08 abril 2021

Espanhol sem dúvidas: Penalti bem marcado a favor do Benfica. Faltou expulsão em Moreira de Cónegos e "um penálti claríssimo" por marcar a favor do FC Porto

Iturralde González, antigo árbitro internacional espanhol, analisou os lances polémicos da última jornada da Liga portuguesa. Para o ex-juiz, o penalti a favor das águias foi bem marcado e Lucas Veríssimo não fez grande penalidade.
A Moreira de Cónegos o lance com Nuno Mendes deveria ter originado a expulsão de Franco. Já no Dragão, ficou por assinalar "um penalti claríssimo" a favor dos dragões.

Começamos a análise desta jornada no Benfica-Marítimo. O primeiro caso é uma jogada tonta, mas é penálti. Se virmos o lance com atenção, Hermes, defesa do Marítimo, quer afastar a bola e o que faz é acertar na perna mais recuada de Rafa. Ele desequilibra o jogador do Benfica, que cai porque não consegue continuar. Foi desequilibrado no ar. É uma jogada em que o defesa quer acertar na bola, mas atinge o avançado, não o deixando apoiar bem a perna, pelo que é penálti. 

No segundo lance não me parece que seja penálti. Há um ângulo em que parece que Lucas Veríssimo toca com o braço, mas a perspetiva pode enganar. É preciso muito cuidado com a perspetiva com que se está a analisar. Só me sigo pela primeira repetição e aí vê-se que a bola acerta-lhe mais no corpo, um pouco no ombro, que não é mão. Não é braço, por isso, não é lance para penálti. 

Seguimos para o Moreirense-Sporting, num lance em que o problema é a lesão. No entanto, a entrada em si é muito perigosa. Amarelo é claríssimo e depois há o azar de Nuno Mendes ficar lesionado. Se o árbitro tivesse considerado jogo perigoso grave podia ter mostrado o vermelho. Nestas jogadas, se queres cortar de raiz as entradas que se produzem, o melhor é expulsar. O toque na bola não significa nada porque a ação é com uma força excessiva, é lateral, não dá tempo ao jogador para saltar porque não pensa que pode haver uma entrada assim. Eu mostraria o vermelho. Não porque houve uma lesão, mas pelo tipo de entrada que é, com força excessiva.

Já no FC Porto-Santa Clara temos uma jogada de escola. É de A, B, C. Aqui não cabe a justificação de ser ressalto. A chave desta jogada é que no início, quando o jogador do FC Porto bate o livre, o atleta do Santa Clara já tem a mão por cima do ombro, ocupando um espaço não natural. Mesmo que toque na cabeça de outro antes, não é motivo para não apitar penálti. Isto é um penálti claríssimo! O ressalto não é justificação. Só é acidental quando as mãos não estão tão para cima.

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