02 março 2021

"Se calhar os clubes têm é medo de ir ao balneário do Benfica"; "Não preciso de intermediários para falar com Jorge Jesus"

Jorge Jesus fez história no Flamengo e, desde que voltou a Portugal para treinar o Benfica, o nome do técnico português nunca deixou de ser falado para um eventual regresso ao clube. O Mengão acabou por revalidar o título do Brasileirão e Marcos Braz, vice-presidente dos cariocas, garante não estar preocupado com os rumores que a imprensa brasileira tem vindo a alimentar nos últimos meses. 
"Vejo muita coisa em relação ao Jorge Jesus. Não preciso de nenhum intermediário para falar com o Jorge Jesus nem para receber qualquer tipo de informação do Jorge Jesus. Não preciso de intermediários para que falem com assessores nem com jornalistas. Eles vão querer falar-me do Jorge Jesus? É piada. Se eu quiser dizer alguma coisa ao Jorge, ou ele a mim... Nós não falamos a toda a hora, mas no Natal, no Réveillon e nas datas de um grande jogo. Há um mês houve um jogo que ele perdeu, na liga, e eu desejei-lhe boa sorte", afirmou Braz, em entrevista ao Globoesporte.
O 'vice' do Flamengo admite que o nome de Jorge Jesus vai continuar a ser associado ao Flamengo, muito por 'culpa' de tudo aquilo que o  técnico conquistou. Marcos Braz sublinha também que percebeu perfeitamente que JJ quisesse deixar o Brasil para regressar a Portugal.
"Vai ser falado durante muito tempo pelos resultados que deixou aqui e, como é lógico, que bom que isso é. O Jorge é uma pessoa fenomenal, trabalhador, correto, mas está contratado. E a opção de ir embora foi dele. Mas não é demérito nenhum. Eu entendi. Num mundo louco, de pandemia, a família que não podia vir para cá e ele com restrições. A vacina está aí e não chega para toda a gente. O meu pai tem 79 anos e só tomou a vacina agora. Temos que ter paciência e tranquilidade para que comece a época e com o tempo alguns fantasmas vão desaparecer", justificou.

"Se calhar os clubes têm é medo de ir ao balneário do Benfica". Na intervenção que teve na Benfica TV, Luís Filipe Vieira insistiu na ideia de que o rendimento da equipa benfiquista tem sido condicionado pelo surto de covid-19 e chegou mesmo a avisar que a equipa poderá deixar de se equipar nos balneários adversários na próxima temporada.
"Se não houver a imunidade de grupo no próximo ano, o Benfica nunca mais se equipa em balneário nenhum. Sai do hotel equipado, vai para o estádio, entra em campo e acaba o jogo. Palestra ao intervalo dentro de campo. Sai direto para o autocarro, depois para o hotel e jantamos lá. Nunca mais. É impensável para mim ver 27 pessoas infetadas em oito ou nove dias", disse o presidente encarnado.
Ora, estas palavras de Luís Filipe Vieira têm dado que falar e Cândido Costa, antigo jogador do FC Porto, diz que "se calhar os clubes têm é medo de ir ao balneário do Benfica".
"Dá a entender que a onda de infetados foi imediatamente depois do jogo no Dragão mas não o diz porque é tão grave que nem ele Vieira se atreve a dizer. Deixa no ar. É grave e não faz sentido", comentou Cândido Costa, lembrando o caso de Jorge Jesus que foi testado frequentemente e deu sempre negativo até que testou positivo à covid-19.
"Que eu saiba o único caso raro de alguém que andou a ser testado constantemente e dava constantemente negativo, e provavelmente correu o risco de infetar muita gente, foi Jorge Jesus. Acho que o grande medo das pessoas é os que têm poucos infetados irem a um sítio que tem muitos."
O ex-futebolista dos dragões, que representou clubes como o Belenenses, fala de um momento "menos conseguido de Luís Filipe Vieira" na intervenção que teve no canal do clube.
"Obviamente, não anda ninguém aqui a criar surtos ou infeções", afirmou o ex-futebolista, na TVI 24, dizendo que este pensamento de Luís Filipe Vieira foi "um momento menos bom que deixou ir".
Esta declaração de Vieira tem levantado dúvidas nos corredores do futebol nacional e António Oliveira, ex-técnico portista, já destacou ser necessário que a estrutura de comunicação da Luz explique as palavras de Vieira.
"O presidente do Benfica insinuou que a covid-19 terá acontecido no final do jogo que o Benfica disputou no Dragão. Acho isto extremamente ridículo, profundamente ridículo", reagiu o ex-técnico dos dragões, prosseguindo em tom manifestamente desagradado com as palavras de Vieira.
"Passado um ano de informação de covid-19 ainda consegue dizer uma barbaridade destas e não há ninguém que lhe chame a atenção para esta afirmação? Insinuar e mexer numa coisa que é invisível?. O Luís Filipe Vieira tem que ver que o problema dele não são os outros", aconselhou Oliveira.

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