de segurança do Sporting, Vasco Santos. De resto, nunca escondeu o desconforto perante o tema das claques ilegais do Benfica, pela forma como os encarnados lidavam com o tema, a nível diretivo.

Rúben Amorim só quer o Sporting a jogar depois das 20:00. Quando Rúben Amorim sentou-se à mesa com os elementos da estrutura do futebol profissional dos leões no início da temporada, entre os vários temas logísticos e não só colocados em discussão, o técnico leonino deu conta da sua exigência, dentro das possibilidades, de jogar preferencialmente, no mínimo, a partir das 20h 00. Segundo O Jogo, este pedido para que os responsáveis do emblema de Alvaladeos compromissos oficiais para o momento do dia que o treinador entende como o mais adequado para a sua equipa, causou alguma surpresa numa fase inicial, mas a explicação que damos conta foi rapidamente entendida e daí em diante, mesmo com as condicionantes de agendamento dos jogos com os adversários e, sobretudo, com os interesses das operadoras televisivas – além dos responsáveis pela organização dos encontros, seja Liga, Federação Portuguesa de Futebol ou UEFA, que neste caso não flexibiliza horários, mantendo-os num espaço temporal rigoroso e uniforme à prova em causa –, o esforço efetuado foi sempre de encontro ao desejado por Rúben Amorim.

A ideia e convicção do técnico é simples e assenta naquele que é o seu entendimento. Para Amorim, os atletas a partir das 20h00 apresentam maior disponibilidade física e capacidade para poder atingir patamares competitivos de excelência. A rotina seguida nesses dias é simples. Em estágio, depois do pequeno almoço, seguese um treino ligeiro e posteriormente um almoço. Os jogadores, ao início da tarde, recolhem de imediato aos seus aposentos, descansam e por volta das 17h00 efetuam um reforço alimentar, permitindo a digestão até à hora do encontro. Rúben Amorim chegou mesmo a abordar superficialmente a questão, sem aprofundar, antes do último encontro com o Famalicão, quando questionado sobre as vantagens de jogar antes ou depois dos adversários diretos. “Quando fizemos o planeamento [no início da época] disse que o principal era jogar a certa hora, isso é que era importante. É indiferente se jogamos antes ou depois [dos rivais]”, afirmou então. Diga-se que nos 36 desafios efetuados até ao momento, 27 foram realizados a partir das 20h00 e quatro dos próximos seis vão ter início depois dessa hora – Braga (20h00), Nacional (20h30), Rio Ave (21h15) e Boavista (20h30). As últimas duas jornadas da Liga ainda não estão marcadas, isto em função da classificação da Liga NOS nessa fase da prova. O Sporting em 2020/21 nunca jogou antes das 18h00.

Sandro pode tornar-se o primeiro reforço do Belenenses SAD para 2021/22. O médio brasileiro, de 32 anos – que na Europa representou Tottenham, QPR, WBA, Antalyaspor, Benevento, Génova e Udinese –, está a viver em Portugal desde que acabou contrato com o Goiás, em novembro do ano passado, e tem estado em negociações com os azuis. Segundo as informações recolhidas pelo Record junto de fonte próxima do processo, o acordo, que será válido até junho de 2022, está praticamente consumado mas depende, naturalmente, da continuidade da equipa de Petit na Liga NOS.

O internacional canarinho enquadra-se no tipo de jogador que agrada à SAD dos azuis, como se viu na contratação do experiente Henrique, no início desta época. Tal como o defesa-central, Sandro também é internacional (18 jogos/1 golo) e tem um currículo recheado – venceu uma Libertadores pelo Internacional, por exemplo. Além de ter passado seis anos em Inglaterra e dois em Itália, participou na edição de 2011 da Copa América e nos Jogos Olímpicos de Londres’2012.